A ETERNIDADE DE UM DESEJO
Meu desejo de viver
É inverso a um desejo que não tenho-
O de morrer.
A batalha que travo diariamente pela vida,
Leva-me, aos poucos, para os braços da morte.
Obviedade.
A eternidade de um desejo
Esta na certeza de que a vida e a morte
Não podem existir isoladamente.
Veja o alvorecer da vida!
Contemple o lindo entardecer!
O crepúsculo finda o dia,
Mas a vida continua!
Olha a noite! Há vida nas estrelas!
E só quem é vivo é capaz de vê-la!
A eternidade de um desejo
Só se concretiza no nascer, envelhecer, morrer, renascer...
ISAÍAS RODRIGUES DE OLIVEIRA 29/12/2009
Criei este espaço com o intuito de expor meu trabalho. Sinta-se em casa amigo. OBSERVAÇÃO: NÃO SE ESQUEÇA DE DEIXAR UM COMENTÁRIO. PRECISO DA SUA OPINIÃO, POIS ELA É MUITO IMPORTANTE PARA O MEU CRESCIMENTO LITERÁRIO. OBRIGADO.
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
sábado, 26 de dezembro de 2009
Coração Vagabundo
Coração vagabundo* (Uma canção pra ocê minha nega V)
Vem minha nega,
Vem minha frô!
Num me faça de defunto:
Mór di quê qui sem ocê,
Vai pará é di batê,
Meu coração vagabundo.
Desde quando eu te vi
Dançano lá no bordé,
Qui botei nu meu juízo:
“Essa é minha mulé!”
Vem minha nega,
Vem amô,
“Num diga qui sô pamonha!”
Assuncê é uma frô,
É Maria-sem-vergonha.
Vem Maria, minha deusa,
Pra ocê daria o mundo,
Mas o mundo é de Deus.
Por isso, tome o qui é seu:
Meu coração vagabundo.
Vô tirá ocê da vida
Dá labuta do bordé.
Vançuncê só vai vivê
Do lado deste seu Zé.
Vem Maria, minha deusa,
Pra ocê daria o mundo,
Mas o mundo é de Deus,
Por isso tome o qui é seu:
Meu coração vagabundo.
ISAÍAS GRESMÉS 26/12/2009
Vem minha nega,
Vem minha frô!
Num me faça de defunto:
Mór di quê qui sem ocê,
Vai pará é di batê,
Meu coração vagabundo.
Desde quando eu te vi
Dançano lá no bordé,
Qui botei nu meu juízo:
“Essa é minha mulé!”
Vem minha nega,
Vem amô,
“Num diga qui sô pamonha!”
Assuncê é uma frô,
É Maria-sem-vergonha.
Vem Maria, minha deusa,
Pra ocê daria o mundo,
Mas o mundo é de Deus.
Por isso, tome o qui é seu:
Meu coração vagabundo.
Vô tirá ocê da vida
Dá labuta do bordé.
Vançuncê só vai vivê
Do lado deste seu Zé.
Vem Maria, minha deusa,
Pra ocê daria o mundo,
Mas o mundo é de Deus,
Por isso tome o qui é seu:
Meu coração vagabundo.
ISAÍAS GRESMÉS 26/12/2009
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
DINHEIRO E RELIGIÃO
DINHEIRO E RELIGIÃO
Ao senhor do universo
Peço agora proteção
Para abordar um assunto
Carregado de tensão
O assunto é a parceria
Do dinheiro e a religião
É um assunto complicado
Pois faz despertar paixões
E estas desencadeiam
Guerras entre facções
Que lutam, cheias de raiva
E cegas em suas ações
Por detrás destas batalhas
Há montanhas de dinheiro
Que faz homens chafurdarem
Como porcos no chiqueiro
E isso é mal comum
À má fé no mundo inteiro
A fé cega, sem razão
Não enxerga a malvadeza
De quem lucra com a fé
E arrecada, na moleza
O dinheiro dos fiéis
Em prol da própria riqueza
O empresário da fé
Tem a fala carregada
De provérbios e versículos
Da escritura sagrada
Mas só enfatiza o dízimo
Só esta parte lhe agrada
O ímpio sacerdote
Só pensa em arrecadar
Os tostões de seus fiéis
Para depois enviar
Aos paraísos fiscais
Situados em além mar
Esse dinheiro é usado
Para comprar aviões
E para financiar
Carreira de mais ladrões
De políticos da “fé”
Em todas as eleições
Também arca com a compra
De jornais, televisões
Que depois serão usados
Para mostrar pregações
E, com elas, camuflar
Seus ilícitos e ações
São ações bem planejadas
Armadas com antecedência
Por pessoas inteligentes
Desprovidas de decência
Que sabem bem o que querem
Disso eles têm consciência
Tem religião que usa
A figura do pop star
Com o intuito de vender
Sua imagem popular
A massa néscia viaja
Pois não precisa pensar
A massa néscia viaja
E canta em coro canções
Enquanto o pop star
Coleciona mansões
Com haras e muito verde
Que valem vários milhões
II
A religião perfeita
Mora no seu coração
Não é ela que endireita
Seu andar, sua direção
Ela só mostra o caminho
Mas você segue sozinho
Nem que seja de mansinho
Na busca da redenção
O dinheiro não é vilão
Se usado com honestidade
Patrocina a boa ação
E a nossa dignidade
Mas, se acaso, for mal usado
Vai partir pro outro lado
Pro bolso de algum safado
Que não sabe o que é verdade
A fé é instrumento
De Deus, a nos auxiliar
Mas requer discernimento
Pois ela pode cegar
A fé, que não tem razão
É como planta sem chão
É verbo, mas sem ação
No céu jamais vai chegar
Àqueles que buscam riqueza
Explorando o bom crente
Que na sua singeleza
Não vê o mal aparente
Esses estão condenados
Pagarão por seus pecados
E serão, por Deus, culpados
Por enganarem sua gente
III
O dízimo é importante
Para ações benevolentes
Mas sua administração
Pede uso consciente
Honestidade é preciso
Também gestão competente
Dinheiro e religião
É união indispensável
Mas devemos vigiar
Pra que ela seja estável
Façamos dessa união
Muito linda e amigável
Não se admite mais
Pagamento de indulgência
O pecado só se paga
Praticando a decência
As religiões ensinam
Mas é sua a consciência
A religião não falha
Quem falha é o infiel
Que loteia o paraíso
E vende lugar no céu
Quem compra será mandado
Pro reino do beleléu
Devemos seguir Jesus
Na prática da boa ação
Que fez foi matar a fome
Multiplicando o pão
E ensinou-nos que dividir
É DIVINA operação
Isaías Gresmés 24/12/2009
Ao senhor do universo
Peço agora proteção
Para abordar um assunto
Carregado de tensão
O assunto é a parceria
Do dinheiro e a religião
É um assunto complicado
Pois faz despertar paixões
E estas desencadeiam
Guerras entre facções
Que lutam, cheias de raiva
E cegas em suas ações
Por detrás destas batalhas
Há montanhas de dinheiro
Que faz homens chafurdarem
Como porcos no chiqueiro
E isso é mal comum
À má fé no mundo inteiro
A fé cega, sem razão
Não enxerga a malvadeza
De quem lucra com a fé
E arrecada, na moleza
O dinheiro dos fiéis
Em prol da própria riqueza
O empresário da fé
Tem a fala carregada
De provérbios e versículos
Da escritura sagrada
Mas só enfatiza o dízimo
Só esta parte lhe agrada
O ímpio sacerdote
Só pensa em arrecadar
Os tostões de seus fiéis
Para depois enviar
Aos paraísos fiscais
Situados em além mar
Esse dinheiro é usado
Para comprar aviões
E para financiar
Carreira de mais ladrões
De políticos da “fé”
Em todas as eleições
Também arca com a compra
De jornais, televisões
Que depois serão usados
Para mostrar pregações
E, com elas, camuflar
Seus ilícitos e ações
São ações bem planejadas
Armadas com antecedência
Por pessoas inteligentes
Desprovidas de decência
Que sabem bem o que querem
Disso eles têm consciência
Tem religião que usa
A figura do pop star
Com o intuito de vender
Sua imagem popular
A massa néscia viaja
Pois não precisa pensar
A massa néscia viaja
E canta em coro canções
Enquanto o pop star
Coleciona mansões
Com haras e muito verde
Que valem vários milhões
II
A religião perfeita
Mora no seu coração
Não é ela que endireita
Seu andar, sua direção
Ela só mostra o caminho
Mas você segue sozinho
Nem que seja de mansinho
Na busca da redenção
O dinheiro não é vilão
Se usado com honestidade
Patrocina a boa ação
E a nossa dignidade
Mas, se acaso, for mal usado
Vai partir pro outro lado
Pro bolso de algum safado
Que não sabe o que é verdade
A fé é instrumento
De Deus, a nos auxiliar
Mas requer discernimento
Pois ela pode cegar
A fé, que não tem razão
É como planta sem chão
É verbo, mas sem ação
No céu jamais vai chegar
Àqueles que buscam riqueza
Explorando o bom crente
Que na sua singeleza
Não vê o mal aparente
Esses estão condenados
Pagarão por seus pecados
E serão, por Deus, culpados
Por enganarem sua gente
III
O dízimo é importante
Para ações benevolentes
Mas sua administração
Pede uso consciente
Honestidade é preciso
Também gestão competente
Dinheiro e religião
É união indispensável
Mas devemos vigiar
Pra que ela seja estável
Façamos dessa união
Muito linda e amigável
Não se admite mais
Pagamento de indulgência
O pecado só se paga
Praticando a decência
As religiões ensinam
Mas é sua a consciência
A religião não falha
Quem falha é o infiel
Que loteia o paraíso
E vende lugar no céu
Quem compra será mandado
Pro reino do beleléu
Devemos seguir Jesus
Na prática da boa ação
Que fez foi matar a fome
Multiplicando o pão
E ensinou-nos que dividir
É DIVINA operação
Isaías Gresmés 24/12/2009
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
A Força que Vem de Dentro
A FORÇA QUE VEM DE DENTRO
A força que vem de dentro
É de origem divina
E o universo é o seu centro
Contra ela não tem poder
Capaz de exterminá-la
Ou impedi-la de nascer
Ela é Deus a crescer em nós
Através da oração, mesmo se faltar a voz
Isaías Gresmés 18/12/2009
A força que vem de dentro
É de origem divina
E o universo é o seu centro
Contra ela não tem poder
Capaz de exterminá-la
Ou impedi-la de nascer
Ela é Deus a crescer em nós
Através da oração, mesmo se faltar a voz
Isaías Gresmés 18/12/2009
ANO DE ELEIÇÕES
ANO DE ELEIÇÕES
Ano que vem vai ter eleição
É hora de escolher o menos ladrão
Ano que vem nós vamos votar
Naquele que vai a todos roubar
Ano que vem é só papo furado
E a maioria néscia elegerá um safado
Que desfilará à câmera oculta
O dinheiro roubado da massa inculta
Depois o poeta, todo revoltado
Escreverá impropérios com versos irados
Ano que vem vai ter eleição
Renova-se a esperança no seio da nação
Isaías Gresmés 18/12/2009
Ano que vem vai ter eleição
É hora de escolher o menos ladrão
Ano que vem nós vamos votar
Naquele que vai a todos roubar
Ano que vem é só papo furado
E a maioria néscia elegerá um safado
Que desfilará à câmera oculta
O dinheiro roubado da massa inculta
Depois o poeta, todo revoltado
Escreverá impropérios com versos irados
Ano que vem vai ter eleição
Renova-se a esperança no seio da nação
Isaías Gresmés 18/12/2009
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
QUARTO EM CHAMAS*
QUARTO EM CHAMAS* (UMA CANÇÃO PRÁ OCÊ MINHA NEGA IV)
Vem minha nega
Pra mor di nosso amo virá uma labareda
Vem meu pitel
Pra juntá us nosso fogo e fazê um fogaréu
Vem minha minina
Eu sou fogo todo seu, e ocê, minha gasulina
Vem minha Afrodite
Eu sou fóscu riscadô e ocê é dinamite
“E quando o sol escurecê
Eu não deixo ocê vê
A janela eu vou fechá
Intonce a gente vai se amá
Inté o dia amanhecê”
Isaías Gresmés 17/12/2009
Vem minha nega
Pra mor di nosso amo virá uma labareda
Vem meu pitel
Pra juntá us nosso fogo e fazê um fogaréu
Vem minha minina
Eu sou fogo todo seu, e ocê, minha gasulina
Vem minha Afrodite
Eu sou fóscu riscadô e ocê é dinamite
“E quando o sol escurecê
Eu não deixo ocê vê
A janela eu vou fechá
Intonce a gente vai se amá
Inté o dia amanhecê”
Isaías Gresmés 17/12/2009
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Certezas
CERTEZAS
Há uma certeza que governa todas as certezas:
O que é certo pode ser mensurado
E não há nenhuma incerteza nisso.
A certeza da vida se afirma com a certeza da morte;
E a morte determina a reciclagem da vida.
Tudo é um processo divino
Ditado, desde sempre, pelas leis do Criador;
E não há incerteza nisso.
Homem ou ameba, ambos são regidos pelo mesmo destino...
O universo é o quintal do divino Criador,
Onde tudo que existe tem sua razão de ser:
Tudo! Desde um simples elemento a um complexo conglomerado
Que atende pelo nome de Filho de Deus...
A vida do homem é a busca das certezas.
E, no caminho percorrido, vai deixando suas dúvidas para trás.
As certezas são mensuráveis – não há nenhuma incerteza nisso.
Mas, mesmo assim, uma incerteza ainda intriga o homem:
É a incerteza quanto ao tamanho do amor de Deus.
Seria infinito?
Teria começo?
Alguns pensam que este amor seria do tamanho do universo,
Mas este, já se sabe, expande a cada instante...
Essa é uma grande certeza: o Amor se expande a cada dia e não se sabe quando começa;
Também se sabe que não termina...
O homem, ao querer mensurar Deus,
Conforma-se com a sua situação de ser apenas mais uma criatura do Pai,
Pequena e imperfeita ainda,
E essa grandeza ele pode medir e entender; e o resultado lhe é certo.
ISAÍAS GRESMÉS 15/12/2009
Há uma certeza que governa todas as certezas:
O que é certo pode ser mensurado
E não há nenhuma incerteza nisso.
A certeza da vida se afirma com a certeza da morte;
E a morte determina a reciclagem da vida.
Tudo é um processo divino
Ditado, desde sempre, pelas leis do Criador;
E não há incerteza nisso.
Homem ou ameba, ambos são regidos pelo mesmo destino...
O universo é o quintal do divino Criador,
Onde tudo que existe tem sua razão de ser:
Tudo! Desde um simples elemento a um complexo conglomerado
Que atende pelo nome de Filho de Deus...
A vida do homem é a busca das certezas.
E, no caminho percorrido, vai deixando suas dúvidas para trás.
As certezas são mensuráveis – não há nenhuma incerteza nisso.
Mas, mesmo assim, uma incerteza ainda intriga o homem:
É a incerteza quanto ao tamanho do amor de Deus.
Seria infinito?
Teria começo?
Alguns pensam que este amor seria do tamanho do universo,
Mas este, já se sabe, expande a cada instante...
Essa é uma grande certeza: o Amor se expande a cada dia e não se sabe quando começa;
Também se sabe que não termina...
O homem, ao querer mensurar Deus,
Conforma-se com a sua situação de ser apenas mais uma criatura do Pai,
Pequena e imperfeita ainda,
E essa grandeza ele pode medir e entender; e o resultado lhe é certo.
ISAÍAS GRESMÉS 15/12/2009
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Ele Virá
Ele Virá
Ele virá!
Se a humanidade, contra Ele, não se virar...
Ele virá!
Se a humanidade, contra Ele não se desumanizar...
Ele virá!
Virá para quem O esperar.
Mas, não há razão em se preocupar:
Porque Ele, na verdade, aqui já está!
Em vir,
Não precisará.
Mas, como saber onde Ele está?
Para responder-lhe vou ousar:
Pergunte à criança, que não sabe falar;
Pergunte ao lesado, que não sabe pensar;
Pergunte ao velho, que esqueceu de lembrar;
Mas, não pergunte ao sábio em decorar...
Porque ele dirá:
Ele virá!
Ele virá!
Isaías Gresmés 04/12/2009
Ele virá!
Se a humanidade, contra Ele, não se virar...
Ele virá!
Se a humanidade, contra Ele não se desumanizar...
Ele virá!
Virá para quem O esperar.
Mas, não há razão em se preocupar:
Porque Ele, na verdade, aqui já está!
Em vir,
Não precisará.
Mas, como saber onde Ele está?
Para responder-lhe vou ousar:
Pergunte à criança, que não sabe falar;
Pergunte ao lesado, que não sabe pensar;
Pergunte ao velho, que esqueceu de lembrar;
Mas, não pergunte ao sábio em decorar...
Porque ele dirá:
Ele virá!
Ele virá!
Isaías Gresmés 04/12/2009
Elemento Relevante
Elemento Relevante
Elemento relevante
É um francês espumante
Quando o perdão vai brindar
É gesto emocionante
Que eterniza o instante
Com nobre gesto de Amar
É obra primordial
Do Mestre celestial
----------------------------------
Isaías Gresmés 04/12/2009
Elemento relevante
É um francês espumante
Quando o perdão vai brindar
É gesto emocionante
Que eterniza o instante
Com nobre gesto de Amar
É obra primordial
Do Mestre celestial
----------------------------------
Isaías Gresmés 04/12/2009
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Fio de Esperança
FIO DE ESPERANÇA
Para salvar o náufrago
Uma boia,
Uma corda,
Uma corda só, somente
Para salvar a Gestão Pública
Hei político, acorda
Acorda
Trabalhe para sua gente
Para afastar a dor
Da angústia, triste dor
Que na alma se faz frequente
Um sorriso delicado
Bonito e compassado,
De uma criança contente
Para amarrar
Nos corações dos homens
A fé que balança
Quase descrente
Um fio
Apenas um fio
Sim, um fio
Invisível e resistente
Seu nome é esperança
Sai dos braços da criança
Que lhe abraça docemente
Também sai da oração que emana de todo crente
Um fio
Apenas um fio
Um fio de esperança
Assim como as crianças
É obra-prima do Onipotente
Isaías Gresmés 3/12/2009
Para salvar o náufrago
Uma boia,
Uma corda,
Uma corda só, somente
Para salvar a Gestão Pública
Hei político, acorda
Acorda
Trabalhe para sua gente
Para afastar a dor
Da angústia, triste dor
Que na alma se faz frequente
Um sorriso delicado
Bonito e compassado,
De uma criança contente
Para amarrar
Nos corações dos homens
A fé que balança
Quase descrente
Um fio
Apenas um fio
Sim, um fio
Invisível e resistente
Seu nome é esperança
Sai dos braços da criança
Que lhe abraça docemente
Também sai da oração que emana de todo crente
Um fio
Apenas um fio
Um fio de esperança
Assim como as crianças
É obra-prima do Onipotente
Isaías Gresmés 3/12/2009
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Prece à causa desumana*
PRECE À CAUSA DESUMANA
Numa sala, sem saber que estavam sendo observados por seres humanos, um grupo de desumanos* faz uma prece em agradecimento ao seu senhor:
“Oh, maldito Capeta que estais no inferno, aqui estamos reunidos para vos agradecer pela benção desta propina que acabamos de receber. Sabeis-vos bem quantas crianças deixamos de nutrir, quantos velhos deixamos de assistir para que vossa obra obtivesse êxito. Não é de hoje que nós nos infiltramos entre os asquerosos humanos para cumprir o vosso mandamento que sentencia: ‘O mal triunfará porque os desumanos tornar-se-ão maioria na face da Terra’; mandamento este que nós tanto nos esforçamos para cumpri-lo na íntegra. Oh desgraçado Senhor das trevas, Essência maldita de todo o mal, cubrais este dinheiro sujo com vossa pegajosa maldição e que ele sirva para comprar a conivência dos simpatizantes e convertidos à causa desumana, para que em breve vos, oh peçonhento Capeta, possais triunfar por sobre a Terra e seus malditos seres infelizes. Que vossa fúria e vosso ódio recaiam por sobre todos, que assim seja!”
Gresmés 01/12/2009
NA *Desumanos são parecidos aos humanos, mas são diferentes na essência e na decência.
Numa sala, sem saber que estavam sendo observados por seres humanos, um grupo de desumanos* faz uma prece em agradecimento ao seu senhor:
“Oh, maldito Capeta que estais no inferno, aqui estamos reunidos para vos agradecer pela benção desta propina que acabamos de receber. Sabeis-vos bem quantas crianças deixamos de nutrir, quantos velhos deixamos de assistir para que vossa obra obtivesse êxito. Não é de hoje que nós nos infiltramos entre os asquerosos humanos para cumprir o vosso mandamento que sentencia: ‘O mal triunfará porque os desumanos tornar-se-ão maioria na face da Terra’; mandamento este que nós tanto nos esforçamos para cumpri-lo na íntegra. Oh desgraçado Senhor das trevas, Essência maldita de todo o mal, cubrais este dinheiro sujo com vossa pegajosa maldição e que ele sirva para comprar a conivência dos simpatizantes e convertidos à causa desumana, para que em breve vos, oh peçonhento Capeta, possais triunfar por sobre a Terra e seus malditos seres infelizes. Que vossa fúria e vosso ódio recaiam por sobre todos, que assim seja!”
Gresmés 01/12/2009
NA *Desumanos são parecidos aos humanos, mas são diferentes na essência e na decência.
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Meu outro lado
Meu outro lado
Eu tenho um outro lado
Escondido em minha carcaça
Não é nem bom nem malvado
E, a mim, sempre ameaça
Quando a razão me cala
Ele põe-se a falar
E começa a cuspir bala
Com seus verbos de matar
E matando, dá risada
Grita e fala palavrão
Depois sai em disparada
Me deixando só, na mão
Meu outro lado é cruel
À falsidade e ao cinismo
E a quem diz frases de mel
Mas em prol do egoísmo
Meu outro lado não gosta
De quem se disfarça de santo
E já manda comer bosta
Pra mostrar seu desencanto
Meu outro lado é o oposto
Dos preceitos sociais
Pois não engole desgostos
E sapos, nunca, jamais
Eu tenho esse outro lado
E não escondo não senhor
Porque eu não sou safado
Pra me disfarçar de flor
Se precisar mostro o espinho
Desse alterado eu
Que fica escondidinho
Neste coração que é meu
Isaías Gresmés 20/11/2009
Eu tenho um outro lado
Escondido em minha carcaça
Não é nem bom nem malvado
E, a mim, sempre ameaça
Quando a razão me cala
Ele põe-se a falar
E começa a cuspir bala
Com seus verbos de matar
E matando, dá risada
Grita e fala palavrão
Depois sai em disparada
Me deixando só, na mão
Meu outro lado é cruel
À falsidade e ao cinismo
E a quem diz frases de mel
Mas em prol do egoísmo
Meu outro lado não gosta
De quem se disfarça de santo
E já manda comer bosta
Pra mostrar seu desencanto
Meu outro lado é o oposto
Dos preceitos sociais
Pois não engole desgostos
E sapos, nunca, jamais
Eu tenho esse outro lado
E não escondo não senhor
Porque eu não sou safado
Pra me disfarçar de flor
Se precisar mostro o espinho
Desse alterado eu
Que fica escondidinho
Neste coração que é meu
Isaías Gresmés 20/11/2009
sábado, 31 de outubro de 2009
A canção do novo mundo
A CANÇÃO DO NOVO MUNDO
A canção do novo mundo
É a mais linda das canções
Seu apelo faz o moribundo
Correr sorrindo nas elevações
A canção do novo mundo
Interfere nos sentidos
Pois torna cada segundo
Digno de ser ouvido
No novo mundo a canção
Do verbo, arte se fez
E cada nota então
Fez-se tutti de uma vez
No novo mundo a canção
Mostrou a todos mortais
Que a arte, essa não
Não vai morrer jamais
Isaías Gresmés 31/10/2009
A canção do novo mundo
É a mais linda das canções
Seu apelo faz o moribundo
Correr sorrindo nas elevações
A canção do novo mundo
Interfere nos sentidos
Pois torna cada segundo
Digno de ser ouvido
No novo mundo a canção
Do verbo, arte se fez
E cada nota então
Fez-se tutti de uma vez
No novo mundo a canção
Mostrou a todos mortais
Que a arte, essa não
Não vai morrer jamais
Isaías Gresmés 31/10/2009
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
A ESTRADA DA VIDA
A ESTRADA DA VIDA
A estrada da vida é um longo caminho
Que ruma o homem à perfeição,
Mesmo sabendo ele ser somente um cisquinho,
Esforça-se sempre para entender sua missão.
A estrada da vida é longa lição
Que se iniciou já no primeiro segundo,
No momento em que Deus, numa Grande Explosão,
Concedeu-nos tudo isso que chamamos de mundo.
A estrada da vida é o espaço-tempo,
Verdadeira medida do vasto universo,
Capaz de medir até quando tento
Descrever tudo isso com meus simples versos.
A estrada da vida foi planejada
Por nosso Senhor (e ela sempre se renova).
Seu início foi de forma “acalorada”,
Numa pirotecnia de uma Supernova.
Então, a poeira dos seus elementos,
Sucumbiram-se em um imenso caracol;
A gravidade estupenda, em um dos seus fragmentos,
Fez surgir para vida nosso lindo sol.
Outra parte, menor, nesta remota era,
Passou a girar, orbitando o rei.
Refiro-me à nossa querida Terra
Cumprindo à Física, um fundamento, uma lei.
Portanto, nós somos poeira de estrela,
Uma obra do Pai em um tempo distante...
A estrada da vida? Vamos percorrê-la
Pois somos eternos, tal qual diamante.
A estrada da vida é a consciência
Da humanidade, no passar do tempo.
E nos dita o rumo, através da ciência,
Sobre o caminho longo do espaço-tempo.
Isaías Gresmés, 29/10/2009
A estrada da vida é um longo caminho
Que ruma o homem à perfeição,
Mesmo sabendo ele ser somente um cisquinho,
Esforça-se sempre para entender sua missão.
A estrada da vida é longa lição
Que se iniciou já no primeiro segundo,
No momento em que Deus, numa Grande Explosão,
Concedeu-nos tudo isso que chamamos de mundo.
A estrada da vida é o espaço-tempo,
Verdadeira medida do vasto universo,
Capaz de medir até quando tento
Descrever tudo isso com meus simples versos.
A estrada da vida foi planejada
Por nosso Senhor (e ela sempre se renova).
Seu início foi de forma “acalorada”,
Numa pirotecnia de uma Supernova.
Então, a poeira dos seus elementos,
Sucumbiram-se em um imenso caracol;
A gravidade estupenda, em um dos seus fragmentos,
Fez surgir para vida nosso lindo sol.
Outra parte, menor, nesta remota era,
Passou a girar, orbitando o rei.
Refiro-me à nossa querida Terra
Cumprindo à Física, um fundamento, uma lei.
Portanto, nós somos poeira de estrela,
Uma obra do Pai em um tempo distante...
A estrada da vida? Vamos percorrê-la
Pois somos eternos, tal qual diamante.
A estrada da vida é a consciência
Da humanidade, no passar do tempo.
E nos dita o rumo, através da ciência,
Sobre o caminho longo do espaço-tempo.
Isaías Gresmés, 29/10/2009
domingo, 25 de outubro de 2009
A arte de ensinar
A ARTE DE ENSINAR
“Vamos lá, todo mundo fazendo o que o mestre mandar!” E assim a minha aula de capoeira começava na escola onde eu exercia um trabalho voluntário junto à comunidade local. As crianças me seguiam e faziam tudo o que eu ensinava.
“Agora vamos fazer patinho hein!” E todos se agachavam e imitavam o andar dos patos.
Assim eu trabalhava os músculos inferiores e a coordenação motora deles.
“Olha o jacarezinho! – vamos ver quem chega ao rio primeiro!” Era uma festa! Todos saíam rastejando, assim como faz o réptil quando anda no solo.
Desta forma eu trabalhava tanto os membros superiores quanto os inferiores, além da resistência respiratória.
“Atenção! Agora todo mundo é sapo!” E era um tal de pula-pula para todos os lados, uma verdadeira festa! Essa era a maneira que eu usava para desenvolver a força de explosão dos meus alunos.
Quando terminava essa primeira sessão, eu fazia a brincadeira que eles mais gostavam, que era o “Capitão-do-mato”.
“Vem cá menino! Você vai ser o nosso Capitão”.
E lá iam os negros fujões, tentando se livrar do Capitão e do trabalho escravo. Refugiavam-se na capoeira, um local descampado, com pequenos arbustos – um mato ralo, segundo a língua tupi-guarani, que deu origem ao nome da nossa arte-luta. O Capitão seguia no encalço na intenção de trazê-los novamente à fazenda.
“Peguei você!” Quando o Capitão conseguia capturar um negro fujão, este permanecia imóvel e de cócoras. Só sairia desta posição se outro negro fujão chegasse até ele e desferisse, acima de sua cabeça, um golpe chamado “meia-lua-de-frente”. Se isso ocorresse, ele estava livre novamente.
Fazendo uso desta brincadeira eu ensinava que a liberdade é um dos maiores bem que uma pessoa pode possuir e, que no passado nossos ancestrais negros não tinham posse desse bem primordial. Ensinava também o valor do trabalho em equipe e, ainda por cima, alguns fundamentos da capoeira, como a defesa em cócoras e a meia-lua-de-frente (eu ia variando os golpes para não ficar monótono).
Finda esta etapa, eu voltava a correr em círculo, com eles atrás de mim. Executava um movimento e seguia; quem vinha logo a seguir fazia o mesmo e assim sucessivamente.
“Agora vamos nos alongar, tudo bem?”
“Vamos tentar encostar nossos dedinhos lá no céu... Agora vamos encostar nossas mãos lá no chão...”
Faltando meia hora para o término da aula (que durava duas horas), eu armava um berimbau e iniciava outra etapa no ensino deles:
“Oh lá-lá-ê ,Oh lá-lá-ê ,Oh lá-lá-ê, lá-la-i-lá...” E eles respondiam ao coral, além de responder nas palmas: “Oh lá-lá-ê....” “Olha a palma de Bimba, é um, dois, três...”
Todos sentavam em círculo e a roda começava.
Eu jogava inicialmente com todos eles, depois colocava os meus melhores alunos, cada qual numa roda , enquanto que os restantes passavam, um a um, jogando com cada um deles, numa espécie de rodízio; permanecendo essa dinâmica até o fim da aula.
Ensinava assim, a importância da disciplina hierárquica.
Tenho saudades daquele tempo...
Isaías Gresmés 25/10/2009
“Vamos lá, todo mundo fazendo o que o mestre mandar!” E assim a minha aula de capoeira começava na escola onde eu exercia um trabalho voluntário junto à comunidade local. As crianças me seguiam e faziam tudo o que eu ensinava.
“Agora vamos fazer patinho hein!” E todos se agachavam e imitavam o andar dos patos.
Assim eu trabalhava os músculos inferiores e a coordenação motora deles.
“Olha o jacarezinho! – vamos ver quem chega ao rio primeiro!” Era uma festa! Todos saíam rastejando, assim como faz o réptil quando anda no solo.
Desta forma eu trabalhava tanto os membros superiores quanto os inferiores, além da resistência respiratória.
“Atenção! Agora todo mundo é sapo!” E era um tal de pula-pula para todos os lados, uma verdadeira festa! Essa era a maneira que eu usava para desenvolver a força de explosão dos meus alunos.
Quando terminava essa primeira sessão, eu fazia a brincadeira que eles mais gostavam, que era o “Capitão-do-mato”.
“Vem cá menino! Você vai ser o nosso Capitão”.
E lá iam os negros fujões, tentando se livrar do Capitão e do trabalho escravo. Refugiavam-se na capoeira, um local descampado, com pequenos arbustos – um mato ralo, segundo a língua tupi-guarani, que deu origem ao nome da nossa arte-luta. O Capitão seguia no encalço na intenção de trazê-los novamente à fazenda.
“Peguei você!” Quando o Capitão conseguia capturar um negro fujão, este permanecia imóvel e de cócoras. Só sairia desta posição se outro negro fujão chegasse até ele e desferisse, acima de sua cabeça, um golpe chamado “meia-lua-de-frente”. Se isso ocorresse, ele estava livre novamente.
Fazendo uso desta brincadeira eu ensinava que a liberdade é um dos maiores bem que uma pessoa pode possuir e, que no passado nossos ancestrais negros não tinham posse desse bem primordial. Ensinava também o valor do trabalho em equipe e, ainda por cima, alguns fundamentos da capoeira, como a defesa em cócoras e a meia-lua-de-frente (eu ia variando os golpes para não ficar monótono).
Finda esta etapa, eu voltava a correr em círculo, com eles atrás de mim. Executava um movimento e seguia; quem vinha logo a seguir fazia o mesmo e assim sucessivamente.
“Agora vamos nos alongar, tudo bem?”
“Vamos tentar encostar nossos dedinhos lá no céu... Agora vamos encostar nossas mãos lá no chão...”
Faltando meia hora para o término da aula (que durava duas horas), eu armava um berimbau e iniciava outra etapa no ensino deles:
“Oh lá-lá-ê ,Oh lá-lá-ê ,Oh lá-lá-ê, lá-la-i-lá...” E eles respondiam ao coral, além de responder nas palmas: “Oh lá-lá-ê....” “Olha a palma de Bimba, é um, dois, três...”
Todos sentavam em círculo e a roda começava.
Eu jogava inicialmente com todos eles, depois colocava os meus melhores alunos, cada qual numa roda , enquanto que os restantes passavam, um a um, jogando com cada um deles, numa espécie de rodízio; permanecendo essa dinâmica até o fim da aula.
Ensinava assim, a importância da disciplina hierárquica.
Tenho saudades daquele tempo...
Isaías Gresmés 25/10/2009
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
O encando da Capoeira
O ENCANTO DA CAPOEIRA
Meu amigo Rui pediu
Nessa nossa brincadeira
Que eu cantasse ao Brasil
Sobre a nossa Capoeira
Sendo assim vou começar
Cantando uma Ladainha
Para os “santos” invocar
Numa roda miudinha
Ladainha é um canto
Que conta um acontecido
Ai reside o encanto
Sobre o fato ocorrido
Começa sempre no “Iê”
Um grito bem poderoso
Que faz qualquer chão tremer
Mesmo que seja rochoso
Logo após, a Louvação
É o reconhecimento
Em forma de oração
Ao mestre do firmamento
Em seguida o Corrido
É puxado para cima
No coro é respondido
Bem no compasso da rima
Pernas lá e pernas cá
Cabeçada e rolê
Corpos se fundem no ar
Em um grande fuzuê
O encanto da Capoeira
Tem o nome de Mandinga
Sobrenome de rasteira
E apelido de ginga
“Iê, viva meu mestre
Ê, ê, ê, viva meu mestre, Camará
Iê, quem me ensinou
Ê,ê, ê, quem me ensinou, Camará”
Isaías Gresmés 16/10/2009
Meu amigo Rui pediu
Nessa nossa brincadeira
Que eu cantasse ao Brasil
Sobre a nossa Capoeira
Sendo assim vou começar
Cantando uma Ladainha
Para os “santos” invocar
Numa roda miudinha
Ladainha é um canto
Que conta um acontecido
Ai reside o encanto
Sobre o fato ocorrido
Começa sempre no “Iê”
Um grito bem poderoso
Que faz qualquer chão tremer
Mesmo que seja rochoso
Logo após, a Louvação
É o reconhecimento
Em forma de oração
Ao mestre do firmamento
Em seguida o Corrido
É puxado para cima
No coro é respondido
Bem no compasso da rima
Pernas lá e pernas cá
Cabeçada e rolê
Corpos se fundem no ar
Em um grande fuzuê
O encanto da Capoeira
Tem o nome de Mandinga
Sobrenome de rasteira
E apelido de ginga
“Iê, viva meu mestre
Ê, ê, ê, viva meu mestre, Camará
Iê, quem me ensinou
Ê,ê, ê, quem me ensinou, Camará”
Isaías Gresmés 16/10/2009
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Ah, se eu pudesse
AH, SE EU PUDESSE
Ah, se eu pudesse
Resolver os meus problemas apenas com uma prece
Será que posso
Não tenho certeza
Meu desejo então fenece diante da minha fraqueza
Ah, se eu pudesse
Frear meus maus sentimentos
Será que posso
Acho que não
Eles sempre aparecem a cada nova tentação
Ah, se eu pudesse
Encontrar uma equação
Que sintetizasse, em números, as incertezas de minh’alma
Será que posso? Talvez um dia
E, neste dia, subtrairei minhas angústias e somarei sabedoria
Ah, se eu pudesse, enfim
Entender os desígnios de Deus
Talvez divinamente sentisse que eles também são meus
Isaías Gresmés
Ah, se eu pudesse
Resolver os meus problemas apenas com uma prece
Será que posso
Não tenho certeza
Meu desejo então fenece diante da minha fraqueza
Ah, se eu pudesse
Frear meus maus sentimentos
Será que posso
Acho que não
Eles sempre aparecem a cada nova tentação
Ah, se eu pudesse
Encontrar uma equação
Que sintetizasse, em números, as incertezas de minh’alma
Será que posso? Talvez um dia
E, neste dia, subtrairei minhas angústias e somarei sabedoria
Ah, se eu pudesse, enfim
Entender os desígnios de Deus
Talvez divinamente sentisse que eles também são meus
Isaías Gresmés
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Canção prá ocê minha nêga II
CANÇÃO PRÁ OCÊ MINHA NÊGA II
Oh Maria, eu te quero
Não me chame de pamonha
Deixa desse lero-lero
Pois ocê é sem vergonha
Vem Maria minha flô
Deixa eu fungar ocê
Gritar e te chamar de amô
Vem aqui meu bem querê
Oh Maria, quero ocê
Minha bela prifirida
Cum ocê quero fazê
A procriação da vida
Vem minha flô
Sem cirimonha
Pra mor di fazê amo
Vem Maria-sem-vergonha
Isperano ocê estou
Eu quero beijá ocê
I sinti o seu prefume
Vem aqui meu bem querê
Pra ispantá o meu ciúme
Oh Maria, eu te quero
Não me chame de pamonha
Deixa desse lero-lero
Pois ocê é sem vergonha
Vem minha flô
Sem cirimonha
Pra mor di fazê amo
Vem Maria-sem-vergonha
Isperano ocê estou
Isaías Gresmés 22/09/2009
Oh Maria, eu te quero
Não me chame de pamonha
Deixa desse lero-lero
Pois ocê é sem vergonha
Vem Maria minha flô
Deixa eu fungar ocê
Gritar e te chamar de amô
Vem aqui meu bem querê
Oh Maria, quero ocê
Minha bela prifirida
Cum ocê quero fazê
A procriação da vida
Vem minha flô
Sem cirimonha
Pra mor di fazê amo
Vem Maria-sem-vergonha
Isperano ocê estou
Eu quero beijá ocê
I sinti o seu prefume
Vem aqui meu bem querê
Pra ispantá o meu ciúme
Oh Maria, eu te quero
Não me chame de pamonha
Deixa desse lero-lero
Pois ocê é sem vergonha
Vem minha flô
Sem cirimonha
Pra mor di fazê amo
Vem Maria-sem-vergonha
Isperano ocê estou
Isaías Gresmés 22/09/2009
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Pelada
PELADA
Todo dia era igual
Sem ter hora marcada
Reuníamos todo mundo
E íamos para pelada
O campo era de terra
De superfície esburacada
Onde havia alegria
Nos pés da molecada
Cada líder escolhia
A turma a ser comandada
No pontapé inicial
A partida começava
O tempo era parceiro
De toda a meninada
Que fadiga não sentia
Nem com as horas passadas
Incidentes existiam
Como unhas arrancadas
Luxações, joelho roxo
Mas nada assustava, nada
O campinho de terra
Era a arena abençoada
Onde nós ali vibrávamos
A cada nova jogada
Às vezes faltando unhas
Ou com bocas ensanguentadas
Mas nada era um estorvo
Para a nossa cambada
Dos Coliseus de terra
Das favelas, das quebradas
Já nasceu até um rei
Que no campo enfeitiçava
E continuará assim
Enquanto houver pelada
Nos nossos campos de terra
De superfície esburacada
Surgirão novos guerreiros
Que hão de fazer jogadas
Que calarão os rivais
Nas arenas gramadas
Ah tempo, por que passou
Ah que coisa danada
Sonhando me senti moleque
Com alma até renovada
Tenho saudades de um tempo
Em que o tempo até parava
E eu feliz, com os amigos
Seguia a jogar pelada
Isaías Gresmés 16/09/2009
Todo dia era igual
Sem ter hora marcada
Reuníamos todo mundo
E íamos para pelada
O campo era de terra
De superfície esburacada
Onde havia alegria
Nos pés da molecada
Cada líder escolhia
A turma a ser comandada
No pontapé inicial
A partida começava
O tempo era parceiro
De toda a meninada
Que fadiga não sentia
Nem com as horas passadas
Incidentes existiam
Como unhas arrancadas
Luxações, joelho roxo
Mas nada assustava, nada
O campinho de terra
Era a arena abençoada
Onde nós ali vibrávamos
A cada nova jogada
Às vezes faltando unhas
Ou com bocas ensanguentadas
Mas nada era um estorvo
Para a nossa cambada
Dos Coliseus de terra
Das favelas, das quebradas
Já nasceu até um rei
Que no campo enfeitiçava
E continuará assim
Enquanto houver pelada
Nos nossos campos de terra
De superfície esburacada
Surgirão novos guerreiros
Que hão de fazer jogadas
Que calarão os rivais
Nas arenas gramadas
Ah tempo, por que passou
Ah que coisa danada
Sonhando me senti moleque
Com alma até renovada
Tenho saudades de um tempo
Em que o tempo até parava
E eu feliz, com os amigos
Seguia a jogar pelada
Isaías Gresmés 16/09/2009
domingo, 6 de setembro de 2009
Esgoto a céu aberto
De quatro em quatro anos
Vários ânus vão cagar
Na urna eletrônica
Sem antes raciocinar
Depois ficam reclamando
Quem mandou errado, obrar?
“Urna não é pinico”
Já dizia o Faustão
Por isso tenha juízo
Não seja um “vacilão”
Quem vota errado hoje
Não merece reclamação
A política brasileira
É esgoto a céu aberto
Onde a corrupção
Segue o seu rumo certo
Que é a cuia para cima
Do nosso vil congresso
Cada voto mal votado
Vira buraco na rua
Faz mais um abandonado
Dormir na calçada sua
Faz menina adolescente
Prostituir-se seminua
Faz humilde agricultor
Fugir para a cidade
Faz o pobre, eterno pobre
Por falta de escolaridade
Faz o povo acreditar
Que mentira é verdade
Quando chega a eleição
Sempre tem um espertinho
Que troca o seu voto
Por conta de um “favorzinho”
É mais um voto cagado
Na urna do “tinhosinho”
Quando chega ao congresso
O político ladrão
Logo se alia a outros
Em igual situação
Juntos formam a panelinha
Em prol da corrupção
II
O Brasil pode ter jeito
Mas seu destino é incerto
A política brasileira
É esgoto a céu aberto
Por conta de alguns tolinhos
Que votam em desonestos
A política brasileira
É esgoto a céu aberto
De quatro em quatro anos
Vem político perverso
A política brasileira
É esgoto a céu aberto
Que prometem o impossível
Mas depois nos dão o resto
A política brasileira
É esgoto a céu aberto
Aumentam, na surdina
Seus salários no congresso
A política brasileira
É esgoto a céu aberto
III
“O Brasil é o país do futuro”
Assim diz a profecia
Só chegará esse dia
Se não votarmos no escuro
Não vote em cima do muro
Não se venda a ninguém
Procure pensar além
Pois do todo você é parte
Não se venda à má arte
Vote certo e pratique o bem
Não deixemos a corrupção
Tomar conta do país
Votando num infeliz
Que sabemos que é ladrão
Isso não é boa ação
Nem pra si nem pra ninguém
Procure pensar além
Pois do todo você é parte
Não se venda à má arte
Vote certo e pratique o bem
IV
“Político bom nasceu morto”
Diz o dito popular
Portanto vote direito
Ou então vai amargar
Quatro anos de sofrimento
Sem que possa reclamar
Não cague na urna! Vote!
Mas não tenha a ilusão
De que tudo melhorará
Não caia nessa irmão
Político, no Brasil
Rima com corrupção
Mas votar ainda é
Uma boa opção
Pois assim, gradualmente
Aprenderemos a lição
De escolhermos, no voto
O que é MENOS LADRÃO
Não faça de seu voto
Um tolete fedorento
A urna não é pinico
Não seja um lazarento
Não venda o seu voto
Nem por um nem cem por cento
De quatro em quatro anos
Todos nós vamos votar
Lá, na urna eletrônica
Precisamos raciocinar
Depois já não adianta
Essa é a hora de acertar
Isaías Gresmés 6/09/2009
Vários ânus vão cagar
Na urna eletrônica
Sem antes raciocinar
Depois ficam reclamando
Quem mandou errado, obrar?
“Urna não é pinico”
Já dizia o Faustão
Por isso tenha juízo
Não seja um “vacilão”
Quem vota errado hoje
Não merece reclamação
A política brasileira
É esgoto a céu aberto
Onde a corrupção
Segue o seu rumo certo
Que é a cuia para cima
Do nosso vil congresso
Cada voto mal votado
Vira buraco na rua
Faz mais um abandonado
Dormir na calçada sua
Faz menina adolescente
Prostituir-se seminua
Faz humilde agricultor
Fugir para a cidade
Faz o pobre, eterno pobre
Por falta de escolaridade
Faz o povo acreditar
Que mentira é verdade
Quando chega a eleição
Sempre tem um espertinho
Que troca o seu voto
Por conta de um “favorzinho”
É mais um voto cagado
Na urna do “tinhosinho”
Quando chega ao congresso
O político ladrão
Logo se alia a outros
Em igual situação
Juntos formam a panelinha
Em prol da corrupção
II
O Brasil pode ter jeito
Mas seu destino é incerto
A política brasileira
É esgoto a céu aberto
Por conta de alguns tolinhos
Que votam em desonestos
A política brasileira
É esgoto a céu aberto
De quatro em quatro anos
Vem político perverso
A política brasileira
É esgoto a céu aberto
Que prometem o impossível
Mas depois nos dão o resto
A política brasileira
É esgoto a céu aberto
Aumentam, na surdina
Seus salários no congresso
A política brasileira
É esgoto a céu aberto
III
“O Brasil é o país do futuro”
Assim diz a profecia
Só chegará esse dia
Se não votarmos no escuro
Não vote em cima do muro
Não se venda a ninguém
Procure pensar além
Pois do todo você é parte
Não se venda à má arte
Vote certo e pratique o bem
Não deixemos a corrupção
Tomar conta do país
Votando num infeliz
Que sabemos que é ladrão
Isso não é boa ação
Nem pra si nem pra ninguém
Procure pensar além
Pois do todo você é parte
Não se venda à má arte
Vote certo e pratique o bem
IV
“Político bom nasceu morto”
Diz o dito popular
Portanto vote direito
Ou então vai amargar
Quatro anos de sofrimento
Sem que possa reclamar
Não cague na urna! Vote!
Mas não tenha a ilusão
De que tudo melhorará
Não caia nessa irmão
Político, no Brasil
Rima com corrupção
Mas votar ainda é
Uma boa opção
Pois assim, gradualmente
Aprenderemos a lição
De escolhermos, no voto
O que é MENOS LADRÃO
Não faça de seu voto
Um tolete fedorento
A urna não é pinico
Não seja um lazarento
Não venda o seu voto
Nem por um nem cem por cento
De quatro em quatro anos
Todos nós vamos votar
Lá, na urna eletrônica
Precisamos raciocinar
Depois já não adianta
Essa é a hora de acertar
Isaías Gresmés 6/09/2009
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Homem chora por amor?
HOMEM CHORA POR AMOR?
Homem chora por amor?
Mas, homem chora,
Sem que sinta, realmente, dor?
Eu, homem, macho, posso afirmar,
Que no olho do homem a lágrima aflora,
Com o “sim” da amada ao pé do altar...
Mas, lágrima de amor não turva o olhar:
Dá um prazer imenso deixá-la rolar...
Isaías Gresmés 30/08/2009
Homem chora por amor?
Mas, homem chora,
Sem que sinta, realmente, dor?
Eu, homem, macho, posso afirmar,
Que no olho do homem a lágrima aflora,
Com o “sim” da amada ao pé do altar...
Mas, lágrima de amor não turva o olhar:
Dá um prazer imenso deixá-la rolar...
Isaías Gresmés 30/08/2009
sábado, 22 de agosto de 2009
Resistência
RESISTÊNCIA
Resistência é a água do pobre
Quando, no deserto da vida, busca a sobrevivência.
Esta qualidade lhe é vital
Na busca das migalhas que, quase sempre, lhe falta.
A vida é boa para quem sorri na mesa
Ao lado da família, com uma fatia de pão...
Mas para o pobre, ela é suja, é amarrada, é ensacada...
É preciso ser resistente à sujeira, às amarras, aos dejetos...
Pobre resistente alimenta-se de sobras,
Pois ele também é resto:
É resto na sociedade,
“...que ouçam quem têm ouvidos para ouvir...”
“...pois vos digo em verdade...”
Resistência é a vida do pobre
Esse camelo que, por tanto resistir, às vezes vence, segue em frente,
Mas que sempre olha para trás.
ISAÍAS RODRIGUES DE OLIVEIRA
Resistência é a água do pobre
Quando, no deserto da vida, busca a sobrevivência.
Esta qualidade lhe é vital
Na busca das migalhas que, quase sempre, lhe falta.
A vida é boa para quem sorri na mesa
Ao lado da família, com uma fatia de pão...
Mas para o pobre, ela é suja, é amarrada, é ensacada...
É preciso ser resistente à sujeira, às amarras, aos dejetos...
Pobre resistente alimenta-se de sobras,
Pois ele também é resto:
É resto na sociedade,
“...que ouçam quem têm ouvidos para ouvir...”
“...pois vos digo em verdade...”
Resistência é a vida do pobre
Esse camelo que, por tanto resistir, às vezes vence, segue em frente,
Mas que sempre olha para trás.
ISAÍAS RODRIGUES DE OLIVEIRA
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Amor real de amigo
AMOR REAL DE AMIGO
Não! Eu não quero lhe beijar!
Tampouco percorrer seu corpo em uma busca sem fim...
O que quero é a tua presença;
Quero sentir meu rosto modificar-se com a ação do seu sorriso...
Não! Eu não quero viver ao seu lado.
Quero apenas a tua presença na “Hora Boa”,
E estender nossa conversa até “Altas Horas”.
Não! Não quero ter filhos com você!
Quero apenas uma imensa prole de boas recordações,
Concebidas a cada novo encontro nosso.
O que quero minha amiga,
É envelhecer ao seu lado e morrer feliz,
Pois antes de morrer, eu já lhe disse “Eu te amo!”
Isaías Gresmés 13/08/2009
Não! Eu não quero lhe beijar!
Tampouco percorrer seu corpo em uma busca sem fim...
O que quero é a tua presença;
Quero sentir meu rosto modificar-se com a ação do seu sorriso...
Não! Eu não quero viver ao seu lado.
Quero apenas a tua presença na “Hora Boa”,
E estender nossa conversa até “Altas Horas”.
Não! Não quero ter filhos com você!
Quero apenas uma imensa prole de boas recordações,
Concebidas a cada novo encontro nosso.
O que quero minha amiga,
É envelhecer ao seu lado e morrer feliz,
Pois antes de morrer, eu já lhe disse “Eu te amo!”
Isaías Gresmés 13/08/2009
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
HUMILDADE
HUMILDADE
Onde está a humildade?
Ela está na formiguinha
Que não trabalha sozinha
E também no sol que irradia
A cada novo dia
Está presente na chuva abençoada
Que germina a semente na terra arada
Também está na fartura do pão
Que, como alimento, cumpre sua função
O humilde reconhece a sua parte no trabalho
E não se aborrece, não procura por atalhos
Entende que a pequena parcela do seu labor
É partícula importante de algo de mais valor
A humildade fortalece a alma do bom cristão
É força fundamental que nos conduz à elevação
A humildade é ensinamento de luz
Exemplificada ao mundo pelo Senhor Jesus
Isaías Gresmés 12/08/2009
Onde está a humildade?
Ela está na formiguinha
Que não trabalha sozinha
E também no sol que irradia
A cada novo dia
Está presente na chuva abençoada
Que germina a semente na terra arada
Também está na fartura do pão
Que, como alimento, cumpre sua função
O humilde reconhece a sua parte no trabalho
E não se aborrece, não procura por atalhos
Entende que a pequena parcela do seu labor
É partícula importante de algo de mais valor
A humildade fortalece a alma do bom cristão
É força fundamental que nos conduz à elevação
A humildade é ensinamento de luz
Exemplificada ao mundo pelo Senhor Jesus
Isaías Gresmés 12/08/2009
terça-feira, 11 de agosto de 2009
O que não podemos mudar
O que não podemos mudar
Há certos fatos na vida,
Que não podemos mudar.
Um deles - nossa partida -
Quando a vez nossa chegar.
Um outro fato também
(Que afirmo aqui, com certeza)
É que há vida no além;
Além da nossa clareza...
Não há mistério algum.
Assim Jesus ensinou:
“Que esse é destino comum
Àqueles que aqui passou”.
Isso é um fato na vida:
Morrer é etapa cumprida.
Isaías Gresmés 11/08/2009
Há certos fatos na vida,
Que não podemos mudar.
Um deles - nossa partida -
Quando a vez nossa chegar.
Um outro fato também
(Que afirmo aqui, com certeza)
É que há vida no além;
Além da nossa clareza...
Não há mistério algum.
Assim Jesus ensinou:
“Que esse é destino comum
Àqueles que aqui passou”.
Isso é um fato na vida:
Morrer é etapa cumprida.
Isaías Gresmés 11/08/2009
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Meu amor pelo Jethro Tull
Meu amor pelo Jethro Tull
Vou ouvir um som legal,
Na minha hora feliz,
No final vou pedir bis:
“Com vocês o Jethro Tull!”
A flauta – me faz sonhar;
Bela voz – me faz sorrir;
Eu queria era assistir
Os velhos deuses atuar.
Escutei ainda menino
“Aqualung”, um som divino,
Foi então que apaixonei
Pelo rock progressivo,
Esse som tão expressivo
Que jamais esquecerei.
Isaías Gresmés 11/07/2008
Vou ouvir um som legal,
Na minha hora feliz,
No final vou pedir bis:
“Com vocês o Jethro Tull!”
A flauta – me faz sonhar;
Bela voz – me faz sorrir;
Eu queria era assistir
Os velhos deuses atuar.
Escutei ainda menino
“Aqualung”, um som divino,
Foi então que apaixonei
Pelo rock progressivo,
Esse som tão expressivo
Que jamais esquecerei.
Isaías Gresmés 11/07/2008
sábado, 8 de agosto de 2009
O urubu
O URUBU
Lá embaixo vejo meu almoço
Já exalando seu odor ruim
Meus amigos fazem alvoroço
Vou descer, senão será meu fim
Vejam só, é um cachorro morto
Estraçalhado por um caminhão
Eu prefiro carniça de porco
Mas, não tendo, vai esta então
Sou urubu, grande carniceiro
Me alimento de coisa estragada
Só não como resto de banheiro
Que os homens deixam na privada
As pessoas não gostam de mim
Dizem que sou bicho nojento
Mas não sou tão pestilento assim
O homem é muito mais fedorento
Pois, tem ele, por banho mania
Para livrar-se do terrível odor
Que acentua-se no fim do dia
Pelo mau cheiro do seu fedor
Urubu é sábio e muito exigente
E escolhe, no olhar, a sua refeição
Ele dispensa a carne de gente
Que carrega, em si, a sua podridão
Na natureza, todo bicho que morreu
Cai por terra para apodrecer
Os restos mortais do que faleceu
É alimento para o urubu crescer
Assim segue a vida se renovando
Cada um carrega a sua sina
O urubu - frondosa ave - segue voando
Em seu enigmático voo de rapina
ISAÍAS GRESMÉS 08/08-2009
Lá embaixo vejo meu almoço
Já exalando seu odor ruim
Meus amigos fazem alvoroço
Vou descer, senão será meu fim
Vejam só, é um cachorro morto
Estraçalhado por um caminhão
Eu prefiro carniça de porco
Mas, não tendo, vai esta então
Sou urubu, grande carniceiro
Me alimento de coisa estragada
Só não como resto de banheiro
Que os homens deixam na privada
As pessoas não gostam de mim
Dizem que sou bicho nojento
Mas não sou tão pestilento assim
O homem é muito mais fedorento
Pois, tem ele, por banho mania
Para livrar-se do terrível odor
Que acentua-se no fim do dia
Pelo mau cheiro do seu fedor
Urubu é sábio e muito exigente
E escolhe, no olhar, a sua refeição
Ele dispensa a carne de gente
Que carrega, em si, a sua podridão
Na natureza, todo bicho que morreu
Cai por terra para apodrecer
Os restos mortais do que faleceu
É alimento para o urubu crescer
Assim segue a vida se renovando
Cada um carrega a sua sina
O urubu - frondosa ave - segue voando
Em seu enigmático voo de rapina
ISAÍAS GRESMÉS 08/08-2009
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Com Jesus...
“COM JESUS EM MEU CAMINHO
COM CERTEZA EU VOU VENCER”
(Mote sugerido pela poetisa Marlene)
Há dias em que minha mente
Amanhece atormentada
Como que acorrentada
A um imenso dormente
O peso dessa corrente
Faz meu corpo amolecer
Mas não vou me esmorecer
Pois sei que não estou sozinho
COM JESUS EM MEU CAMINHO
COM CERTEZA EU VOU VENCER
A rotina acelerada
Da vida, na atualidade
Causa muita ansiedade
E morte precipitada
A reza é recomendada
Para, deste mal, precaver
Morrer sei que vou morrer
(Mas que seja de vagarinho)
COM JESUS EM MEU CAMINHO
COM CERTEZA EU VOU VENCER
Eu nunca vou me entregar
Ao desânimo fatal
Que é precursor do mal
E doido para me matar
Vou sempre perseverar
Andando, vou sempre crer
E jamais vou retroceder
Mesmo eu sendo um cisquinho
COM JESUS EM MEU CAMINHO
COM CERTEZA EU VOU VENCER
Certo dia acordei
Com coração apertado
Meu semblante carregado
Me fez mal e eu chorei
No mar de choro afundei
Sentindo que ia morrer
Mas veio Ele me reerguer
E emergir o meu barquinho
COM JESUS EM MEU CAMINHO
COM CERTEZA EU VOU VENCER
Hoje falo ao sofredor
Para não se entregar
E teus males enfrentar
Com gana de vencedor
Pois Ele nos têm amor
E nos mostra que sofrer
É requisito de viver
Mas não desista amiguinho
COM JESUS EM TEU CAMINHO
COM CERTEZA VAIS VENCER
A vida é complicada
Para quem não vive a fé
E faz como fez Tomé
Que não acreditava em nada
Jesus é minha jornada
Da alvorada ao escurecer
Agora posso entender
Que, mesmo eu sendo um cisquinho
COM JESUS EM MEU CAMINHO
COM CERTEZA EU VOU VENCER
ISAÍAS GRESMÉS 06/08/2009
COM CERTEZA EU VOU VENCER”
(Mote sugerido pela poetisa Marlene)
Há dias em que minha mente
Amanhece atormentada
Como que acorrentada
A um imenso dormente
O peso dessa corrente
Faz meu corpo amolecer
Mas não vou me esmorecer
Pois sei que não estou sozinho
COM JESUS EM MEU CAMINHO
COM CERTEZA EU VOU VENCER
A rotina acelerada
Da vida, na atualidade
Causa muita ansiedade
E morte precipitada
A reza é recomendada
Para, deste mal, precaver
Morrer sei que vou morrer
(Mas que seja de vagarinho)
COM JESUS EM MEU CAMINHO
COM CERTEZA EU VOU VENCER
Eu nunca vou me entregar
Ao desânimo fatal
Que é precursor do mal
E doido para me matar
Vou sempre perseverar
Andando, vou sempre crer
E jamais vou retroceder
Mesmo eu sendo um cisquinho
COM JESUS EM MEU CAMINHO
COM CERTEZA EU VOU VENCER
Certo dia acordei
Com coração apertado
Meu semblante carregado
Me fez mal e eu chorei
No mar de choro afundei
Sentindo que ia morrer
Mas veio Ele me reerguer
E emergir o meu barquinho
COM JESUS EM MEU CAMINHO
COM CERTEZA EU VOU VENCER
Hoje falo ao sofredor
Para não se entregar
E teus males enfrentar
Com gana de vencedor
Pois Ele nos têm amor
E nos mostra que sofrer
É requisito de viver
Mas não desista amiguinho
COM JESUS EM TEU CAMINHO
COM CERTEZA VAIS VENCER
A vida é complicada
Para quem não vive a fé
E faz como fez Tomé
Que não acreditava em nada
Jesus é minha jornada
Da alvorada ao escurecer
Agora posso entender
Que, mesmo eu sendo um cisquinho
COM JESUS EM MEU CAMINHO
COM CERTEZA EU VOU VENCER
ISAÍAS GRESMÉS 06/08/2009
terça-feira, 4 de agosto de 2009
PRECONCEITOS
PRECONCEITOS
Divino pai gracioso
Criador do universo
Peço agora que me guie
Na escrita do meu verso
Vou versar o preconceito
Ser maligno e perverso
Preconceito é um conceito
Concebido erroneamente
E lá, no ventre da alma
Permanece, então, latente
Quando nasce, já fere
Com o seu grito estridente
É irmão do egoísmo
Primo da perversidade
Tem mau sangue da soberba
E prega a desigualdade
Sua mãe e a arrogância
E sua avó é a maldade
É um mal camaleão
Pois assume vários rostos
Mas todos eles têm marcas
Que revelam seus desgostos
Marcas, essas, de ódio
E intolerância aos opostos
O preconceito regional
É terrível opressor
Já vi muito homem barbado
Semeando esse terror
Neonazismo é seu fruto
Seu efeito é o desamor
Essa força aterradora
Não aceita o diferente
Assim o homossexual
É visto como demente
Que precisa ser massacrado
E banido do presente
O preconceito racial
Sempre houve na História
Onde alguns grupos humanos
Foram tidos como escória
E muitos não conseguiram
Contra ele, uma vitória
Aqui em nosso país
O negro era “animal”
Vendido como gado
Ou trocado até por sal
Nas senzalas eram surrados
De maneira bem brutal
Com o fim da escravidão
Não acabou o preconceito
E o preto, então, se via
Desprovido de direito
E continuou sendo taxado
De animal imperfeito
Hoje em dia é diferente
O negro é mais respeitado
Mas o preconceito existe
Permanece enraizado
Ainda têm imbecis
Com as cabeças no passado
II
O irmão lá do sertão
Ao vir para cidade
Sofre com o preconceito
E, assim, sente saudade
Do seu canto no nordeste
Onde só a seca agreste
Causava-lhe infelicidade
Mas na selva de concreto
A coisa é diferente
Alguns tolos, arrogantes
Pensam que há subgente
Assim, o pobre coitado
Do sertão é maltratado
Por infelizes dementes
O homossexual
Sofre diuturnamente
Devido ao preconceito
Que ainda se faz presente
Muitos são desprezados
Alguns foram massacrados
Por amarem diferente
O negro ainda arrasta
As correntes da escravidão
Pois trabalha igual ao branco
Mas recebe menos pão
Ah meu Deus, que bom seria
Se o Brasil da hipocrisia
Sanasse essa aberração
A mulher é caso à parte
A parte desprestigiada
Pois em grandes discussões
Permanecem ignoradas
E, apesar das melhorias
Ainda nossas Marias
Enfrentam duras jornadas
III
Nossos irmãos nordestinos
São tratados indignamente
Preconceito é um conceito
Concebido erroneamente
Mesmo trazendo o cordel
A buchada e o repente
Preconceito é um conceito
Concebido erroneamente
Nossos negros ainda sofrem
Com chacotas frequentes
Preconceito é um conceito
Concebido erroneamente
São a base do nosso povo
Mas o mal ainda sentem
Preconceito é um conceito
Concebido erroneamente
Nossos irmãos dekasseguis
Padecem no Oriente
Preconceito é um conceito
Concebido erroneamente
Agora enfrentam a ira
Na Terra do Sol Nascente
Preconceito é um conceito
Concebido erroneamente
Nossas Marias recebem
Até convites indecentes
Preconceito é um conceito
Concebido erroneamente
Não sejamos pais do monstro
Que se disfarça de gente
Preconceito é um conceito
Concebido erroneamente
IV
O que seria preciso
Para não haver preconceito?
Penso eu que é preciso
Cultivar amor no peito
Pois foi com o amor divino
Que todo homem foi feito
Esse amor é traduzido
Na grande diversidade
Onde cada indivíduo
Com sua singularidade
Contribui com sua parte
Na promoção da igualdade
O diferente é legal
Nos ensina uma lição
A lição da tolerância
Crucial ao bom cristão
Pois assim versou Cristo
“Que todos somos irmãos”
Isaías Gresmés 04/08/2009
Divino pai gracioso
Criador do universo
Peço agora que me guie
Na escrita do meu verso
Vou versar o preconceito
Ser maligno e perverso
Preconceito é um conceito
Concebido erroneamente
E lá, no ventre da alma
Permanece, então, latente
Quando nasce, já fere
Com o seu grito estridente
É irmão do egoísmo
Primo da perversidade
Tem mau sangue da soberba
E prega a desigualdade
Sua mãe e a arrogância
E sua avó é a maldade
É um mal camaleão
Pois assume vários rostos
Mas todos eles têm marcas
Que revelam seus desgostos
Marcas, essas, de ódio
E intolerância aos opostos
O preconceito regional
É terrível opressor
Já vi muito homem barbado
Semeando esse terror
Neonazismo é seu fruto
Seu efeito é o desamor
Essa força aterradora
Não aceita o diferente
Assim o homossexual
É visto como demente
Que precisa ser massacrado
E banido do presente
O preconceito racial
Sempre houve na História
Onde alguns grupos humanos
Foram tidos como escória
E muitos não conseguiram
Contra ele, uma vitória
Aqui em nosso país
O negro era “animal”
Vendido como gado
Ou trocado até por sal
Nas senzalas eram surrados
De maneira bem brutal
Com o fim da escravidão
Não acabou o preconceito
E o preto, então, se via
Desprovido de direito
E continuou sendo taxado
De animal imperfeito
Hoje em dia é diferente
O negro é mais respeitado
Mas o preconceito existe
Permanece enraizado
Ainda têm imbecis
Com as cabeças no passado
II
O irmão lá do sertão
Ao vir para cidade
Sofre com o preconceito
E, assim, sente saudade
Do seu canto no nordeste
Onde só a seca agreste
Causava-lhe infelicidade
Mas na selva de concreto
A coisa é diferente
Alguns tolos, arrogantes
Pensam que há subgente
Assim, o pobre coitado
Do sertão é maltratado
Por infelizes dementes
O homossexual
Sofre diuturnamente
Devido ao preconceito
Que ainda se faz presente
Muitos são desprezados
Alguns foram massacrados
Por amarem diferente
O negro ainda arrasta
As correntes da escravidão
Pois trabalha igual ao branco
Mas recebe menos pão
Ah meu Deus, que bom seria
Se o Brasil da hipocrisia
Sanasse essa aberração
A mulher é caso à parte
A parte desprestigiada
Pois em grandes discussões
Permanecem ignoradas
E, apesar das melhorias
Ainda nossas Marias
Enfrentam duras jornadas
III
Nossos irmãos nordestinos
São tratados indignamente
Preconceito é um conceito
Concebido erroneamente
Mesmo trazendo o cordel
A buchada e o repente
Preconceito é um conceito
Concebido erroneamente
Nossos negros ainda sofrem
Com chacotas frequentes
Preconceito é um conceito
Concebido erroneamente
São a base do nosso povo
Mas o mal ainda sentem
Preconceito é um conceito
Concebido erroneamente
Nossos irmãos dekasseguis
Padecem no Oriente
Preconceito é um conceito
Concebido erroneamente
Agora enfrentam a ira
Na Terra do Sol Nascente
Preconceito é um conceito
Concebido erroneamente
Nossas Marias recebem
Até convites indecentes
Preconceito é um conceito
Concebido erroneamente
Não sejamos pais do monstro
Que se disfarça de gente
Preconceito é um conceito
Concebido erroneamente
IV
O que seria preciso
Para não haver preconceito?
Penso eu que é preciso
Cultivar amor no peito
Pois foi com o amor divino
Que todo homem foi feito
Esse amor é traduzido
Na grande diversidade
Onde cada indivíduo
Com sua singularidade
Contribui com sua parte
Na promoção da igualdade
O diferente é legal
Nos ensina uma lição
A lição da tolerância
Crucial ao bom cristão
Pois assim versou Cristo
“Que todos somos irmãos”
Isaías Gresmés 04/08/2009
segunda-feira, 27 de julho de 2009
CRACK (CORDEL)
CRACK
Caro amigo leitor
Esse assunto aqui exposto
Pode causar-lhe espanto
E modificar seu rosto
Mas falar dele é preciso
E aqui o deixo posto
O assunto é o crack
Uma droga infernal
Que, sob a forma de pedra
Sintetiza todo o mal
Quem o fuma se fuma
E some em seu fumaçal
É uma droga derivada
Da terrível cocaína
Misturada a porcarias
Torna-se mais assassina
Pois mata seus usuários
De forma bem repentina
Ao tragá-la, o indivíduo
Joga o seu mal na mente
Os seus olhos se dilatam
E euforia ele sente
O infeliz, já morto-vivo
Se sente bem mais potente
Mas a tal da alegria
Bem logo desaparece
Sua mente pede mais
Seu corpo se estremece
O coração acelera
E a depressão se estabelece
Vendedor de crack é
Geralmente usuário
E pra sustentar o vício
Aceita a “pedra” por salário
O seu chefe é um câncer
Um maldito salafrário
Nessa triste profissão
Prevalece a crueldade
Pois o indivíduo novo
Deixa a vida na metade
No seu lugar entra outro
Até em menor idade
E assim, outro infeliz
Dá dinheiro ao traficante
Um sujeito perigoso
Que possui mente brilhante
Mas trabalha só pro mal
A toda hora e todo instante
O relato que se segue
É o retrato dos drogados
Que, não tendo onde ficar
Permanecem amontoados
Em um terreno baldio
Totalmente desprezados
II
Num terreno abandonado
Em meio às ratazanas
Ali “vivem” almas profanas
Herdando triste legado
Mortos-vivos sem passado
Que, não tendo onde morar
Põem-se a perambular
Em triste e funérea dança
E já não tendo esperanças
Esperam a morte chegar
É o caso de Ermitão
Que já fora bom rapaz
Mas agora não é mais
Transformou-se em ladrão
Mais um soldado do cão
Que já fez até matar
E para o vício sustentar
Não poupa nem as velhinhas
Roubando as coitadinhas
Espera a morte chegar
Bagaceira é seu parceiro
Em nefasta empreitada
Já foi homem boa praça
Hoje é mau e traiçoeiro
Que “vive” a roubar dinheiro
Para o crack comprar
Na ânsia de abrandar
Seu destino equivocado
Agora, já condenado
Espera a morte chegar
Também “vive” lá Filó
Que já fora tão charmosa
Hoje anda mal-cheirosa
Com aspecto de dar dó
Só pensa em pedra e pó
Há muito esquecera o lar
A AIDS quer lhe matar
Mas o Cancro quer também
E, não tendo mais ninguém
Espera a morte chegar
Lá também apareceu
Um rapaz muito elegante
Inteligente e falante
Mas, bem logo, se perdeu
Sua aura enegreceu
E ele pôs-se a roubar
Primeiro seu próprio lar
Depois, até carro-forte
Ali encontrou com a morte
Naquele triste lugar
Mas, por lá permaneceu
E, naquele mesmo local
Continuou fazendo mal
Mesmo depois que morreu
Ao mal, sua alma deu
Para, assim, vampirizar
Os moribundos do lugar
Com sua má influência
E jamais dava clemência
A quem ousasse ali pisar
Zeloco – outrora feliz
Agora – muito cruel
Virou rei do beléu
Aquele mundo infeliz
Onde o mal fincou raiz
Para as vidas sufocar
E com isso arrasar
O peito de mãe e pai
Que vê que o filho vai
Com a morte se encontrar
III
O crack é realidade
E se encontra entre nós
Portanto fique atento
Com este terrível algoz
Ou os seus assistidos
Podem ter destino atroz
É nosso dever maior
Zelar pelo nosso lar
Portanto a educação
Jamais poderá faltar
E sobre o terrível crack
Devemos, então, falar
Mas deixo aqui bem claro
Que o álcool, que é legal
É, sem dúvida nenhuma
Precursor de todo mal
Jamais o menospreze
Respeitá-lo é crucial
Não existe droga boa
Sendo lícita ou não
São venenos de maldade
Em conluio com o cão
Cuidado, muito cuidado
Não caia nessa irmão
Meu intuito está cumprido
Com o meu trabalho exposto
A leitura foi pesada
Enrugou até seu rosto
Mas amigo, foi preciso
Por isso aqui deixei posto
FIM – Isaías Gresmés 25/07/2009
Caro amigo leitor
Esse assunto aqui exposto
Pode causar-lhe espanto
E modificar seu rosto
Mas falar dele é preciso
E aqui o deixo posto
O assunto é o crack
Uma droga infernal
Que, sob a forma de pedra
Sintetiza todo o mal
Quem o fuma se fuma
E some em seu fumaçal
É uma droga derivada
Da terrível cocaína
Misturada a porcarias
Torna-se mais assassina
Pois mata seus usuários
De forma bem repentina
Ao tragá-la, o indivíduo
Joga o seu mal na mente
Os seus olhos se dilatam
E euforia ele sente
O infeliz, já morto-vivo
Se sente bem mais potente
Mas a tal da alegria
Bem logo desaparece
Sua mente pede mais
Seu corpo se estremece
O coração acelera
E a depressão se estabelece
Vendedor de crack é
Geralmente usuário
E pra sustentar o vício
Aceita a “pedra” por salário
O seu chefe é um câncer
Um maldito salafrário
Nessa triste profissão
Prevalece a crueldade
Pois o indivíduo novo
Deixa a vida na metade
No seu lugar entra outro
Até em menor idade
E assim, outro infeliz
Dá dinheiro ao traficante
Um sujeito perigoso
Que possui mente brilhante
Mas trabalha só pro mal
A toda hora e todo instante
O relato que se segue
É o retrato dos drogados
Que, não tendo onde ficar
Permanecem amontoados
Em um terreno baldio
Totalmente desprezados
II
Num terreno abandonado
Em meio às ratazanas
Ali “vivem” almas profanas
Herdando triste legado
Mortos-vivos sem passado
Que, não tendo onde morar
Põem-se a perambular
Em triste e funérea dança
E já não tendo esperanças
Esperam a morte chegar
É o caso de Ermitão
Que já fora bom rapaz
Mas agora não é mais
Transformou-se em ladrão
Mais um soldado do cão
Que já fez até matar
E para o vício sustentar
Não poupa nem as velhinhas
Roubando as coitadinhas
Espera a morte chegar
Bagaceira é seu parceiro
Em nefasta empreitada
Já foi homem boa praça
Hoje é mau e traiçoeiro
Que “vive” a roubar dinheiro
Para o crack comprar
Na ânsia de abrandar
Seu destino equivocado
Agora, já condenado
Espera a morte chegar
Também “vive” lá Filó
Que já fora tão charmosa
Hoje anda mal-cheirosa
Com aspecto de dar dó
Só pensa em pedra e pó
Há muito esquecera o lar
A AIDS quer lhe matar
Mas o Cancro quer também
E, não tendo mais ninguém
Espera a morte chegar
Lá também apareceu
Um rapaz muito elegante
Inteligente e falante
Mas, bem logo, se perdeu
Sua aura enegreceu
E ele pôs-se a roubar
Primeiro seu próprio lar
Depois, até carro-forte
Ali encontrou com a morte
Naquele triste lugar
Mas, por lá permaneceu
E, naquele mesmo local
Continuou fazendo mal
Mesmo depois que morreu
Ao mal, sua alma deu
Para, assim, vampirizar
Os moribundos do lugar
Com sua má influência
E jamais dava clemência
A quem ousasse ali pisar
Zeloco – outrora feliz
Agora – muito cruel
Virou rei do beléu
Aquele mundo infeliz
Onde o mal fincou raiz
Para as vidas sufocar
E com isso arrasar
O peito de mãe e pai
Que vê que o filho vai
Com a morte se encontrar
III
O crack é realidade
E se encontra entre nós
Portanto fique atento
Com este terrível algoz
Ou os seus assistidos
Podem ter destino atroz
É nosso dever maior
Zelar pelo nosso lar
Portanto a educação
Jamais poderá faltar
E sobre o terrível crack
Devemos, então, falar
Mas deixo aqui bem claro
Que o álcool, que é legal
É, sem dúvida nenhuma
Precursor de todo mal
Jamais o menospreze
Respeitá-lo é crucial
Não existe droga boa
Sendo lícita ou não
São venenos de maldade
Em conluio com o cão
Cuidado, muito cuidado
Não caia nessa irmão
Meu intuito está cumprido
Com o meu trabalho exposto
A leitura foi pesada
Enrugou até seu rosto
Mas amigo, foi preciso
Por isso aqui deixei posto
FIM – Isaías Gresmés 25/07/2009
quarta-feira, 22 de julho de 2009
CRACK
CRACK
Num terreno baldio, esquecido até pelo proprietário, concentra-se entre os montes de lixos de toda natureza, uma parcela, apenas mais uma parcela da sociedade. A parcela dos esquecidos, dos mortos-vivos, dos viciados em crack e outras drogas.
Em um ambiente horrível
Empesteado de sujeira
“Vivem” vários infelizes
Em meio às varejeiras
Muito mais mortos que vivos
Menos carne, mais caveiras
Ermitão é um deles. Negão, cabelos rastafári, ensebado pelo limo de vários anos sem ver limpeza; magro, verdadeira caveira ambulante. Não se sabe se em suas veias ainda corre sangue ou se apenas as malditas drogas. Chegou ao terreno à questão de um ano. Além dele, contam-se uns dez infelizes por lá.
Ermitão combina com Bagaceira uma ação:
É o seguinte Bagaceira
Vamos sair pra roubar
Pois eu já estou a fim
De uma pedra fumar
Já estou todo tremendo
Tenho medo de apagar
Bagaceira
É nóis Ermitão
Eu também estou a perigo
Vamos nessa sangue bom
E os dois saem para caçada de alguma vítima. Eles sabem que não pode ser qualquer um. Eles não têm força o suficiente para dominar um homem forte, por isso a vítima tem que ser, preferencialmente, uma mulher; uma velha seria o ideal.
Os dois são seguidos de perto por várias criaturas as quais eles não podem ver. Estas criaturas têm como líder alguém que atende pelo apelido de Zeloco. É ele quem sugere ao Ermitão que ataque uma senhora que passa pela calçada. Ermitão diz em pensamento “É essa!”
Ermitão
Olha a véia aí cumpadi
Se liga Bagaceira
Dá um capote na véia
E vê se não marca bobeira
Arranca a bolsa dela logo
Pra tirar a sua carteira
Bagaceira
Passa a bolsa tia
E não grita não
Senão te mato, sua vadia
Roubo executado, os dois correm para o terreno baldio. São seguidos de perto por Zeloco e sua turma. Ambos não percebem, evidentemente. Em um canto do terreno, ao lado de uma enorme pedra, “trabalha” Veneno. Veneno já está no posto a mais de um ano. Sujeito alto, forte e muito cruel. Desde quando viu a mãe morrer de overdose de crack, prometera a si próprio que jamais voltaria a usar “essa porra!”, como sempre pensava.
Ermitão
E aí, irmão Veneno
Conseguimos um celular
Em troca dele queremos
Uma pedra pra fumar
Pode ser, ó meu cumpadi
Com isso dá prá pagar?
Veneno
Não quero porra de celular
Aqui só dinheiro, vacilão
Mas, prá não dizer que sou ruim
Vou abrir uma exceção
Mas amanhã, nesta mesma hora
Quero dinheiro na minha mão
Bagaceira
Valeu Veneno sangue bom
É nóis mano
Amanha nóis paga irmão
Ermitão sentiu um calafrio percorrer-lhe a espinha, mas a “fissura” de fumar a pedra falou mais alto. Do seu lado, Zeloco e os demais já estavam com os olhos esbugalhados de ansiedade.
Pedras na mão... cachimbo de antena de carro e garrafa pet... Ambos viajam para o paraíso... mas, decorridos alguns segundos, eles retornam ao inferno, ou pior, para o terreno baldio. Zeloco e os demais, ainda extasiados pelo efeito alucinógeno da droga, encostam num barranco.
Zeloco sabe que aqueles dois infelizes não aguentarão por muito mais tempo aquela rotina de consumo cavalar dos entorpecentes. Sendo assim, ele já está concentrando todos os seus esforços em persuadir Veneno, pois ele é novo e cheio de saúde; “Aguenta algum tempo antes de morrer...”, arquitetava em pensamento.
PARTE II
Outro dia, outro assalto. Ermitão e Bagaceira aborda dessa vez um jovem estudante. O menino acabara de sair da escola particular e se dirigia para o carro do pai, um policial da Rota que, naquele dia estava de folga, por isso aproveitou para levar e buscar o filho na escola. Levou um grande susto quando viu aqueles dois sujeitos imundos tentando tomar a bolsa com o notebook do seu filho. Sacou sua Magnum 44 e saiu correndo em direção aos três.
Policial:
“Os dois! deitem no chão!”
“Vai para o carro meu filho; toma, pegue meu celular e liga lá pro quartel!”
Assim que o menino chegou ao carro, fez o que o pai havia lhe pedido. Logo depois ouviu seis tiros seguidos. Quis voltar, mas foi contido pelo pai que chegou correndo ao carro.
Policial:
“Os desgraçados reagiram...”
Parte III
Zeloco
Vocês morreram e não foram para o céu
Aqui é o que se chama de beleléu
E aqui, quem manda, sou eu, Zeloco
E aqui todos sabem que louco para mim é pouco
Sou coisa ruim, emissário do capeta
Não vacilem comigo não, por que senão é treta, muita treta...
Ermitão e Bagaceira foram “convencidos” a fazer parte do bando do Zeloco.
Parte IV
Todos eles seguiram em direção à pedra onde descansava Veneno. Logo Veneno se viu envolvido por pensamentos estranhos. Sentia uma angústia muito grande. De repente era como se sua mãe estivesse ali, ao seu lado, oferecendo-lhe uma pedra. “Não!” Berrou ele, mas agora era verdade, ela estava ali, bem ao seu lado, fumando uma pedra. Ele podia ver as suas veias dilatadas e seus olhos esbugalhados num vermelho sangue a fitá-lo com ódio. Sua cabeça começou a girar e ele foi saindo de si. De repente ele percebe que não está ali somente com a sua mãe, mas sim rodeado por uma multidão de infelizes, dentre os quais, Ermitão e Bagaceira. “Mas vocês não estão mortos, seus infelizes?!”
Saiu gritando, pulou o muro e não percebeu o enorme caminhão que vinha em alta velocidade. Seu corpo foi arremessado contra o muro. Ao lado, caído, estava um cachimbo improvisado com o qual ele havia consumido algumas pedras de crack.
Mais um para o bando do Zeloco.
Fim – Isaías Gresmés
Num terreno baldio, esquecido até pelo proprietário, concentra-se entre os montes de lixos de toda natureza, uma parcela, apenas mais uma parcela da sociedade. A parcela dos esquecidos, dos mortos-vivos, dos viciados em crack e outras drogas.
Em um ambiente horrível
Empesteado de sujeira
“Vivem” vários infelizes
Em meio às varejeiras
Muito mais mortos que vivos
Menos carne, mais caveiras
Ermitão é um deles. Negão, cabelos rastafári, ensebado pelo limo de vários anos sem ver limpeza; magro, verdadeira caveira ambulante. Não se sabe se em suas veias ainda corre sangue ou se apenas as malditas drogas. Chegou ao terreno à questão de um ano. Além dele, contam-se uns dez infelizes por lá.
Ermitão combina com Bagaceira uma ação:
É o seguinte Bagaceira
Vamos sair pra roubar
Pois eu já estou a fim
De uma pedra fumar
Já estou todo tremendo
Tenho medo de apagar
Bagaceira
É nóis Ermitão
Eu também estou a perigo
Vamos nessa sangue bom
E os dois saem para caçada de alguma vítima. Eles sabem que não pode ser qualquer um. Eles não têm força o suficiente para dominar um homem forte, por isso a vítima tem que ser, preferencialmente, uma mulher; uma velha seria o ideal.
Os dois são seguidos de perto por várias criaturas as quais eles não podem ver. Estas criaturas têm como líder alguém que atende pelo apelido de Zeloco. É ele quem sugere ao Ermitão que ataque uma senhora que passa pela calçada. Ermitão diz em pensamento “É essa!”
Ermitão
Olha a véia aí cumpadi
Se liga Bagaceira
Dá um capote na véia
E vê se não marca bobeira
Arranca a bolsa dela logo
Pra tirar a sua carteira
Bagaceira
Passa a bolsa tia
E não grita não
Senão te mato, sua vadia
Roubo executado, os dois correm para o terreno baldio. São seguidos de perto por Zeloco e sua turma. Ambos não percebem, evidentemente. Em um canto do terreno, ao lado de uma enorme pedra, “trabalha” Veneno. Veneno já está no posto a mais de um ano. Sujeito alto, forte e muito cruel. Desde quando viu a mãe morrer de overdose de crack, prometera a si próprio que jamais voltaria a usar “essa porra!”, como sempre pensava.
Ermitão
E aí, irmão Veneno
Conseguimos um celular
Em troca dele queremos
Uma pedra pra fumar
Pode ser, ó meu cumpadi
Com isso dá prá pagar?
Veneno
Não quero porra de celular
Aqui só dinheiro, vacilão
Mas, prá não dizer que sou ruim
Vou abrir uma exceção
Mas amanhã, nesta mesma hora
Quero dinheiro na minha mão
Bagaceira
Valeu Veneno sangue bom
É nóis mano
Amanha nóis paga irmão
Ermitão sentiu um calafrio percorrer-lhe a espinha, mas a “fissura” de fumar a pedra falou mais alto. Do seu lado, Zeloco e os demais já estavam com os olhos esbugalhados de ansiedade.
Pedras na mão... cachimbo de antena de carro e garrafa pet... Ambos viajam para o paraíso... mas, decorridos alguns segundos, eles retornam ao inferno, ou pior, para o terreno baldio. Zeloco e os demais, ainda extasiados pelo efeito alucinógeno da droga, encostam num barranco.
Zeloco sabe que aqueles dois infelizes não aguentarão por muito mais tempo aquela rotina de consumo cavalar dos entorpecentes. Sendo assim, ele já está concentrando todos os seus esforços em persuadir Veneno, pois ele é novo e cheio de saúde; “Aguenta algum tempo antes de morrer...”, arquitetava em pensamento.
PARTE II
Outro dia, outro assalto. Ermitão e Bagaceira aborda dessa vez um jovem estudante. O menino acabara de sair da escola particular e se dirigia para o carro do pai, um policial da Rota que, naquele dia estava de folga, por isso aproveitou para levar e buscar o filho na escola. Levou um grande susto quando viu aqueles dois sujeitos imundos tentando tomar a bolsa com o notebook do seu filho. Sacou sua Magnum 44 e saiu correndo em direção aos três.
Policial:
“Os dois! deitem no chão!”
“Vai para o carro meu filho; toma, pegue meu celular e liga lá pro quartel!”
Assim que o menino chegou ao carro, fez o que o pai havia lhe pedido. Logo depois ouviu seis tiros seguidos. Quis voltar, mas foi contido pelo pai que chegou correndo ao carro.
Policial:
“Os desgraçados reagiram...”
Parte III
Zeloco
Vocês morreram e não foram para o céu
Aqui é o que se chama de beleléu
E aqui, quem manda, sou eu, Zeloco
E aqui todos sabem que louco para mim é pouco
Sou coisa ruim, emissário do capeta
Não vacilem comigo não, por que senão é treta, muita treta...
Ermitão e Bagaceira foram “convencidos” a fazer parte do bando do Zeloco.
Parte IV
Todos eles seguiram em direção à pedra onde descansava Veneno. Logo Veneno se viu envolvido por pensamentos estranhos. Sentia uma angústia muito grande. De repente era como se sua mãe estivesse ali, ao seu lado, oferecendo-lhe uma pedra. “Não!” Berrou ele, mas agora era verdade, ela estava ali, bem ao seu lado, fumando uma pedra. Ele podia ver as suas veias dilatadas e seus olhos esbugalhados num vermelho sangue a fitá-lo com ódio. Sua cabeça começou a girar e ele foi saindo de si. De repente ele percebe que não está ali somente com a sua mãe, mas sim rodeado por uma multidão de infelizes, dentre os quais, Ermitão e Bagaceira. “Mas vocês não estão mortos, seus infelizes?!”
Saiu gritando, pulou o muro e não percebeu o enorme caminhão que vinha em alta velocidade. Seu corpo foi arremessado contra o muro. Ao lado, caído, estava um cachimbo improvisado com o qual ele havia consumido algumas pedras de crack.
Mais um para o bando do Zeloco.
Fim – Isaías Gresmés
sábado, 18 de julho de 2009
Nem sempre brotam flores
NEM SEMPRE BROTAM FLORES...
Nem sempre brotam flores
No solo da minha alma;
Às vezes, por falha minha,
Nascem ervas daninhas,
Que me causam dores.
Nem sempre brotam flores
Das minhas ações;
Às vezes não acerto a mão
E elas causam, então,
Rusgas várias e dissabores.
Nem sempre brotam flores
No substrato dos meus versos.
Desta forma saem magoados,
Com semblantes carregados,
Impregnados de rancores.
Nem sempre brotam flores...
Mas quando elas brotam em mim,
Eu desvendo o universo
Com a singeleza dos meus versos
E sintetizo, neles, meus amores!
Isaías Gresmés 18/07/2009
Nem sempre brotam flores
No solo da minha alma;
Às vezes, por falha minha,
Nascem ervas daninhas,
Que me causam dores.
Nem sempre brotam flores
Das minhas ações;
Às vezes não acerto a mão
E elas causam, então,
Rusgas várias e dissabores.
Nem sempre brotam flores
No substrato dos meus versos.
Desta forma saem magoados,
Com semblantes carregados,
Impregnados de rancores.
Nem sempre brotam flores...
Mas quando elas brotam em mim,
Eu desvendo o universo
Com a singeleza dos meus versos
E sintetizo, neles, meus amores!
Isaías Gresmés 18/07/2009
quarta-feira, 15 de julho de 2009
FALSIDADE
FALSIDADE
Existe um monstro muito perigoso,
Que nos ilude com sua “amizade”,
Para, depois, em gesto horroroso,
Mostrar a sua face de verdade.
O seu perfil é muito variado,
Pois tem intuito só de enganar.
Às vezes passa por simples coitado,
Pouco importando se vai magoar...
Vi famílias serem vitimadas,
Por essas criaturas mal amadas,
Que só cultivam a iniquidade.
E, por lerdeza ou até inocência,
Sofreram com terríveis conseqüências,
Da força vil, chamada falsidade.
Isaías Gresmés 15/07/2009
Existe um monstro muito perigoso,
Que nos ilude com sua “amizade”,
Para, depois, em gesto horroroso,
Mostrar a sua face de verdade.
O seu perfil é muito variado,
Pois tem intuito só de enganar.
Às vezes passa por simples coitado,
Pouco importando se vai magoar...
Vi famílias serem vitimadas,
Por essas criaturas mal amadas,
Que só cultivam a iniquidade.
E, por lerdeza ou até inocência,
Sofreram com terríveis conseqüências,
Da força vil, chamada falsidade.
Isaías Gresmés 15/07/2009
sábado, 11 de julho de 2009
Só damos ao próximo o que abunda em nosso coração
O que damos veio da alma,
Seja bom ou seja ruim;
Seja um não ou seja um sim;
Seja bronca ou voz que acalma.
A intenção veio da essência...
E a fonte é espiritual.
Seu poder é colossal;
É desafio a qualquer ciência.
Tem nome de caridade,
Quando se iguala ao bem
Na sua totalidade.
Ou pode ser o oposto,
Quando damos a alguém
Parte do nosso desgosto.
Isaías Gresmés 11/07/2009
Seja bom ou seja ruim;
Seja um não ou seja um sim;
Seja bronca ou voz que acalma.
A intenção veio da essência...
E a fonte é espiritual.
Seu poder é colossal;
É desafio a qualquer ciência.
Tem nome de caridade,
Quando se iguala ao bem
Na sua totalidade.
Ou pode ser o oposto,
Quando damos a alguém
Parte do nosso desgosto.
Isaías Gresmés 11/07/2009
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Um breve intervalo de tempo
UM BREVE INTERVALO DE TEMPO
Alguns minutos apenas
Para levar dois corpos
Às sensações extremas
Apenas um breve instante
Para saciar a fome
De amor de dois amantes
Está lá um homem estendido na cama
E bem ao seu lado, adormece uma dama
Isaías Gresmés 10/07/2009
Alguns minutos apenas
Para levar dois corpos
Às sensações extremas
Apenas um breve instante
Para saciar a fome
De amor de dois amantes
Está lá um homem estendido na cama
E bem ao seu lado, adormece uma dama
Isaías Gresmés 10/07/2009
quinta-feira, 9 de julho de 2009
Linda...
Linda flor, linda mulher
Oh linda flor, linda mulher
Meu amor em forma de perfeição
És de Deus, a mais linda obra
Em meu peito o amor transborda
Por ti, minha deusa
Se hoje a alegria em minh’alma fez morada
É porque ao meu lado tu vives
Linda flor, linda mulher
De olhos de diamantes
Teu brilho é eterno
Meu amor por ti também é
Se hoje vivo feliz
É por ti, linda flor, linda mulher
Isaías Gresmés 09/07/2009
Oh linda flor, linda mulher
Meu amor em forma de perfeição
És de Deus, a mais linda obra
Em meu peito o amor transborda
Por ti, minha deusa
Se hoje a alegria em minh’alma fez morada
É porque ao meu lado tu vives
Linda flor, linda mulher
De olhos de diamantes
Teu brilho é eterno
Meu amor por ti também é
Se hoje vivo feliz
É por ti, linda flor, linda mulher
Isaías Gresmés 09/07/2009
domingo, 5 de julho de 2009
O BEM
O bem
O bem é o lado humano dos humanos.
Faz-se mostrar através da boa ação.
Somente ele nos torna soberanos,
Porque é Deus a brotar no coração.
O bem não precisa ser mensurado
Para se chegar ao devido efeito...
Se amoroso, não se faz anunciado,
Pois nasce do lado esquerdo do peito.
Ele pode eclodir de um riso amigo
Ou até num corpo bondoso e fraterno,
Que entre seus braços oferece abrigo...
Não há limites para esta virtude.
Quem o pratica fica bem mais terno...
A exigência? Apenas atitude!
Isaías Gresmés 05/07/2009
O bem é o lado humano dos humanos.
Faz-se mostrar através da boa ação.
Somente ele nos torna soberanos,
Porque é Deus a brotar no coração.
O bem não precisa ser mensurado
Para se chegar ao devido efeito...
Se amoroso, não se faz anunciado,
Pois nasce do lado esquerdo do peito.
Ele pode eclodir de um riso amigo
Ou até num corpo bondoso e fraterno,
Que entre seus braços oferece abrigo...
Não há limites para esta virtude.
Quem o pratica fica bem mais terno...
A exigência? Apenas atitude!
Isaías Gresmés 05/07/2009
sexta-feira, 3 de julho de 2009
O mal...
O que existe de mais cruel no mundo
Não se mostra de forma escancarada.
A face dele é sempre disfarçada,
Para não mostrar o mal d’onde é oriundo.
O mal se disfarça em forma de bem,
Com intuito somente de enganar.
Às vezes é flor que perfuma o ar;
Em outras é anjo que até diz Amém!
A sua intenção é a pior possível:
É mostrar o seu lado mais terrível,
Conhecido também como maldade;
Traço nefasto entre os seres humanos...
Que mostra-se já nos primeiros anos...
Sendo um entrave para humanidade.
Isaías Gresmés 03/07/2009
terça-feira, 23 de junho de 2009
MEUS VERSOS SÃO NEGROS
Os meus versos são negros
Negros como a asa da graúna
Assim como a linda ave, também cantam pelo mundo
São escuros igual a minha pele
Mas carregam a alvura quando fala de amor
E o breu quando berra a cólera
Meus versos carregam na genética
A garra da mãe África
Sim! mãe África! mãe da humanidade
Da humanidade multicor
ISAÍAS RODRIGUES DE OLIVEIRA
Negros como a asa da graúna
Assim como a linda ave, também cantam pelo mundo
São escuros igual a minha pele
Mas carregam a alvura quando fala de amor
E o breu quando berra a cólera
Meus versos carregam na genética
A garra da mãe África
Sim! mãe África! mãe da humanidade
Da humanidade multicor
ISAÍAS RODRIGUES DE OLIVEIRA
domingo, 21 de junho de 2009
O DESPERTAR DE UM SONHO
Linda garota dos olhos de mar
De tez morena
E cabelos de argila
Seus lábios são duas lascas gostosas
Da mais suculenta e doce maçã
Você perambula em meus pensamentos
Desde aquele dia em que eu te vi
Você, linda flor, corria entre as árvores
Com ar de criança a brincar no jardim
Ao se perceber sendo por mim observada
Lançou-me um raio bem no coração
Esqueci do tempo
De mim e de tudo
Sentei-me num banco e... nunca mais te esqueci
Despertei com pingos molhando minha face
E as trovoadas me trouxeram à vida...
Desde então toda tarde eu volto ao parque
Cochilo no banco e espero minha deusa dos olhos de mar, morena na pele
Cabelos de argila e lábios de maçã
ISAÍAS RODRIGUES DE OLIVEIRA 21/06/2009
Linda garota dos olhos de mar
De tez morena
E cabelos de argila
Seus lábios são duas lascas gostosas
Da mais suculenta e doce maçã
Você perambula em meus pensamentos
Desde aquele dia em que eu te vi
Você, linda flor, corria entre as árvores
Com ar de criança a brincar no jardim
Ao se perceber sendo por mim observada
Lançou-me um raio bem no coração
Esqueci do tempo
De mim e de tudo
Sentei-me num banco e... nunca mais te esqueci
Despertei com pingos molhando minha face
E as trovoadas me trouxeram à vida...
Desde então toda tarde eu volto ao parque
Cochilo no banco e espero minha deusa dos olhos de mar, morena na pele
Cabelos de argila e lábios de maçã
ISAÍAS RODRIGUES DE OLIVEIRA 21/06/2009
sábado, 20 de junho de 2009
NOS VERSOS SOU "PASSARINHO", OS OUTROS "SÃO PASSARÃO"
Nos versos “sou passarinho”, os outros são “passarão”.
Eu sei contar versos sim!
Isso intelectualidade?
Eu penso que é castidade
Querendo se impor... enfim,
Isso não importa pra mim.
Os meus versos, livres são:
Engole até tubarão
Que cruzar o meu caminho.
Nos versos “sou passarinho”,
Os outros “são passarão”.
A soberba é tempestade
Que pensa ser chuva fresca.
É criatura ranhesca,
Incrustada de maldade...
Só espalha iniquidade,
Egoísmo e desunião.
Não entro nessa mais não!
Prefiro meu doce ninho:
Nos versos “sou passarinho”,
Os outros são “passarão”.
Já vi gente que pensava
Que o saber era medido.
E buscou algum sentido
Naquilo que mensurava.
Mas quanto mais procurava,
Só encontrava escuridão...
Jogou a trena fora então
E seguiu o seu caminho.
Nos versos “sou passarinho”,
Os outros são “passarão”.
Alguns poemas eu já li
Que não tinham conteúdo...
Eram sós... vazios de tudo;
Eu li-os e nada senti!
O que estava expresso ali?
Talvez só formatação...
Somente a casca do pão.
Prefiro o meu versinho:
Nos versos “sou passarinho”,
Os outros são “passarão”.
Num outro dia li um soneto
Decassílabo heróico!
De conteúdo paranóico:
“Medusa” sem o cateto!
Fantasma sem o Capeto...
Oh céus! Mas que aberração!
Isso é muita erudição,
Deixa eu no meu cantinho!
Nos versos “sou passarinho”,
Os outros são “passarão”.
Os meus versos são espontâneos.
(Do solo da minha cuca)
Nasce lá atrás da nuca,
Nos alqueires subterrâneos,
Das sinapses dos neurônios,
Deste autêntico negão.
Que sempre foi um cristão
Desde que pequenininho:
Nos versos “sou passarinho”,
Os outros são “passarão”.
Sigo assim a minha trilha,
Navegando por oceanos,
Vendo passarem os anos,
Rumando para minha ilha;
Meu canto de maravilha,
Onde meus versos, livres são!
E ninguém me mede não!
Pois lá sou um filhotinho,
Filhote de passarinho
Que sonha ser passarão.
Isaías Gresmés 20/06/2009
Eu sei contar versos sim!
Isso intelectualidade?
Eu penso que é castidade
Querendo se impor... enfim,
Isso não importa pra mim.
Os meus versos, livres são:
Engole até tubarão
Que cruzar o meu caminho.
Nos versos “sou passarinho”,
Os outros “são passarão”.
A soberba é tempestade
Que pensa ser chuva fresca.
É criatura ranhesca,
Incrustada de maldade...
Só espalha iniquidade,
Egoísmo e desunião.
Não entro nessa mais não!
Prefiro meu doce ninho:
Nos versos “sou passarinho”,
Os outros são “passarão”.
Já vi gente que pensava
Que o saber era medido.
E buscou algum sentido
Naquilo que mensurava.
Mas quanto mais procurava,
Só encontrava escuridão...
Jogou a trena fora então
E seguiu o seu caminho.
Nos versos “sou passarinho”,
Os outros são “passarão”.
Alguns poemas eu já li
Que não tinham conteúdo...
Eram sós... vazios de tudo;
Eu li-os e nada senti!
O que estava expresso ali?
Talvez só formatação...
Somente a casca do pão.
Prefiro o meu versinho:
Nos versos “sou passarinho”,
Os outros são “passarão”.
Num outro dia li um soneto
Decassílabo heróico!
De conteúdo paranóico:
“Medusa” sem o cateto!
Fantasma sem o Capeto...
Oh céus! Mas que aberração!
Isso é muita erudição,
Deixa eu no meu cantinho!
Nos versos “sou passarinho”,
Os outros são “passarão”.
Os meus versos são espontâneos.
(Do solo da minha cuca)
Nasce lá atrás da nuca,
Nos alqueires subterrâneos,
Das sinapses dos neurônios,
Deste autêntico negão.
Que sempre foi um cristão
Desde que pequenininho:
Nos versos “sou passarinho”,
Os outros são “passarão”.
Sigo assim a minha trilha,
Navegando por oceanos,
Vendo passarem os anos,
Rumando para minha ilha;
Meu canto de maravilha,
Onde meus versos, livres são!
E ninguém me mede não!
Pois lá sou um filhotinho,
Filhote de passarinho
Que sonha ser passarão.
Isaías Gresmés 20/06/2009
sábado, 13 de junho de 2009
Soneto à nona sinfonia
SONETO À NONA SINFONIA
Óh linda ninfa, mis das sinfonias,
Tu representas o amor musical
Do gênio, o mestre, que em suas agonias
Concebeu-te, suave, alva, angelical.
A surdez não foi nenhum empecilho
Capaz de impedir o teu nascimento:
À raça humana marca um momento
Em que sua estrela obteve mais brilho.
Salve Beethoven, bom filho divino:
Que soube driblar o seu vil destino,
Nos deixando o ouro da tua criação...
Obra prima, de Deus, a nona parte;
Princesa herdeira da música arte,
Que na Terra é a própria perfeição.
Isaías Gresmés 13/06/2009
Óh linda ninfa, mis das sinfonias,
Tu representas o amor musical
Do gênio, o mestre, que em suas agonias
Concebeu-te, suave, alva, angelical.
A surdez não foi nenhum empecilho
Capaz de impedir o teu nascimento:
À raça humana marca um momento
Em que sua estrela obteve mais brilho.
Salve Beethoven, bom filho divino:
Que soube driblar o seu vil destino,
Nos deixando o ouro da tua criação...
Obra prima, de Deus, a nona parte;
Princesa herdeira da música arte,
Que na Terra é a própria perfeição.
Isaías Gresmés 13/06/2009
segunda-feira, 8 de junho de 2009
SOLIDÃO NUNCA MAIS!
SOLIDÃO NUNCA MAIS
Já faz tempo que a alegria
Em meu peito fez morada.
E com essa, abençoada,
Canto e rio todo dia.
Levo uma vida sadia,
Como os lindos pardais.
A alegria, em mim jazz...
Hoje vivo a cantar,
Por isso posso gritar:
Solidão nunca mais!
Houve tempos em que fiquei
A perambular sozinho,
Sem ter quem me desse ninho
E triste, muito chorei.
Dos males que enfrentei,
Muitos eram infernais,
Mas não fraquejei jamais,
Sai de cabeça erguida:
Hoje tenho minha querida
E solidão nunca mais!
Eu não tinha um rumo certo
Pra rumar a minha vida.
E nesta vida desmedida
Meu futuro era incerto...
Não via meu bem por perto.
(Ela me seguia atrás)
Hoje essa flor lilás
É o rumo da minha vida,
Que agora está florida.
E solidão? Nunca mais!
Isaías Gresmés 08/06/2009
Já faz tempo que a alegria
Em meu peito fez morada.
E com essa, abençoada,
Canto e rio todo dia.
Levo uma vida sadia,
Como os lindos pardais.
A alegria, em mim jazz...
Hoje vivo a cantar,
Por isso posso gritar:
Solidão nunca mais!
Houve tempos em que fiquei
A perambular sozinho,
Sem ter quem me desse ninho
E triste, muito chorei.
Dos males que enfrentei,
Muitos eram infernais,
Mas não fraquejei jamais,
Sai de cabeça erguida:
Hoje tenho minha querida
E solidão nunca mais!
Eu não tinha um rumo certo
Pra rumar a minha vida.
E nesta vida desmedida
Meu futuro era incerto...
Não via meu bem por perto.
(Ela me seguia atrás)
Hoje essa flor lilás
É o rumo da minha vida,
Que agora está florida.
E solidão? Nunca mais!
Isaías Gresmés 08/06/2009
quinta-feira, 7 de maio de 2009
O avião do rico e a semente do pobre
O avião do rico e a semente do pobre
O pobre caminha a pé
Ou de jumento no sertão.
Já o deputado rico
Vai à Europa de avião.
Lá ele come caviar;
Aqui, pro pobre, falta pão.
O deputado indignado,
Queixa-se, bravo, na TV,
Dizendo, em outras palavras,
“Povo tem que se fuder!”
Quem mandou pobre existir?
Quem mandou pobre nascer?
Até os ditos deputados,
Da ala da honestidade,
Usando o mesmo artifício,
Sacaniou a sociedade.
Eu desconfio que, aqui
Nunca existiu moralidade!
O Gabeira sempre se gabou
De ser honesto e legal;
O Suplicy me enganou
Com seu semblante bacural.
Ambos, por certo, aprenderam
As artimanhas do lalau.
Quem que paga esta conta?
É você, também sou eu!
E quem paga o caviar?
Põe na conta do Abreu!
O Abreu é mais um pobre
Que banca a vaca Galisteu!
Bando de filhos da mãe!
Pro inferno bandidagem!
Um dia nós venceremos
Esta vil picaretagem!
Para isso usaremos,
A nossa força e coragem!
Enquanto isso, no sertão,
Caminha o pobre contente,
Pois o santo São José,
Mandou uma chuva decente.
Na cabeça ele pensa::
“Vai nascer minha semente.”
Isaías Gresmés 07/05/2009
O pobre caminha a pé
Ou de jumento no sertão.
Já o deputado rico
Vai à Europa de avião.
Lá ele come caviar;
Aqui, pro pobre, falta pão.
O deputado indignado,
Queixa-se, bravo, na TV,
Dizendo, em outras palavras,
“Povo tem que se fuder!”
Quem mandou pobre existir?
Quem mandou pobre nascer?
Até os ditos deputados,
Da ala da honestidade,
Usando o mesmo artifício,
Sacaniou a sociedade.
Eu desconfio que, aqui
Nunca existiu moralidade!
O Gabeira sempre se gabou
De ser honesto e legal;
O Suplicy me enganou
Com seu semblante bacural.
Ambos, por certo, aprenderam
As artimanhas do lalau.
Quem que paga esta conta?
É você, também sou eu!
E quem paga o caviar?
Põe na conta do Abreu!
O Abreu é mais um pobre
Que banca a vaca Galisteu!
Bando de filhos da mãe!
Pro inferno bandidagem!
Um dia nós venceremos
Esta vil picaretagem!
Para isso usaremos,
A nossa força e coragem!
Enquanto isso, no sertão,
Caminha o pobre contente,
Pois o santo São José,
Mandou uma chuva decente.
Na cabeça ele pensa::
“Vai nascer minha semente.”
Isaías Gresmés 07/05/2009
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Meu poema é...
MEU POEMA É...
Meu poema é um fósforo riscado,
A espantar a escuridão.
E a deixar os olhos ofuscados.
Sim, meu poema nada faz:
É tão somente o clarão
Que num instante, o breu, desfaz...
Eu, menino, descobrindo tudo,
Acendo mais um poema na solidão do escuro...
Isaías Gresmés
Meu poema é um fósforo riscado,
A espantar a escuridão.
E a deixar os olhos ofuscados.
Sim, meu poema nada faz:
É tão somente o clarão
Que num instante, o breu, desfaz...
Eu, menino, descobrindo tudo,
Acendo mais um poema na solidão do escuro...
Isaías Gresmés
domingo, 3 de maio de 2009
O LADRÃO DE PERFUME
O ladrão de perfume
Ela nasceu vistosa flor
Em lar fértil de carinho
E regado de amor
Sua mãe, simples mulher
Vivia à sorte do marido
Tal qual flor de bem-me-quer
O marido, homem guerreiro
Era excelente pai
E amoroso companheiro
Mas a fúria do destino
Ordenou à ceifadeira
Que levasse o seu Justino
Um período se passou
E a mãe, dona Fidélia
Novamente se casou
O novo marido, jovem demais
Mostrou ser erva daninha
Naquele jardim de paz
A menina, vistosa flor
Não tardou para conhecer
A face horrenda do terror
Enquanto Fidélia ia trabalhar
Seu companheiro cruel
Ousou à Rosa molestar
Cada dia era uma agonia
E a cada novo abuso
Parte dela ela perdia
Rosa já não mais comia
Também já não mais brincava
Cantar já não mais queria
Diante da crueldade
A Rosa não resistiu
E viajou para eternidade
A mãe, na dor também
Não assimilou a sua perda
E também foi para o além
Seu marido, homem cão
Hoje vive em outro lar
Como um bicho-papão
Isaías Gresmés 03/05/2009
Ela nasceu vistosa flor
Em lar fértil de carinho
E regado de amor
Sua mãe, simples mulher
Vivia à sorte do marido
Tal qual flor de bem-me-quer
O marido, homem guerreiro
Era excelente pai
E amoroso companheiro
Mas a fúria do destino
Ordenou à ceifadeira
Que levasse o seu Justino
Um período se passou
E a mãe, dona Fidélia
Novamente se casou
O novo marido, jovem demais
Mostrou ser erva daninha
Naquele jardim de paz
A menina, vistosa flor
Não tardou para conhecer
A face horrenda do terror
Enquanto Fidélia ia trabalhar
Seu companheiro cruel
Ousou à Rosa molestar
Cada dia era uma agonia
E a cada novo abuso
Parte dela ela perdia
Rosa já não mais comia
Também já não mais brincava
Cantar já não mais queria
Diante da crueldade
A Rosa não resistiu
E viajou para eternidade
A mãe, na dor também
Não assimilou a sua perda
E também foi para o além
Seu marido, homem cão
Hoje vive em outro lar
Como um bicho-papão
Isaías Gresmés 03/05/2009
sábado, 2 de maio de 2009
Indriso estrupiço
Indriso estrupiço
Escrevo meus versos de modo impreciso
Perdidos, jogados, do juízo banidos
Como se eles fossem nojentos bandidos
Vão saindo tortos, meio combalidos
Seguros, grudados por fortes amarrilhos
Formando, na forma, horrendo indriso
Que para mim mais parece um estrupiço
Piaba pequena, frente ao meu caniço
Isaías Gresmés 02/05/2009.
Escrevo meus versos de modo impreciso
Perdidos, jogados, do juízo banidos
Como se eles fossem nojentos bandidos
Vão saindo tortos, meio combalidos
Seguros, grudados por fortes amarrilhos
Formando, na forma, horrendo indriso
Que para mim mais parece um estrupiço
Piaba pequena, frente ao meu caniço
Isaías Gresmés 02/05/2009.
sexta-feira, 1 de maio de 2009
GRIPE SUÍNA
GRIPE SUÍNA
Maldita! Maldita é a gripe suína
Que surgiu assim, sem dar explicação
Revelando ao mundo um cruel vilão
Ceifando as vidas em fúria assassina
O vírus da morte é combinação
De genes letais à vida humana
Sua sede de sangue é vil, é insana
A morte é a meta, é a sua missão
A Terra é o lar deste ser pequenino
Que há milhões de anos faz-se assassino
Capaz de mudar, tal qual camaleão
Não poupa a ave, tampouco o caprino
Não diferencia homens de suínos
Todos alimentam sua evolução
Isaías Gresmés 01/05/2009
Maldita! Maldita é a gripe suína
Que surgiu assim, sem dar explicação
Revelando ao mundo um cruel vilão
Ceifando as vidas em fúria assassina
O vírus da morte é combinação
De genes letais à vida humana
Sua sede de sangue é vil, é insana
A morte é a meta, é a sua missão
A Terra é o lar deste ser pequenino
Que há milhões de anos faz-se assassino
Capaz de mudar, tal qual camaleão
Não poupa a ave, tampouco o caprino
Não diferencia homens de suínos
Todos alimentam sua evolução
Isaías Gresmés 01/05/2009
sábado, 25 de abril de 2009
Sou Rosa
SOU ROSA
Quando ele me deixou
Pensei que era o meu fim
Aquele olhar de desprezo
Causou feridas em mim
Mas, de flor, só tenho o nome
Sou Rosa, mas não é qualquer homem
Que vai me despetalar
Sou flor de aroeira
Sou cacho na figueira
Pra me ter, tem que me escalar
Mas não vem com brincadeira
Pois, senão na minha ladeira
Eu vou lhe derrubar
Sou flor sim, Rosa é meu sobrenome
E não vai ser qualquer homem
Que vai me despetalar
Meu perfume é adocicado
O meu corpo é delicado
Mas minha alma é guerreira
Sou Rosa, sou mulher
Sou mãe, simbolizo a perpetuação
Sou flor, que antecede o fruto
No meu ventre dorme a semente
E o amor vive em meu coração
Isaías Gresmés 25/04/2009
Quando ele me deixou
Pensei que era o meu fim
Aquele olhar de desprezo
Causou feridas em mim
Mas, de flor, só tenho o nome
Sou Rosa, mas não é qualquer homem
Que vai me despetalar
Sou flor de aroeira
Sou cacho na figueira
Pra me ter, tem que me escalar
Mas não vem com brincadeira
Pois, senão na minha ladeira
Eu vou lhe derrubar
Sou flor sim, Rosa é meu sobrenome
E não vai ser qualquer homem
Que vai me despetalar
Meu perfume é adocicado
O meu corpo é delicado
Mas minha alma é guerreira
Sou Rosa, sou mulher
Sou mãe, simbolizo a perpetuação
Sou flor, que antecede o fruto
No meu ventre dorme a semente
E o amor vive em meu coração
Isaías Gresmés 25/04/2009
Aqui meu amigo e poeta Rui Tavares, analisa um soneto meu:
OLÁ AMIGO RUI
VOCÊ FARIA A GENTILEZA DE ANALISAR ESTE POEMA PARA MIM? OBRIGADO.
NOVO LAR
Em uma calçada encontrei um colar,
De fino cordel e simples labor,
Com uma letra “I” a se destacar,
E nela, um escrito era instigador:
“Dentro desta letra há uma instrução
A qual deverá cumpri-la direito.
No fim ganhará como premiação
A magia do amor que está no meu peito.”
Meia noite... confuso e ressabiado...
Dirigi-me então ao local combinado:
Uma velha e erma estação de trem...
Foi então que uma deusa surgiu do além,
Ofertando a mim um lindo sorriso:
Era o meu bilhete para o paraíso.
Isaías Gresmés 07/12/2008
RUI E L
Considerações sobre o Soneto:
NOVO LAR
De Isaias Gresmés
Isaias, como já disse anteriormente, não reúno as condições necessárias (técnicas)
para analisar um texto poético coforme o convencionalmente estabelecido em regras. Para
isso, seriam imprescindíveis conhecimentos de análise interna e externa do texto, morfo-
logia das palavras usadas, colocação dos substantivos, enfim, uma gama de fatores que,
técnicamente, devem aparecer e serem comentados, os quais, apesar de conhecê-los, não
sou gabaritado para usá-los.
Por esse motivo, limito-me a fazer algumas considerações sobre a forma como vivi o seu
belo Soneto.
Considerações:
Título: NOVO LAR
- Aparentemente, para quem lê rapidamente o texto, pode haver uma impressão de que o
mesmo não tem nada que o relacione com seu título, porém, na minha opinião (esclareço
no final)tem tudo e, até acho que foi um recurso usado pelo autor, para buscar o inte-
resse maior do leitor.
Em uma calçada encontrei um colar,
De fino cordel e simples labor,
Com uma letra “I” a se destacar,
E nela, um escrito era instigador:[...]
- Aqui, o autor inicia o Soneto usando o verbo "encontrar" na primeira pessoa do singu-
lar e no tempo pretérito perfeito "eu encontrei", portanto colocando-se como personagem que
vivenciou a narrativa poética. Encontrou o quê? - Um colar feito com trabalho simples, pro-
vavelmente artesanal, onde se destaca a letra "I" (inicial do nome do autor) e, nessa letra,
há um escrito que chama a atenção dele (o autor). Essa estrofe é, no meu entender, uma corre-
ta e clara introdução ao assunto (tema) que será abordado no desenvolvimento do texto poéti-
co.
“Dentro desta letra há uma instrução
A qual deverá cumpri-la direito.
No fim ganhará como premiação
A magia do amor que está no meu peito.”[...]
- Começa aqui o desenvolvimento do texto, com a citação do conteúdo do escrito, o qual
diz que, dentro da letra "I" há uma instrução que deve ser cumprida na íntegra pelo perso-
nagem. Fala, também, que após cumprida essa missão, o prêmio será a magia do amor que está
no peito, obviamente, de quem escreveu a instrução. O autor coloca os versos dessa estrofe
entre aspas, dessa forma destacando essa parte do texto, dentro do conteúdo geral do Sone-
to, o que denota a sua importância na narrativa. Porém, sem esclarecer, ainda, qual seriam
as iniciativas que o personagem deveria adotar a seguir, visando cumprir a instrução conti-
da na letra "I" do colar, o que, penso eu, desperta o interesse para o restante da leitura.
Meia noite... confuso e ressabiado...
Dirigi-me então ao local combinado:
Uma velha e erma estação de trem...[...]
- Neste primeiro terceto o autor começa a executar e, consequentemente, dar conhecimento
ao leitor do teor da missão que deveria cumprir. Nota-se que esta, tem cunho misterioso, até
mesmo tétrico, pois deve ser cumprida num lugar ermo, (uma velha estação de trem) num horário
tido como assustador, à meia noite! Apesar de receoso e ressabiado (provavelmente por experi-
ências anteriores) o personagem segue firme na decisão de cumprir o que lhe foi solicitado.
Foi então que uma deusa surgiu do além,
Ofertando a mim um lindo sorriso:
Era o meu bilhete para o paraíso.
- Aqui, neste terceto, como corretamente deve ser, o arremate do Soneto, perfeito, exu-
berante! o encontro do autor com a entidade que ele considerou como uma Deusa vinda do além,
que, com esplendoroso sorriso, entregou-lhe o bilhete para o paraíso. (No meu entendimento,
para o NOVO LAR).
COMENTÁRIO:
- Sem dúvidas é um belo soneto! Uma análise correta, além dos ítens que já observei acima,
deveria observar métrica, rítmo, fluência de leitura e etc... dos quais me omiti pelo mo-
tivo já citado. Quanto a minha interpretação final, ou seja, o que eu entendi, como li e
vivi o texto:
- Tive a nítida impressão,após ler e reler o texto, que o autor viveu realmente essa expe-
riência, que não foi mera imaginação do Poeta, (logicamente com alguns brilhos poéticos),
que o colar, a velha estação de trem, a entidade que lhe sorriu, tem muito, para não dizer
tudo, com uma vida melhor, com novas perspectivas a partir daquela meia noite (não sei se
o horário é real ou está entre os "brilhos" que falei), enfim, com a tranquilidade, a paz
e o amor de um NOVO LAR!
Parabéns Isaías! Na minha modesta avaliação NOVO LAR é um excelente soneto.
Rui E L Tavares.
VOCÊ FARIA A GENTILEZA DE ANALISAR ESTE POEMA PARA MIM? OBRIGADO.
NOVO LAR
Em uma calçada encontrei um colar,
De fino cordel e simples labor,
Com uma letra “I” a se destacar,
E nela, um escrito era instigador:
“Dentro desta letra há uma instrução
A qual deverá cumpri-la direito.
No fim ganhará como premiação
A magia do amor que está no meu peito.”
Meia noite... confuso e ressabiado...
Dirigi-me então ao local combinado:
Uma velha e erma estação de trem...
Foi então que uma deusa surgiu do além,
Ofertando a mim um lindo sorriso:
Era o meu bilhete para o paraíso.
Isaías Gresmés 07/12/2008
RUI E L
Considerações sobre o Soneto:
NOVO LAR
De Isaias Gresmés
Isaias, como já disse anteriormente, não reúno as condições necessárias (técnicas)
para analisar um texto poético coforme o convencionalmente estabelecido em regras. Para
isso, seriam imprescindíveis conhecimentos de análise interna e externa do texto, morfo-
logia das palavras usadas, colocação dos substantivos, enfim, uma gama de fatores que,
técnicamente, devem aparecer e serem comentados, os quais, apesar de conhecê-los, não
sou gabaritado para usá-los.
Por esse motivo, limito-me a fazer algumas considerações sobre a forma como vivi o seu
belo Soneto.
Considerações:
Título: NOVO LAR
- Aparentemente, para quem lê rapidamente o texto, pode haver uma impressão de que o
mesmo não tem nada que o relacione com seu título, porém, na minha opinião (esclareço
no final)tem tudo e, até acho que foi um recurso usado pelo autor, para buscar o inte-
resse maior do leitor.
Em uma calçada encontrei um colar,
De fino cordel e simples labor,
Com uma letra “I” a se destacar,
E nela, um escrito era instigador:[...]
- Aqui, o autor inicia o Soneto usando o verbo "encontrar" na primeira pessoa do singu-
lar e no tempo pretérito perfeito "eu encontrei", portanto colocando-se como personagem que
vivenciou a narrativa poética. Encontrou o quê? - Um colar feito com trabalho simples, pro-
vavelmente artesanal, onde se destaca a letra "I" (inicial do nome do autor) e, nessa letra,
há um escrito que chama a atenção dele (o autor). Essa estrofe é, no meu entender, uma corre-
ta e clara introdução ao assunto (tema) que será abordado no desenvolvimento do texto poéti-
co.
“Dentro desta letra há uma instrução
A qual deverá cumpri-la direito.
No fim ganhará como premiação
A magia do amor que está no meu peito.”[...]
- Começa aqui o desenvolvimento do texto, com a citação do conteúdo do escrito, o qual
diz que, dentro da letra "I" há uma instrução que deve ser cumprida na íntegra pelo perso-
nagem. Fala, também, que após cumprida essa missão, o prêmio será a magia do amor que está
no peito, obviamente, de quem escreveu a instrução. O autor coloca os versos dessa estrofe
entre aspas, dessa forma destacando essa parte do texto, dentro do conteúdo geral do Sone-
to, o que denota a sua importância na narrativa. Porém, sem esclarecer, ainda, qual seriam
as iniciativas que o personagem deveria adotar a seguir, visando cumprir a instrução conti-
da na letra "I" do colar, o que, penso eu, desperta o interesse para o restante da leitura.
Meia noite... confuso e ressabiado...
Dirigi-me então ao local combinado:
Uma velha e erma estação de trem...[...]
- Neste primeiro terceto o autor começa a executar e, consequentemente, dar conhecimento
ao leitor do teor da missão que deveria cumprir. Nota-se que esta, tem cunho misterioso, até
mesmo tétrico, pois deve ser cumprida num lugar ermo, (uma velha estação de trem) num horário
tido como assustador, à meia noite! Apesar de receoso e ressabiado (provavelmente por experi-
ências anteriores) o personagem segue firme na decisão de cumprir o que lhe foi solicitado.
Foi então que uma deusa surgiu do além,
Ofertando a mim um lindo sorriso:
Era o meu bilhete para o paraíso.
- Aqui, neste terceto, como corretamente deve ser, o arremate do Soneto, perfeito, exu-
berante! o encontro do autor com a entidade que ele considerou como uma Deusa vinda do além,
que, com esplendoroso sorriso, entregou-lhe o bilhete para o paraíso. (No meu entendimento,
para o NOVO LAR).
COMENTÁRIO:
- Sem dúvidas é um belo soneto! Uma análise correta, além dos ítens que já observei acima,
deveria observar métrica, rítmo, fluência de leitura e etc... dos quais me omiti pelo mo-
tivo já citado. Quanto a minha interpretação final, ou seja, o que eu entendi, como li e
vivi o texto:
- Tive a nítida impressão,após ler e reler o texto, que o autor viveu realmente essa expe-
riência, que não foi mera imaginação do Poeta, (logicamente com alguns brilhos poéticos),
que o colar, a velha estação de trem, a entidade que lhe sorriu, tem muito, para não dizer
tudo, com uma vida melhor, com novas perspectivas a partir daquela meia noite (não sei se
o horário é real ou está entre os "brilhos" que falei), enfim, com a tranquilidade, a paz
e o amor de um NOVO LAR!
Parabéns Isaías! Na minha modesta avaliação NOVO LAR é um excelente soneto.
Rui E L Tavares.
segunda-feira, 20 de abril de 2009
AS MULHERS DA MINHA VIDA
AS MULHERES DAMINHA VIDA
A primeira, entre tantas
Que eu me apaixonei
Me tratou foi com descaso
E, por isso, então chorei
A segunda, ao contrário
Dessa eu nunca gostei
Fiquei com ela por ficar
E, seu amor, eu desprezei
A terceira, muito nova
Não me despertou paixão
Só quis conhecer seu corpo
E, assim, feri seu coração
Com a quarta, a mesma coisa
Dizia estar apaixonado
Pra, mais tarde, descartá-la
Num canto do meu passado
Com a quinta descobri
As delícias do prazer
Mas dela só quis o sexo
Não quis com ela viver
A sexta foi quem fisgou
Meu volúvel coração
Para ela eu disse sim
Mas, para mim, ela disse não
A sétima me fez pai
Com ela, sete anos vivi
Não me foi boa vivência
Pois ela não foi quem escolhi
Com a oitava fui pai também
Durante um tempo fui feliz
Mas foi na sexta mulher
Que meu amor fincou raiz
Hoje eu vivo sozinho
Relembrando meu passado
Fantasiando que algum dia
Eu possa amar e ser amado
As mulheres da minha vida
Ensinaram-me uma lição
Quem muito escolhe nesta vida
Só terá uma sombra pelo chão
Isaías Gresmés 20/04/2009
A primeira, entre tantas
Que eu me apaixonei
Me tratou foi com descaso
E, por isso, então chorei
A segunda, ao contrário
Dessa eu nunca gostei
Fiquei com ela por ficar
E, seu amor, eu desprezei
A terceira, muito nova
Não me despertou paixão
Só quis conhecer seu corpo
E, assim, feri seu coração
Com a quarta, a mesma coisa
Dizia estar apaixonado
Pra, mais tarde, descartá-la
Num canto do meu passado
Com a quinta descobri
As delícias do prazer
Mas dela só quis o sexo
Não quis com ela viver
A sexta foi quem fisgou
Meu volúvel coração
Para ela eu disse sim
Mas, para mim, ela disse não
A sétima me fez pai
Com ela, sete anos vivi
Não me foi boa vivência
Pois ela não foi quem escolhi
Com a oitava fui pai também
Durante um tempo fui feliz
Mas foi na sexta mulher
Que meu amor fincou raiz
Hoje eu vivo sozinho
Relembrando meu passado
Fantasiando que algum dia
Eu possa amar e ser amado
As mulheres da minha vida
Ensinaram-me uma lição
Quem muito escolhe nesta vida
Só terá uma sombra pelo chão
Isaías Gresmés 20/04/2009
sábado, 18 de abril de 2009
CONFISSÕES DE UM AMOR INTERGALÁCTICO
Confissão de um amor intergalático
Certo dia no passado,
Ela veio receosa
E sentou perto de mim,
Toda trêmula, nervosa.
Disse-me então, bem baixinho,
Que era meu seu coração.
Decidido e com jeito
Segurei a sua mão.
Não falei uma palavra.
Me virei e então parti...
Vinte anos se passaram...
E agora estou aqui.
A menina delicada,
Hoje é linda mulher.
Muito, muito emocionada,
Ainda jura que me quer.
Eu, chorando de emoção,
Beijei minha escolhida,
E relatei então a ela
Tudo que passei na vida:
“Estava eu, minha querida,
Em passeio intergalático,
Mas jamais me esquecia
Do seu sorriso simpático...
Não via chegar o dia
De meu amor lhe confessar.
E retornar então à Terra
Pra poder então te amar.
Quando eu parti, já tinha
Trinta anos de idade.
E você, adolescente,
Gozava da mocidade.
Mas meu Pai me foi amigo
Na viagem espacial:
Envelheci só cinco anos,
Devido à compressão temporal!
Enquanto que aqui na Terra,
Você chegou a minha idade!
Agora podemos viver
O nosso amor de verdade.”
Há mistérios que só o tempo
É capaz de desvendar...
Deus é senhor do tempo,
Há sempre tempo pra amar.
Isaías Gresmés 18/04/2009
Certo dia no passado,
Ela veio receosa
E sentou perto de mim,
Toda trêmula, nervosa.
Disse-me então, bem baixinho,
Que era meu seu coração.
Decidido e com jeito
Segurei a sua mão.
Não falei uma palavra.
Me virei e então parti...
Vinte anos se passaram...
E agora estou aqui.
A menina delicada,
Hoje é linda mulher.
Muito, muito emocionada,
Ainda jura que me quer.
Eu, chorando de emoção,
Beijei minha escolhida,
E relatei então a ela
Tudo que passei na vida:
“Estava eu, minha querida,
Em passeio intergalático,
Mas jamais me esquecia
Do seu sorriso simpático...
Não via chegar o dia
De meu amor lhe confessar.
E retornar então à Terra
Pra poder então te amar.
Quando eu parti, já tinha
Trinta anos de idade.
E você, adolescente,
Gozava da mocidade.
Mas meu Pai me foi amigo
Na viagem espacial:
Envelheci só cinco anos,
Devido à compressão temporal!
Enquanto que aqui na Terra,
Você chegou a minha idade!
Agora podemos viver
O nosso amor de verdade.”
Há mistérios que só o tempo
É capaz de desvendar...
Deus é senhor do tempo,
Há sempre tempo pra amar.
Isaías Gresmés 18/04/2009
sexta-feira, 17 de abril de 2009
NADA RESISTE AO BEM
NADA RESISTE AO BEM
Neste mundo poluído de mentes poluídas
Ainda resta a bondade nas pessoas esquecidas
Num meio hostil repleto de hostilidade
Ainda resta quem cultive pequenas mudas de bondade
Entre as ervas retorcidas, recobertas de espinho
A ave formosíssima da paz resolveu fazer seu ninho
Não há maldade capaz de resistir ao bem
Quem é bondoso não vê somente o mundo: vê mais além
Eu, passarinho, filhote da paciência
Busco um dia ser, igual a minha mãe, na essência
Isaías Gresmés 17/04/2009
Neste mundo poluído de mentes poluídas
Ainda resta a bondade nas pessoas esquecidas
Num meio hostil repleto de hostilidade
Ainda resta quem cultive pequenas mudas de bondade
Entre as ervas retorcidas, recobertas de espinho
A ave formosíssima da paz resolveu fazer seu ninho
Não há maldade capaz de resistir ao bem
Quem é bondoso não vê somente o mundo: vê mais além
Eu, passarinho, filhote da paciência
Busco um dia ser, igual a minha mãe, na essência
Isaías Gresmés 17/04/2009
quinta-feira, 2 de abril de 2009
ENTRA NA FILA
ENTRA NA FILA
Eu sou o escracho que solta o verbo
A língua solta que jamais vacila
Sou viga mestra, eu jamais envergo
Prá me ofender tem que entrar na fila
Meus versos são gravados na brita
Com o meu nobre sangue de guerreiro
E cada estrofe, que em meu peito grita
Causa estrondo neste mundo inteiro
Não cedo à fúria de gente maldosa
Que tem na alma só triste peçonha
Como a serpente – vil - maliciosa
Estes são traços de gente tristonha
Que sempre teve vida odiosa
E existência gris e enfadonha
Isaías Gresmés 02/04/2009
Eu sou o escracho que solta o verbo
A língua solta que jamais vacila
Sou viga mestra, eu jamais envergo
Prá me ofender tem que entrar na fila
Meus versos são gravados na brita
Com o meu nobre sangue de guerreiro
E cada estrofe, que em meu peito grita
Causa estrondo neste mundo inteiro
Não cedo à fúria de gente maldosa
Que tem na alma só triste peçonha
Como a serpente – vil - maliciosa
Estes são traços de gente tristonha
Que sempre teve vida odiosa
E existência gris e enfadonha
Isaías Gresmés 02/04/2009
quarta-feira, 1 de abril de 2009
PSEUDO-SÁBIO
Pseudo-sábio
Pseudo-sábio usa métrica para se expressar
Mas se esquece de medir as besteiras do seu pensar
Pseudo-sábio é um grande filho da puta
É igual ruma de bosta: fede mais quando cutuca
Pseudo-sábio é papagaio de pirata repetidor
Não pensa com a sua mente; nada diz de seu labor
Pseudo-sábio é um ser ignorante
Pensa com a cabeça dos outros, mas se julga um ser pensante
Pseudo-sábio julga ser um furacão
Mas na ordem das tempestades é chuvisco, é anão
Ele chega a duvidar que Deus seja o criador divino!
“Pensa” ele que a criação é obra do acaso! Oh estúpido menino!
Egocêntrico, egoísta, julga ser o maioral
Mas lhe falta humildade – qualidade que para o saber
É preciso ter: é fundamental
Isaías Gresmés 01/04/2009
Pseudo-sábio usa métrica para se expressar
Mas se esquece de medir as besteiras do seu pensar
Pseudo-sábio é um grande filho da puta
É igual ruma de bosta: fede mais quando cutuca
Pseudo-sábio é papagaio de pirata repetidor
Não pensa com a sua mente; nada diz de seu labor
Pseudo-sábio é um ser ignorante
Pensa com a cabeça dos outros, mas se julga um ser pensante
Pseudo-sábio julga ser um furacão
Mas na ordem das tempestades é chuvisco, é anão
Ele chega a duvidar que Deus seja o criador divino!
“Pensa” ele que a criação é obra do acaso! Oh estúpido menino!
Egocêntrico, egoísta, julga ser o maioral
Mas lhe falta humildade – qualidade que para o saber
É preciso ter: é fundamental
Isaías Gresmés 01/04/2009
segunda-feira, 30 de março de 2009
O que existe e o que não existe
O QUE EXISTE E O QUE NÃO EXISTE
Caligrafia de maneta
Cotó sem muletas
Ladrão sem mutretas
Inferno sem capeta
Nada disso existe
Mas existe
Quem escreve bem para enganar
Quem possui as duas pernas somente para estorvar
Quem se passa de honesto para roubar
E quem vende um lugar no céu com intuito de se enricar
Vítima das circunstâncias: o ladrão roubou-lhe outra vez
Cotós, mancos e desamparados, nosso Pai olha por vocês
Não faltará recompensa àquele que se manter no bem
Espera irmão!
E à bondade diga amém!
Isaías Gresmés 30/03/2009
Caligrafia de maneta
Cotó sem muletas
Ladrão sem mutretas
Inferno sem capeta
Nada disso existe
Mas existe
Quem escreve bem para enganar
Quem possui as duas pernas somente para estorvar
Quem se passa de honesto para roubar
E quem vende um lugar no céu com intuito de se enricar
Vítima das circunstâncias: o ladrão roubou-lhe outra vez
Cotós, mancos e desamparados, nosso Pai olha por vocês
Não faltará recompensa àquele que se manter no bem
Espera irmão!
E à bondade diga amém!
Isaías Gresmés 30/03/2009
sábado, 28 de março de 2009
UM CANTO À VIDA
UM CANTO À VIDA
Encare o bem como sendo a brisa
Que lhe traz o perfume a todo instante
E sinta sua força que assim harmoniza
Qualquer ambiente de forma brilhante
Contemple a vida como sendo um filhote
Que precisa de carinho e de atenção
Dê beijos suaves no seu cangote
E a ela ensine o dom do coração
Projete seus sonhos no céu infinito
E exiba-os a todos aos quais você ama
Pois eles representam seu tesouro bendito
Que lhe renderá os louros da fama
Cultive as lições do mestre Amado
Como a natureza que fez as florestas
Multiplique a bondade para todos os lados
E dedique à vida suas melhores serestas
Isaías Gresmés 28/03/2009
Encare o bem como sendo a brisa
Que lhe traz o perfume a todo instante
E sinta sua força que assim harmoniza
Qualquer ambiente de forma brilhante
Contemple a vida como sendo um filhote
Que precisa de carinho e de atenção
Dê beijos suaves no seu cangote
E a ela ensine o dom do coração
Projete seus sonhos no céu infinito
E exiba-os a todos aos quais você ama
Pois eles representam seu tesouro bendito
Que lhe renderá os louros da fama
Cultive as lições do mestre Amado
Como a natureza que fez as florestas
Multiplique a bondade para todos os lados
E dedique à vida suas melhores serestas
Isaías Gresmés 28/03/2009
domingo, 22 de março de 2009
PALAVRAS INÚTEIS
Palavras inúteis
Meus versos vazios
Sementes estéreis
Arma sem projéteis
São fêmeas sem cios
Meus versos inúteis
São fins sem mundos
São poços sem fundos
São frágeis, são fúteis
Meus versos são nada
Conversas fiadas
Jogadas ao léu
São versos assim
Princípio sem fim
Salvação sem céu
Isaías Gresmés 22/03/2009
Meus versos vazios
Sementes estéreis
Arma sem projéteis
São fêmeas sem cios
Meus versos inúteis
São fins sem mundos
São poços sem fundos
São frágeis, são fúteis
Meus versos são nada
Conversas fiadas
Jogadas ao léu
São versos assim
Princípio sem fim
Salvação sem céu
Isaías Gresmés 22/03/2009
sábado, 14 de março de 2009
CONTRASTES
CONTRASTES
O Brasil é o país dos contrastes,
Pois o bolo da riqueza só fica com trastes...
Isaías Gresmés 13/03/2009
O Brasil é o país dos contrastes,
Pois o bolo da riqueza só fica com trastes...
Isaías Gresmés 13/03/2009
quinta-feira, 12 de março de 2009
Eu busco no meu homem
EU BUSCO NO MEU HOMEM
Eu busco no meu homem
Um peito para me aconchegar,
Dois braços para me proteger,
E duas mãos para me “carinhar”.
Eu busco no meu homem,
Um perfil mais racional,
Que possa complementar
O meu lado mais emocional.
Eu busco no meu homem
O seu olhar bem penetrante.
E até a sua falta de se lembrar
De tudo que me é importante.
Eu busco e encontro no meu homem,
A parte viril, que me ama e me quer;
Encontro nele a chama que me consome
E que me refaz - a todo instante – mais mulher.
Isaías Gresmés 12/03/2009
Eu busco no meu homem
Um peito para me aconchegar,
Dois braços para me proteger,
E duas mãos para me “carinhar”.
Eu busco no meu homem,
Um perfil mais racional,
Que possa complementar
O meu lado mais emocional.
Eu busco no meu homem
O seu olhar bem penetrante.
E até a sua falta de se lembrar
De tudo que me é importante.
Eu busco e encontro no meu homem,
A parte viril, que me ama e me quer;
Encontro nele a chama que me consome
E que me refaz - a todo instante – mais mulher.
Isaías Gresmés 12/03/2009
sábado, 7 de março de 2009
Invejoso
INVEJOSO
Aceite esses versos que agora cago
E o meu desprezo em esguicho de urina
Receba o recheio da minha latrina
E a minha revolta em forma de escarro
Receba minha ira em forma de bosta
E o meu protesto, como azedo peido
Deguste meu ódio – mofado confeito
Pediu, não recuse! Coma sua torta!
Um soneto assim, meio purulento
Fedido, escamoso, como um cão sarnento
Te ofereço, traste, verme indecoroso
Por ser o que é – esse ser traiçoeiro
Que não vale a merda que faz no banheiro
Sendo apenas vil e cruel invejoso
Isaías Gresmés 07/03/2009
Aceite esses versos que agora cago
E o meu desprezo em esguicho de urina
Receba o recheio da minha latrina
E a minha revolta em forma de escarro
Receba minha ira em forma de bosta
E o meu protesto, como azedo peido
Deguste meu ódio – mofado confeito
Pediu, não recuse! Coma sua torta!
Um soneto assim, meio purulento
Fedido, escamoso, como um cão sarnento
Te ofereço, traste, verme indecoroso
Por ser o que é – esse ser traiçoeiro
Que não vale a merda que faz no banheiro
Sendo apenas vil e cruel invejoso
Isaías Gresmés 07/03/2009
Mulheres
Mulheres
Parabéns mulheres queridas
Se hoje eu estou aqui
Foi por que uma de vocês
Me concedeu, em seu ventre, guarida
E para eu nascer
Ela teve que sofrer
Mas, mesmo assim
Até hoje, ela jura amor a mim...
Isaías Gresmés 07/03/2009
Parabéns mulheres queridas
Se hoje eu estou aqui
Foi por que uma de vocês
Me concedeu, em seu ventre, guarida
E para eu nascer
Ela teve que sofrer
Mas, mesmo assim
Até hoje, ela jura amor a mim...
Isaías Gresmés 07/03/2009
sábado, 28 de fevereiro de 2009
Joãozinho
Joãozinho
Foi numa tarde de verão, durante uma terrível tempestade, que veio ao mundo, aquele que ficou conhecido, mais tarde, pejorativamente como Suíno. Ali, às margens fétidas do córrego Pirajussara, aquela jovem, moradora de rua, sentindo as dores do iminente parto, refugiou-se em uma das suas inúmeras galerias. Não demorou e aquele bebê soltou seus primeiros lamentos para o mundo. Ninguém ouviu, pois só se ouvia o barulho da tempestade. A mãe, ainda se recompondo das dores, ao ver o rosto do filho, soltou um grito de horror. Último grito. Não seria mãe outra vez...
Às margens do Piraju
Foi selado um destino
A mãe - mendiga de rua
Deu a luz a um menino
Que nasceu desfigurado
Com o lábio leporino
A mãe já agonizante
Sozinha e sem suporte
Ao ver o rosto do filho
Soltou um grito pra morte
O pobre ficou entregue
À sua própria sorte
Um homem surgiu de dentro daquela galeria e, ao ver aquela mulher ali, deitada num canto, sendo quase arrastada pelas águas, ficou meio assustado e sem saber o que fazer. Era João Louco, um conhecido mendigo das redondezas que morava nas galerias imundas do nauseabundo córrego.
João Louco
Oxe! Será que tô vendo coisa?
Mas hoje eu nem bebi...
Meu Deus! É uma mulher
Que acaba de parir
Esse moleque feio
Com essa cara de sagui
João Louco cutucou a mulher e percebendo que ela não reagia, aproximou-se mais. A criança berrava de frio, embora estivesse entre os seios da mãe. Não havia o que fazer, ela estava morta. João, na sua loucura, sentiu um grande medo de ser acusado da morte daquela infeliz e voltar aos horrores da cadeia... Retirou o menino dos braços da falecida. Enrolou-o nos trapos que trazia consigo e lançou a mulher nas águas imundas do Pirajussara.
Nas águas imundas
Ela foi-se embora
Tais quais nossas fezes
Que lançamos fora
Ali, entre o lixo
Descansa agora
João sumiu na escuridão daquela galeria, levando consigo o menino. Não tardou, chegou ao local onde passou a morar desde que conseguira fugir da cadeia. Era um espaço pequeno perto do piscinão do Embu. Ali, por mais que chovesse as águas não inundavam o local. Tinha como companhia as ratazanas, baratas e outros asquerosos seres. João Louco construiu o seu refúgio naquele lugar, catando as madeiras e outros materiais que o povo lançava às margens do córrego. Sobrevivia de esmolas, da venda de materiais recicláveis e de restos de comida que encontrava nas redondezas.
João Louco, em seu refúgio
Limpou aquele menino
Fez uso de trapos sujos
Porque não usava o tino
Mas já não se incomodava
Com seu lábio leporino
Pegou uma faca cega
E cortou o seu cordão
Lançando aquela placenta
Ali, num canto do chão
E pra amarrar o umbigo
Fez uso da própria mão
O menino, agora limpo
A João deu um sorriso
E ele então se viu fisgado
Como que por um feitiço
“Vou criar esse menino
Aqui firmo compromisso”
Dez anos se passaram. João Louco ensinou tudo o que sabia àquele moleque. Joãozinho se mostrava muito inteligente. Não falava direito devido à má formação do céu da boca, mas não encontrava dificuldades para se comunicar com seu pai. Ficava triste quando João, o pai, chegava bêbado e o maltratava, mas jamais retrucava com ofensas, sempre o auxiliava.
João Louco nunca o deixou sair para as ruas. Durante dez anos Joãozinho somente pôde conhecer o mundo fétido das galerias da região. Mas, a cada dia que passava, o menino cobrava de João que queria conhecer a superfície, pois só havia visto aquele mundo pela pequena TV do pai e pelas diminutas saídas dos bueiros. Sonhava com o grande dia.
João Louco
Meu filho chegou o dia
De você conhecer o mundo
Mas alerto você querido
Não se iluda nenhum segundo
Pois lá não se planta amor
O solo é infecundo
Joãozinho
Mesmo assim querido pai
Eu quero ir visitá-lo
Pois daqui, onde moramos
Eu posso apenas escutá-lo
Eu quero sentir seu cheiro
Também quero tateá-lo
João Louco
Meu filho, preste atenção
Foi aqui que você cresceu
Neste mundo de imundície
Que o outro mundo esqueceu
Não espere receber rosas
Do povo de Prometeu*
Você será humilhado
Tal qual um cão sarnento
E eu não sei se vou conseguir
Ver você passar tormento
Ser desprezado é dureza
Isso causa sofrimento
Joãozinho
Muito bem meu nobre pai
Já estou ciente disso
Não me importo com isso não
Farei o que for preciso
Quem sobreviveu no esgoto
Viverá no paraíso
E assim João foi convencido pelo seu filho e ambos se dirigiram para a superfície. Era cedo, estavam quase chegando a uma feira local, quando são interceptados por um morador da região.
Morador
Ei João Louco!
Quem é esse menino
Com essa cara deformada
Mas parece um intestino
É feio feito você
Mas parece um suíno
Outras pessoas foram se aproximando e dizendo coisas desagradáveis: “Suíno! Suíno!” João estava acostumado com a humilhação, pois todos os dias era vítima daquelas pessoas. Muitas vezes recebia até pedradas nas costas, mas não fazia nada, entendia que as pessoas há muito perdera a humanidade. Mas aquela humilhação contra o seu filho ele não suportou. Em um acesso de fúria, pegou um pedaço de caibro que encontrou ali e avançou em direção daqueles homens. Com uma porretada certeira na cabeça de um, matou-o instantaneamente. Seu cérebro se espalhou e grudou nas roupas dos outros. Um segundo levou uma pancada nas pernas. Elas quebraram feito graveto. Outro levou uma porretada tão forte que seus dentes voaram longe...
João foi parar na cadeia
E lá deu um fim à vida
Joãozinho foi parar na CASA
Sentindo a dor da ferida
De onde sonhava um dia
Sair da vida sofrida
Na Fundação CASA Joãozinho ficou conhecido como Suíno. No início ele fora muito castigado pelos outros menores, mas depois passou a ser respeitado, pois se mostrara ser uma pessoa muito boa.
Certa vez uma importante emissora foi à instituição para entrevistar o tal menino que viveu durante dez anos no esgoto. Fizeram uma longa reportagem que foi ao ar em horário nobre. Dentre os milhares de telespectadores, um em especial, sentiu-se muito tocado pela aquela história e decidiu ajudar aquele menino deficiente. Era o cirurgião plástico, famoso entre as celebridades, Dr. Isainovic Gresmés.
Após todos os trâmites necessários, Dr. Isaínovic conseguiu a autorização para falar com aquele menino.
Dr. Isaínovic
Olá meu querido amigo
Pretendo te ajudar
E desse cruel defeito
Prometo - vou te curar-
Portanto não tenha medo
Basta só me autorizar
Joãozinho
Senhor, o que me incomoda
É a ausência do meu pai
Eu sinto que a minha vida
A cada dia se esvai
A lembrança do meu velho
Da minha cabeça não sai
Dr. Isaínovic
Entendo meu amiguinho
E te ofereço guarida
Pretendo te adotar
E curar tua ferida
Serei teu pai, tua mãe
Enquanto Deus me der vida
E assim foi feito. Aquele médico bondoso adotou Joãozinho. Alguns meses depois ele já exibia um sorriso perfeito. Começou a frequentar a escola e, enfim, ter uma vida digna. Em suas orações nunca se esquecera do pai, o seu herói. Sua vida mudara. Agora era respeitado por todos.
A vida de Joãozinho
Mudou por causa do amor
Contido no coração
Daquele que o adotou
Assim encerra esse conto
Deste bravo de valor
Isaías Gresmes 28/02/2009
Foi numa tarde de verão, durante uma terrível tempestade, que veio ao mundo, aquele que ficou conhecido, mais tarde, pejorativamente como Suíno. Ali, às margens fétidas do córrego Pirajussara, aquela jovem, moradora de rua, sentindo as dores do iminente parto, refugiou-se em uma das suas inúmeras galerias. Não demorou e aquele bebê soltou seus primeiros lamentos para o mundo. Ninguém ouviu, pois só se ouvia o barulho da tempestade. A mãe, ainda se recompondo das dores, ao ver o rosto do filho, soltou um grito de horror. Último grito. Não seria mãe outra vez...
Às margens do Piraju
Foi selado um destino
A mãe - mendiga de rua
Deu a luz a um menino
Que nasceu desfigurado
Com o lábio leporino
A mãe já agonizante
Sozinha e sem suporte
Ao ver o rosto do filho
Soltou um grito pra morte
O pobre ficou entregue
À sua própria sorte
Um homem surgiu de dentro daquela galeria e, ao ver aquela mulher ali, deitada num canto, sendo quase arrastada pelas águas, ficou meio assustado e sem saber o que fazer. Era João Louco, um conhecido mendigo das redondezas que morava nas galerias imundas do nauseabundo córrego.
João Louco
Oxe! Será que tô vendo coisa?
Mas hoje eu nem bebi...
Meu Deus! É uma mulher
Que acaba de parir
Esse moleque feio
Com essa cara de sagui
João Louco cutucou a mulher e percebendo que ela não reagia, aproximou-se mais. A criança berrava de frio, embora estivesse entre os seios da mãe. Não havia o que fazer, ela estava morta. João, na sua loucura, sentiu um grande medo de ser acusado da morte daquela infeliz e voltar aos horrores da cadeia... Retirou o menino dos braços da falecida. Enrolou-o nos trapos que trazia consigo e lançou a mulher nas águas imundas do Pirajussara.
Nas águas imundas
Ela foi-se embora
Tais quais nossas fezes
Que lançamos fora
Ali, entre o lixo
Descansa agora
João sumiu na escuridão daquela galeria, levando consigo o menino. Não tardou, chegou ao local onde passou a morar desde que conseguira fugir da cadeia. Era um espaço pequeno perto do piscinão do Embu. Ali, por mais que chovesse as águas não inundavam o local. Tinha como companhia as ratazanas, baratas e outros asquerosos seres. João Louco construiu o seu refúgio naquele lugar, catando as madeiras e outros materiais que o povo lançava às margens do córrego. Sobrevivia de esmolas, da venda de materiais recicláveis e de restos de comida que encontrava nas redondezas.
João Louco, em seu refúgio
Limpou aquele menino
Fez uso de trapos sujos
Porque não usava o tino
Mas já não se incomodava
Com seu lábio leporino
Pegou uma faca cega
E cortou o seu cordão
Lançando aquela placenta
Ali, num canto do chão
E pra amarrar o umbigo
Fez uso da própria mão
O menino, agora limpo
A João deu um sorriso
E ele então se viu fisgado
Como que por um feitiço
“Vou criar esse menino
Aqui firmo compromisso”
Dez anos se passaram. João Louco ensinou tudo o que sabia àquele moleque. Joãozinho se mostrava muito inteligente. Não falava direito devido à má formação do céu da boca, mas não encontrava dificuldades para se comunicar com seu pai. Ficava triste quando João, o pai, chegava bêbado e o maltratava, mas jamais retrucava com ofensas, sempre o auxiliava.
João Louco nunca o deixou sair para as ruas. Durante dez anos Joãozinho somente pôde conhecer o mundo fétido das galerias da região. Mas, a cada dia que passava, o menino cobrava de João que queria conhecer a superfície, pois só havia visto aquele mundo pela pequena TV do pai e pelas diminutas saídas dos bueiros. Sonhava com o grande dia.
João Louco
Meu filho chegou o dia
De você conhecer o mundo
Mas alerto você querido
Não se iluda nenhum segundo
Pois lá não se planta amor
O solo é infecundo
Joãozinho
Mesmo assim querido pai
Eu quero ir visitá-lo
Pois daqui, onde moramos
Eu posso apenas escutá-lo
Eu quero sentir seu cheiro
Também quero tateá-lo
João Louco
Meu filho, preste atenção
Foi aqui que você cresceu
Neste mundo de imundície
Que o outro mundo esqueceu
Não espere receber rosas
Do povo de Prometeu*
Você será humilhado
Tal qual um cão sarnento
E eu não sei se vou conseguir
Ver você passar tormento
Ser desprezado é dureza
Isso causa sofrimento
Joãozinho
Muito bem meu nobre pai
Já estou ciente disso
Não me importo com isso não
Farei o que for preciso
Quem sobreviveu no esgoto
Viverá no paraíso
E assim João foi convencido pelo seu filho e ambos se dirigiram para a superfície. Era cedo, estavam quase chegando a uma feira local, quando são interceptados por um morador da região.
Morador
Ei João Louco!
Quem é esse menino
Com essa cara deformada
Mas parece um intestino
É feio feito você
Mas parece um suíno
Outras pessoas foram se aproximando e dizendo coisas desagradáveis: “Suíno! Suíno!” João estava acostumado com a humilhação, pois todos os dias era vítima daquelas pessoas. Muitas vezes recebia até pedradas nas costas, mas não fazia nada, entendia que as pessoas há muito perdera a humanidade. Mas aquela humilhação contra o seu filho ele não suportou. Em um acesso de fúria, pegou um pedaço de caibro que encontrou ali e avançou em direção daqueles homens. Com uma porretada certeira na cabeça de um, matou-o instantaneamente. Seu cérebro se espalhou e grudou nas roupas dos outros. Um segundo levou uma pancada nas pernas. Elas quebraram feito graveto. Outro levou uma porretada tão forte que seus dentes voaram longe...
João foi parar na cadeia
E lá deu um fim à vida
Joãozinho foi parar na CASA
Sentindo a dor da ferida
De onde sonhava um dia
Sair da vida sofrida
Na Fundação CASA Joãozinho ficou conhecido como Suíno. No início ele fora muito castigado pelos outros menores, mas depois passou a ser respeitado, pois se mostrara ser uma pessoa muito boa.
Certa vez uma importante emissora foi à instituição para entrevistar o tal menino que viveu durante dez anos no esgoto. Fizeram uma longa reportagem que foi ao ar em horário nobre. Dentre os milhares de telespectadores, um em especial, sentiu-se muito tocado pela aquela história e decidiu ajudar aquele menino deficiente. Era o cirurgião plástico, famoso entre as celebridades, Dr. Isainovic Gresmés.
Após todos os trâmites necessários, Dr. Isaínovic conseguiu a autorização para falar com aquele menino.
Dr. Isaínovic
Olá meu querido amigo
Pretendo te ajudar
E desse cruel defeito
Prometo - vou te curar-
Portanto não tenha medo
Basta só me autorizar
Joãozinho
Senhor, o que me incomoda
É a ausência do meu pai
Eu sinto que a minha vida
A cada dia se esvai
A lembrança do meu velho
Da minha cabeça não sai
Dr. Isaínovic
Entendo meu amiguinho
E te ofereço guarida
Pretendo te adotar
E curar tua ferida
Serei teu pai, tua mãe
Enquanto Deus me der vida
E assim foi feito. Aquele médico bondoso adotou Joãozinho. Alguns meses depois ele já exibia um sorriso perfeito. Começou a frequentar a escola e, enfim, ter uma vida digna. Em suas orações nunca se esquecera do pai, o seu herói. Sua vida mudara. Agora era respeitado por todos.
A vida de Joãozinho
Mudou por causa do amor
Contido no coração
Daquele que o adotou
Assim encerra esse conto
Deste bravo de valor
Isaías Gresmes 28/02/2009
ÁGUA VIVA
ÁGUA-VIVA
Quando te encontrei na areia
Deitada bem ali na praia
De cara eu me apaixonei
Pela sua pele alva
Deslizei por suas pernas
De uma forma delicada
Então você me notou
E me expulsou a bofetadas
Eu fiquei sem entender
O motivo da repulsa
Acaso você não percebe
Que o meu coração pulsa?
A minha natureza é quente
Posso até deixar minha marca
Mas não é indelicadeza
Não é pra provocar mágoa
Eu quero é viver a vida
Numa tarde ensolarada
Afagar a sua pele
E você só dar risada
Quero molhar seus cabelos
Quero deitar em seus peitos
Deslizar na sua barriga
E ancorar bem no seu leito
Mas a minha natureza
Assim um tanto quanto quente
Não permite que o meu sonho
Aconteça de repente
Eu quero é te amar na areia
Numa tarde ensolarada
Tatuar em sua pele
A minha natureza ácida
E fazer você feliz
Sem querer fazer mais nada
Nosso amor vivo será
Como viva, é a viva água
Isaías Gresmés 28/02/2009
Quando te encontrei na areia
Deitada bem ali na praia
De cara eu me apaixonei
Pela sua pele alva
Deslizei por suas pernas
De uma forma delicada
Então você me notou
E me expulsou a bofetadas
Eu fiquei sem entender
O motivo da repulsa
Acaso você não percebe
Que o meu coração pulsa?
A minha natureza é quente
Posso até deixar minha marca
Mas não é indelicadeza
Não é pra provocar mágoa
Eu quero é viver a vida
Numa tarde ensolarada
Afagar a sua pele
E você só dar risada
Quero molhar seus cabelos
Quero deitar em seus peitos
Deslizar na sua barriga
E ancorar bem no seu leito
Mas a minha natureza
Assim um tanto quanto quente
Não permite que o meu sonho
Aconteça de repente
Eu quero é te amar na areia
Numa tarde ensolarada
Tatuar em sua pele
A minha natureza ácida
E fazer você feliz
Sem querer fazer mais nada
Nosso amor vivo será
Como viva, é a viva água
Isaías Gresmés 28/02/2009
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
No sexo vale tudo
No sexo vale tudo
No sexo vale tudo
Tudo o que o casal pensar
De quatro, catacavaco
De frente e pernas pro ar
Gangorra, frango assado
De lado e de revestrés
A boca vai fuçando o corpo
Da orelha às pontas dos pés
gritar é um artifício
Muito propício para isso
Morder é uma dorzinha
Gostosa e bem safadinha
Gemido é aquele som
Que diz que tudo tá bom
No sexo vale tudo que satisfaz
Amor, com sexo bom, deixa a gente em paz
Isaías Gresmés 25/02/2009
No sexo vale tudo
Tudo o que o casal pensar
De quatro, catacavaco
De frente e pernas pro ar
Gangorra, frango assado
De lado e de revestrés
A boca vai fuçando o corpo
Da orelha às pontas dos pés
gritar é um artifício
Muito propício para isso
Morder é uma dorzinha
Gostosa e bem safadinha
Gemido é aquele som
Que diz que tudo tá bom
No sexo vale tudo que satisfaz
Amor, com sexo bom, deixa a gente em paz
Isaías Gresmés 25/02/2009
domingo, 15 de fevereiro de 2009
RAINHA DO LAR
RAINHA DO LAR
A mãe é a rainha do lar
Não deixa – à sua família –
Nunca o amor faltar
A mãe
É rainha do pedaço
No seu peito o amor transborda
Mas nunca falta espaço
A mãe
É “manteiga derretida”
Por tudo chora nesta vida
Ela
É um ninho acolhedor
Acolhe a prole com amor
A mãe é nosso maior lar
Porque foi em seu próprio ventre que começamos a respirar
Isaías Gresmés 15/02/2009
A mãe é a rainha do lar
Não deixa – à sua família –
Nunca o amor faltar
A mãe
É rainha do pedaço
No seu peito o amor transborda
Mas nunca falta espaço
A mãe
É “manteiga derretida”
Por tudo chora nesta vida
Ela
É um ninho acolhedor
Acolhe a prole com amor
A mãe é nosso maior lar
Porque foi em seu próprio ventre que começamos a respirar
Isaías Gresmés 15/02/2009
domingo, 1 de fevereiro de 2009
Dança do Ventre
DANÇA DO VENTRE
Fetiche! Fetiche!
A vejo bailar
Balançando as ancas prá lá e pra cá
Suas belas rendas me fazem sonhar
Fetiche! Fetiche!
Seus olhos pintados
Deixam os dois meus bem hipnotizados
Fetiche! Fetiche!
A espada com jeito
Dormindo suave por sobre seu peito
Fetiche! Fetiche!
Estou enfeitiçado
Essa odalisca quero do meu lado
Dois pés para baixo
Dois pés para cima
Poesia do amor
Hora embaixo, hora em cima
Fetiche! Fetiche!
Amei novamente
Minha geniosa da dança do ventre
Isaías Gresmés 01/02/2009
Fetiche! Fetiche!
A vejo bailar
Balançando as ancas prá lá e pra cá
Suas belas rendas me fazem sonhar
Fetiche! Fetiche!
Seus olhos pintados
Deixam os dois meus bem hipnotizados
Fetiche! Fetiche!
A espada com jeito
Dormindo suave por sobre seu peito
Fetiche! Fetiche!
Estou enfeitiçado
Essa odalisca quero do meu lado
Dois pés para baixo
Dois pés para cima
Poesia do amor
Hora embaixo, hora em cima
Fetiche! Fetiche!
Amei novamente
Minha geniosa da dança do ventre
Isaías Gresmés 01/02/2009
O FUTURO DA HUMANIDADE
O FUTURO DA HUMANIDADE
Senhor Deus, pai do universo
Peço agora, com humildade
Que ilumine minha mente
E me dê a faculdade
Pra falar, sobre o futuro
De toda a humanidade
É um assunto complexo
E a Futurologia
Pra embasar seu fundamento
Faz uso da Astrologia
Mas muitos não a respeitam
E não veem nela valia
Já a ciência acadêmica
Se apoia na Astronomia
Nos estudos de impacto
Da famosa Ecologia
E nos dados estatísticos
Da real Economia
Quem apela ao misticismo
Busca nele um alento
Que consiga dar resposta
Sobre tantos sofrimentos
Que acomete a raça humana
Do passado até o momento
A ciência, mais centrada
Usando a realidade
Faz alerta a todos nós
Mostrando toda a verdade
De um futuro sombrio
Para toda a humanidade
Discute-se muito hoje
O impacto ambiental
Causado pelos detritos
De uma forma geral
Que já mostra seu efeito
No aquecimento global
Regiões, um dia úmidas
Hoje sofrem ressecadas
Tendo como um malefício
O aumento das queimadas
Proliferam-se desertos
Em terras antes alagadas
As geleiras milenares
Somem no derretimento
Elevando nossos mares
Sem nenhum impedimento
Já vemos refugiados
Choramingando em lamento
Algumas ilhas do Pacífico
Vão desaparecer
Deixando sua nação
Sem saber o que fazer
Não tendo onde pisar
E nem lugar pra viver
Ao mesmo tempo as cidades
Sedentas pela madeira
Promovem a derrubada
De jatobás, aroeiras
Jequitibás, ipês roxos
Cedros... castanheiras
Um cidadão “preocupado”
Sentado em sua cadeira
Assiste à destruição
De uma área inteira
Ao mesmo tempo em que queima
A mata em sua lareira
Em alguma cidade grande
Caminha um cidadão
Que devora um biscoito
E, ao terminar a refeição
Sem nenhuma cerimônia
Joga o saco no chão
Logo ali perto do rio
Uma indústria legal
Lança todos os seus detritos
De uma forma ilegal
E polui o curso d’água
Com resíduo industrial
Uma nação poderosa
Não tendo onde deixar
“Exporta” às nações pobres
O seu lixo nuclear
Transferindo todo o mal
Para longe do seu lar
Empresas do ramo bélico
Visando vender bem mais
Faz lobby pelos congressos
Em detrimento da paz
Promovendo grandes guerras
Sob falsos ideais
O petróleo, sangue negro
É um mal pra humanidade
Emporcalha nosso mundo
E espalha a maldade
Promovida por facínoras
A mando da crueldade
A extração de metais
Causam chagas nas montanhas
Expondo o frágil solo
Que compõe suas entranhas
Deixando tudo esquisito
E as paisagens estranhas
A humanidade cresce
De forma desproporcional
Enquanto que os alimentos
Têm produção desigual
Prenunciando a fome
Em escala mundial
O casal da nação rica
Não quer mais procriar
Com isso, a população
Já não pode renovar
Se não há renovação
Quem é que vai trabalhar?
O casal da nação pobre
Continua a procriar
Quando crescem, os filhos vão
À nação rica trabalhar
Mas os ricos não aceitam
E eles têm que voltar!
Em busca de melhor vida
O homem, inconseqüente
Não se preocupa com o mundo
Que já se mostra doente
Ainda terá saída
Para este paciente?
Eu me sinto à vontade
Para acreditar que sim
Só depende de nós mesmos
Para que o mundo enfim
Recupere-se das chagas
E não caminhe para o fim
Devemos curar o mundo
Das suas enfermidades
Sanando os seus problemas
E todas as calamidades
Pois, se não houver a Terra
Não haverá humanidade
Nossa espécie hoje carece
De dar à vida mais valor
Não fazer nada que seja
Um motivo para dor
E que a maior motivação
Seja apenas o amor
Deve ter a consciência
Que a guerra é maldição
Pois espalha só o ódio
E envenena o coração
A paz deve ser o lema
De toda e qualquer nação
Os recursos naturais
Não devem ser saqueados
Se usados na medida
Nunca serão esgotados
Devemos compromissar
Pra que sejam reciclados
Também nossas idéias
Carecem renovação
E que a Democracia
Seja sempre a missão
De todos os governantes
Que têm Deus no coração
Mas deixo aqui bem claro
Que, ao citar Democracia
Não refiro-me a esta ai...
Que é mais demagogia
Estou falando de uma idéia
Muito boa e sadia
Um modelo de governo
Que há no mundo animal
Onde cada indivíduo
Cumpre a função ideal
Devido à capacidade
Que lhe é natural
Vejamos uma colmeia
Mais parece uma cidade
Ali cada indivíduo
Tem uma prioridade
Todos trabalham pra todos
Em prol da sociedade
Mesma coisa acontece
Com as pequenas formiguinhas
Que vivem em harmonia
Sendo bem pequenininhas
Devemos tirar lição
Das boas criaturinhas
O futuro da humanidade
Está em todos nós
Poderá ser muito bom
Ou ser um destino atroz
Gritemos pela alegria
E a paz, numa só voz
A esperança está na criança
Que nasce e não tem maldade
Está nos animaizinhos
Que vivem em sociedade
Está nas letras Daquele
Que só nos trouxe bondade
Também está em você
Que torce pela igualdade
Que luta pra que o mundo
Seja só felicidade
Sigamos juntos irmãos
Neste intento, de verdade
Isaías Gresmés 31/01/2009
Senhor Deus, pai do universo
Peço agora, com humildade
Que ilumine minha mente
E me dê a faculdade
Pra falar, sobre o futuro
De toda a humanidade
É um assunto complexo
E a Futurologia
Pra embasar seu fundamento
Faz uso da Astrologia
Mas muitos não a respeitam
E não veem nela valia
Já a ciência acadêmica
Se apoia na Astronomia
Nos estudos de impacto
Da famosa Ecologia
E nos dados estatísticos
Da real Economia
Quem apela ao misticismo
Busca nele um alento
Que consiga dar resposta
Sobre tantos sofrimentos
Que acomete a raça humana
Do passado até o momento
A ciência, mais centrada
Usando a realidade
Faz alerta a todos nós
Mostrando toda a verdade
De um futuro sombrio
Para toda a humanidade
Discute-se muito hoje
O impacto ambiental
Causado pelos detritos
De uma forma geral
Que já mostra seu efeito
No aquecimento global
Regiões, um dia úmidas
Hoje sofrem ressecadas
Tendo como um malefício
O aumento das queimadas
Proliferam-se desertos
Em terras antes alagadas
As geleiras milenares
Somem no derretimento
Elevando nossos mares
Sem nenhum impedimento
Já vemos refugiados
Choramingando em lamento
Algumas ilhas do Pacífico
Vão desaparecer
Deixando sua nação
Sem saber o que fazer
Não tendo onde pisar
E nem lugar pra viver
Ao mesmo tempo as cidades
Sedentas pela madeira
Promovem a derrubada
De jatobás, aroeiras
Jequitibás, ipês roxos
Cedros... castanheiras
Um cidadão “preocupado”
Sentado em sua cadeira
Assiste à destruição
De uma área inteira
Ao mesmo tempo em que queima
A mata em sua lareira
Em alguma cidade grande
Caminha um cidadão
Que devora um biscoito
E, ao terminar a refeição
Sem nenhuma cerimônia
Joga o saco no chão
Logo ali perto do rio
Uma indústria legal
Lança todos os seus detritos
De uma forma ilegal
E polui o curso d’água
Com resíduo industrial
Uma nação poderosa
Não tendo onde deixar
“Exporta” às nações pobres
O seu lixo nuclear
Transferindo todo o mal
Para longe do seu lar
Empresas do ramo bélico
Visando vender bem mais
Faz lobby pelos congressos
Em detrimento da paz
Promovendo grandes guerras
Sob falsos ideais
O petróleo, sangue negro
É um mal pra humanidade
Emporcalha nosso mundo
E espalha a maldade
Promovida por facínoras
A mando da crueldade
A extração de metais
Causam chagas nas montanhas
Expondo o frágil solo
Que compõe suas entranhas
Deixando tudo esquisito
E as paisagens estranhas
A humanidade cresce
De forma desproporcional
Enquanto que os alimentos
Têm produção desigual
Prenunciando a fome
Em escala mundial
O casal da nação rica
Não quer mais procriar
Com isso, a população
Já não pode renovar
Se não há renovação
Quem é que vai trabalhar?
O casal da nação pobre
Continua a procriar
Quando crescem, os filhos vão
À nação rica trabalhar
Mas os ricos não aceitam
E eles têm que voltar!
Em busca de melhor vida
O homem, inconseqüente
Não se preocupa com o mundo
Que já se mostra doente
Ainda terá saída
Para este paciente?
Eu me sinto à vontade
Para acreditar que sim
Só depende de nós mesmos
Para que o mundo enfim
Recupere-se das chagas
E não caminhe para o fim
Devemos curar o mundo
Das suas enfermidades
Sanando os seus problemas
E todas as calamidades
Pois, se não houver a Terra
Não haverá humanidade
Nossa espécie hoje carece
De dar à vida mais valor
Não fazer nada que seja
Um motivo para dor
E que a maior motivação
Seja apenas o amor
Deve ter a consciência
Que a guerra é maldição
Pois espalha só o ódio
E envenena o coração
A paz deve ser o lema
De toda e qualquer nação
Os recursos naturais
Não devem ser saqueados
Se usados na medida
Nunca serão esgotados
Devemos compromissar
Pra que sejam reciclados
Também nossas idéias
Carecem renovação
E que a Democracia
Seja sempre a missão
De todos os governantes
Que têm Deus no coração
Mas deixo aqui bem claro
Que, ao citar Democracia
Não refiro-me a esta ai...
Que é mais demagogia
Estou falando de uma idéia
Muito boa e sadia
Um modelo de governo
Que há no mundo animal
Onde cada indivíduo
Cumpre a função ideal
Devido à capacidade
Que lhe é natural
Vejamos uma colmeia
Mais parece uma cidade
Ali cada indivíduo
Tem uma prioridade
Todos trabalham pra todos
Em prol da sociedade
Mesma coisa acontece
Com as pequenas formiguinhas
Que vivem em harmonia
Sendo bem pequenininhas
Devemos tirar lição
Das boas criaturinhas
O futuro da humanidade
Está em todos nós
Poderá ser muito bom
Ou ser um destino atroz
Gritemos pela alegria
E a paz, numa só voz
A esperança está na criança
Que nasce e não tem maldade
Está nos animaizinhos
Que vivem em sociedade
Está nas letras Daquele
Que só nos trouxe bondade
Também está em você
Que torce pela igualdade
Que luta pra que o mundo
Seja só felicidade
Sigamos juntos irmãos
Neste intento, de verdade
Isaías Gresmés 31/01/2009
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Um homem... Uma mulher
Um homem... Uma mulher
Um homem excitado tem raio x no olhar
Uma mulher excitada pode hipnotizar
O homem, no sexo, busca logo começar
A mulher, mais exigente, busca a preliminar
O homem é mecânico, é máquina de gozar
A mulher é mais sensível, pra gozar tem que gostar
O homem se alivia, vira-se e quer dormir
A mulher quer nessa hora, a relação discutir
O homem é centrado, direto, animal
A mulher se preserva pro homem ideal
Homem e mulher são diferentes, é verdade
Mas só quando os dois se unem, conhecem a felicidade
Isaías Gresmés 30/01/2009
Um homem excitado tem raio x no olhar
Uma mulher excitada pode hipnotizar
O homem, no sexo, busca logo começar
A mulher, mais exigente, busca a preliminar
O homem é mecânico, é máquina de gozar
A mulher é mais sensível, pra gozar tem que gostar
O homem se alivia, vira-se e quer dormir
A mulher quer nessa hora, a relação discutir
O homem é centrado, direto, animal
A mulher se preserva pro homem ideal
Homem e mulher são diferentes, é verdade
Mas só quando os dois se unem, conhecem a felicidade
Isaías Gresmés 30/01/2009
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Poesia boa está na mente
Poesia boa está na mente
O poeta é um garimpeiro
Que busca, com primazia
O seu ouro verdadeiro
Que se chama poesia
Essa jóia preciosa
Incrusta seu coração
E a gema valiosa
É a sua devoção
O poeta vai contente
Na arte gratificante
De compor versos, que a mente
Lhe traz a todo instante
São lindos, são reluzentes
São senhas para sonhar
São mais que suficientes
Pra fazer emocionar
A riqueza de um poeta
Está na sua poesia
Ele lança a frase certa
E nunca erra a pontaria
“Poesia boa está na mente”
Mas quem sente é o coração
Ela toca todo vivente
Que a ela dá atenção
Isaías Gresmés 28/01/2009
O poeta é um garimpeiro
Que busca, com primazia
O seu ouro verdadeiro
Que se chama poesia
Essa jóia preciosa
Incrusta seu coração
E a gema valiosa
É a sua devoção
O poeta vai contente
Na arte gratificante
De compor versos, que a mente
Lhe traz a todo instante
São lindos, são reluzentes
São senhas para sonhar
São mais que suficientes
Pra fazer emocionar
A riqueza de um poeta
Está na sua poesia
Ele lança a frase certa
E nunca erra a pontaria
“Poesia boa está na mente”
Mas quem sente é o coração
Ela toca todo vivente
Que a ela dá atenção
Isaías Gresmés 28/01/2009
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Rodando na Capoeira
RODANDO NA CAPOEIRA
No passado eu era um iniciante
E um instrutor, quis-me castigar
Nem entrei na roda, veio o galopante
E o sangue, da boca, começou a pingar
Fiquei apavorado com aquele castigo
E o “quebra jereba” eu quis abandonar
Mas o gunga chamou e o inimigo
Deu-me um parafuso e eu fiz foi voar
Acordei no hospital só no outro dia
Uma costela quebrada e a outra também
Ali do meu lado minha mãe dizia
“Meu filho, se anime, você vai ficar bem”
Revoltado com aquilo que me aconteceu
Decidi treinar mais e com perseverança
Para poder enfrentar a quem me bateu
E assim dar início a minha vingança
Cinco anos passados... minha formatura
Dia especial lá na academia
Pensei cá comigo “hoje tem sepultura
E ela, por hoje, não fica vazia”
Joguei só com bambas da região
E lá, entre eles, não vi o “valente”
Depois de alguns tombos e “beijos no chão”
Aparece o carrasco com um riso entre os dentes
Bati em sua mão tal qual cascavel
Num bote, esperando a sua reação
Ele deu um aú, com as pernas pr’o céu
Eu na cabeçada o deixei sem ação
O traste levantou assim meio sem jeito
Seu riso entre os dentes tinha desaparecido
Soltou uma chapa de encontro ao meu peito
Mas eu esquivei e “martelei” seu ouvido
Ele meio tonto e meio sem rumo
Bambeando na roda feito bambu
Saiu para o lado, assim fora de prumo
E eu : cabeçada, rolê e aú...
O covarde aprendeu que na capoeira
A roda só gira... é bom respeitar
Pois o menino, que hoje, leva rasteira
Amanhã, em outra roda, pode te pegar
Isaías Gresmés 27/01/2009
No passado eu era um iniciante
E um instrutor, quis-me castigar
Nem entrei na roda, veio o galopante
E o sangue, da boca, começou a pingar
Fiquei apavorado com aquele castigo
E o “quebra jereba” eu quis abandonar
Mas o gunga chamou e o inimigo
Deu-me um parafuso e eu fiz foi voar
Acordei no hospital só no outro dia
Uma costela quebrada e a outra também
Ali do meu lado minha mãe dizia
“Meu filho, se anime, você vai ficar bem”
Revoltado com aquilo que me aconteceu
Decidi treinar mais e com perseverança
Para poder enfrentar a quem me bateu
E assim dar início a minha vingança
Cinco anos passados... minha formatura
Dia especial lá na academia
Pensei cá comigo “hoje tem sepultura
E ela, por hoje, não fica vazia”
Joguei só com bambas da região
E lá, entre eles, não vi o “valente”
Depois de alguns tombos e “beijos no chão”
Aparece o carrasco com um riso entre os dentes
Bati em sua mão tal qual cascavel
Num bote, esperando a sua reação
Ele deu um aú, com as pernas pr’o céu
Eu na cabeçada o deixei sem ação
O traste levantou assim meio sem jeito
Seu riso entre os dentes tinha desaparecido
Soltou uma chapa de encontro ao meu peito
Mas eu esquivei e “martelei” seu ouvido
Ele meio tonto e meio sem rumo
Bambeando na roda feito bambu
Saiu para o lado, assim fora de prumo
E eu : cabeçada, rolê e aú...
O covarde aprendeu que na capoeira
A roda só gira... é bom respeitar
Pois o menino, que hoje, leva rasteira
Amanhã, em outra roda, pode te pegar
Isaías Gresmés 27/01/2009
domingo, 25 de janeiro de 2009
NO CORDEL SOU MENESTREL
NO CORDEL SOU MENESTREL
Passarinho é cantador
Que canta até no céu
Penso eu ser trovador
Que transforma dor em mel
Mas Udine afirmou
Que eu sou um menestrel
Eu canto as coisas do mundo
Que gira em carrossel
Descrevo o nobre vaqueiro
Viajando com seu tropel
Mas não sou historiador
Apenas um menestrel
Aprecio a boa música
Vivaldi, Henry Purcell
Zé Ramalho, Zeca, Chico
Martinho da Vila Isabel
Mas não sou compositor
Sou humilde menestrel
Eu adoro futebol
Torço e grito pra dedéu
Quando o time perde o gol
Eu digo: “Meu Deus do céu!”
Mas não jogo não senhor
Sou apenas menestrel
Durante a copa do mundo
Fiquei até “mei pinel”
Ao ouvir o Galvão dizer:
“Vai que é tua Taffarel!”
Galvão é um narrador
E eu sou um menestrel
Falar de alegria é bom
Levar a taça, o troféu
Mas não vou me abster
De mostrar o lado cruel
Que a vida apresenta
A este atento menestrel
Têm coisas que eu não gosto
Como crianças ao léu
Deixadas à própria sorte
Num amargo destino em fel
Amigo, isso me esmaga
Mas sou só um menestrel
Eu também fico bem triste
Vendo mata em fogaréu
Transformando-se em fumaça
E poluindo o vasto céu
Mas o que posso fazer
Se sou só um menestrel
Deixo a tristeza de lado
E alegro-me no papel
Imprimindo a poesia
Em versos doces de mel
A poesia me alegra
Sigo sendo menestrel
O meu verso é uma pipa
E eu seguro o carretel
A linha é um cabelo
Igual o de Rapunzel
Ela laça a inspiração
E trás pra esse menestrel
Passarinho é cantador
Pescador vai no batel
Quem tem perfume é flor
Quem vive em ilha é ilhéu
Eu não sou um cordelista
Sou apenas menestrel
Isaías Gresmés 25/01/2009
Passarinho é cantador
Que canta até no céu
Penso eu ser trovador
Que transforma dor em mel
Mas Udine afirmou
Que eu sou um menestrel
Eu canto as coisas do mundo
Que gira em carrossel
Descrevo o nobre vaqueiro
Viajando com seu tropel
Mas não sou historiador
Apenas um menestrel
Aprecio a boa música
Vivaldi, Henry Purcell
Zé Ramalho, Zeca, Chico
Martinho da Vila Isabel
Mas não sou compositor
Sou humilde menestrel
Eu adoro futebol
Torço e grito pra dedéu
Quando o time perde o gol
Eu digo: “Meu Deus do céu!”
Mas não jogo não senhor
Sou apenas menestrel
Durante a copa do mundo
Fiquei até “mei pinel”
Ao ouvir o Galvão dizer:
“Vai que é tua Taffarel!”
Galvão é um narrador
E eu sou um menestrel
Falar de alegria é bom
Levar a taça, o troféu
Mas não vou me abster
De mostrar o lado cruel
Que a vida apresenta
A este atento menestrel
Têm coisas que eu não gosto
Como crianças ao léu
Deixadas à própria sorte
Num amargo destino em fel
Amigo, isso me esmaga
Mas sou só um menestrel
Eu também fico bem triste
Vendo mata em fogaréu
Transformando-se em fumaça
E poluindo o vasto céu
Mas o que posso fazer
Se sou só um menestrel
Deixo a tristeza de lado
E alegro-me no papel
Imprimindo a poesia
Em versos doces de mel
A poesia me alegra
Sigo sendo menestrel
O meu verso é uma pipa
E eu seguro o carretel
A linha é um cabelo
Igual o de Rapunzel
Ela laça a inspiração
E trás pra esse menestrel
Passarinho é cantador
Pescador vai no batel
Quem tem perfume é flor
Quem vive em ilha é ilhéu
Eu não sou um cordelista
Sou apenas menestrel
Isaías Gresmés 25/01/2009
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
EU NÃO GOSTO DE INTERNETÊS
EU NÃO GOSTO DE INTERNETÊS
Eu não gosto de “vc”
Tampouco de bjusss1000
Por que escrever “pq”?
Vai pra puta que o pariu!
Também não gosto do “q”
E nem da porra do “naum”
Que besteira é isso ai?
Mais parece palavrão!
Não gosto do “internetês”
Essa grande aberração
Que emporcalha o Português
A língua dessa nação
Àqueles moderninhos
Mando meu desprezo terno
E que escrevam suas frescuras
Lá nos Quintos dos Infernos!
ISAÍAS GRESMÉS 23/01/2009
Eu não gosto de “vc”
Tampouco de bjusss1000
Por que escrever “pq”?
Vai pra puta que o pariu!
Também não gosto do “q”
E nem da porra do “naum”
Que besteira é isso ai?
Mais parece palavrão!
Não gosto do “internetês”
Essa grande aberração
Que emporcalha o Português
A língua dessa nação
Àqueles moderninhos
Mando meu desprezo terno
E que escrevam suas frescuras
Lá nos Quintos dos Infernos!
ISAÍAS GRESMÉS 23/01/2009
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Minhas alegrias
Minhas alegrias
As minhas alegrias estão impregnadas na minha alma.
Sim, fazem parte de mim.
Permanecem em mim como num processo de letargia,
Esperando o momento de se manifestarem.
Sinto um pouco delas tomar parte de mim,
Cedinho, ao amanhecer,
Quando desperto do sono reparador,
Com belas melodias dos filhinhos de Deus:
Numa árvore, alguns bem-te-vis, como a me chamar
“Venha amigo! Venha conosco celebrar mais um dia...”
Em outra árvore, meu amigo pintasilgo, todo orgulhoso do ninho que fez,
Canta para mim e pula de galho em galho, fazendo também pular da minha alma
Parte da alegria nela contida. E esta alegria faz meu coração seguir as canções
Dos pássaros, fazendo a vez da percussão.
O galo do vizinho solta de lá seu cocoricó mágico
E minh’alma feliz agradece ao pai por mais um dia.
O que me alegra são esses pequenos detalhes da vida.
Eu, pequeno diante da grandeza divina,
Emociono-me diante de criaturas bem menores que eu...
Menores no tamanho, mas com o poder de despertar o divino,
A parte divina que há na alma de cada ser: a alegria.
Isaías Gresmés 22/01/2009
As minhas alegrias estão impregnadas na minha alma.
Sim, fazem parte de mim.
Permanecem em mim como num processo de letargia,
Esperando o momento de se manifestarem.
Sinto um pouco delas tomar parte de mim,
Cedinho, ao amanhecer,
Quando desperto do sono reparador,
Com belas melodias dos filhinhos de Deus:
Numa árvore, alguns bem-te-vis, como a me chamar
“Venha amigo! Venha conosco celebrar mais um dia...”
Em outra árvore, meu amigo pintasilgo, todo orgulhoso do ninho que fez,
Canta para mim e pula de galho em galho, fazendo também pular da minha alma
Parte da alegria nela contida. E esta alegria faz meu coração seguir as canções
Dos pássaros, fazendo a vez da percussão.
O galo do vizinho solta de lá seu cocoricó mágico
E minh’alma feliz agradece ao pai por mais um dia.
O que me alegra são esses pequenos detalhes da vida.
Eu, pequeno diante da grandeza divina,
Emociono-me diante de criaturas bem menores que eu...
Menores no tamanho, mas com o poder de despertar o divino,
A parte divina que há na alma de cada ser: a alegria.
Isaías Gresmés 22/01/2009
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
AH! ESSAS MORENAS
AH! ESSAS MORENAS
Ah! Essas morenas...
Altas, baixas, pequenas
Não importa a estatura
Elas têm um quê de ternura
E exalam sensualidade
Que afirmo em verdade
Não haver no mundo flor
Capaz de emanar odor
Como os dessas majestades
Ah! Essas morenas
Altas, baixas, pequenas
Não importa o tamanho
A verdade é que me assanho
Com essas lindas morenas
Que, altas, baixas ou pequenas
Não importa a medida
Elas são desmedidas
Na arte de amar
No charme de encantar
No feitiço de provocar
Com seus intensos rebolados
Que eu, um pobre coitado
Ao vê-las, me assanho
E não importa o tamanho
Eu, como um lambari
Permaneço parado,
Sem fugir, fisgado
Pelos seus requebrados
Pelos perfumes exalados
Dessas musas morenas
Que, grandes, médias ou pequenas
E importa o tamanho?
A verdade é que me assanho
E permaneço cativo
No amor ativo
De forma serena
Esperando por elas
As minhas donzelas
De peles morenas
Isaías Gresmés 19/01/2009
Ah! Essas morenas...
Altas, baixas, pequenas
Não importa a estatura
Elas têm um quê de ternura
E exalam sensualidade
Que afirmo em verdade
Não haver no mundo flor
Capaz de emanar odor
Como os dessas majestades
Ah! Essas morenas
Altas, baixas, pequenas
Não importa o tamanho
A verdade é que me assanho
Com essas lindas morenas
Que, altas, baixas ou pequenas
Não importa a medida
Elas são desmedidas
Na arte de amar
No charme de encantar
No feitiço de provocar
Com seus intensos rebolados
Que eu, um pobre coitado
Ao vê-las, me assanho
E não importa o tamanho
Eu, como um lambari
Permaneço parado,
Sem fugir, fisgado
Pelos seus requebrados
Pelos perfumes exalados
Dessas musas morenas
Que, grandes, médias ou pequenas
E importa o tamanho?
A verdade é que me assanho
E permaneço cativo
No amor ativo
De forma serena
Esperando por elas
As minhas donzelas
De peles morenas
Isaías Gresmés 19/01/2009
Assinar:
Postagens (Atom)