sábado, 18 de abril de 2009

CONFISSÕES DE UM AMOR INTERGALÁCTICO

Confissão de um amor intergalático

Certo dia no passado,
Ela veio receosa
E sentou perto de mim,
Toda trêmula, nervosa.

Disse-me então, bem baixinho,
Que era meu seu coração.
Decidido e com jeito
Segurei a sua mão.

Não falei uma palavra.
Me virei e então parti...
Vinte anos se passaram...
E agora estou aqui.

A menina delicada,
Hoje é linda mulher.
Muito, muito emocionada,
Ainda jura que me quer.

Eu, chorando de emoção,
Beijei minha escolhida,
E relatei então a ela
Tudo que passei na vida:

“Estava eu, minha querida,
Em passeio intergalático,
Mas jamais me esquecia
Do seu sorriso simpático...

Não via chegar o dia
De meu amor lhe confessar.
E retornar então à Terra
Pra poder então te amar.

Quando eu parti, já tinha
Trinta anos de idade.
E você, adolescente,
Gozava da mocidade.

Mas meu Pai me foi amigo
Na viagem espacial:
Envelheci só cinco anos,
Devido à compressão temporal!

Enquanto que aqui na Terra,
Você chegou a minha idade!
Agora podemos viver
O nosso amor de verdade.”

Há mistérios que só o tempo
É capaz de desvendar...
Deus é senhor do tempo,
Há sempre tempo pra amar.


Isaías Gresmés 18/04/2009

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