HOMEM CHORA POR AMOR?
Homem chora por amor?
Mas, homem chora,
Sem que sinta, realmente, dor?
Eu, homem, macho, posso afirmar,
Que no olho do homem a lágrima aflora,
Com o “sim” da amada ao pé do altar...
Mas, lágrima de amor não turva o olhar:
Dá um prazer imenso deixá-la rolar...
Isaías Gresmés 30/08/2009
Criei este espaço com o intuito de expor meu trabalho. Sinta-se em casa amigo. OBSERVAÇÃO: NÃO SE ESQUEÇA DE DEIXAR UM COMENTÁRIO. PRECISO DA SUA OPINIÃO, POIS ELA É MUITO IMPORTANTE PARA O MEU CRESCIMENTO LITERÁRIO. OBRIGADO.
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
sábado, 22 de agosto de 2009
Resistência
RESISTÊNCIA
Resistência é a água do pobre
Quando, no deserto da vida, busca a sobrevivência.
Esta qualidade lhe é vital
Na busca das migalhas que, quase sempre, lhe falta.
A vida é boa para quem sorri na mesa
Ao lado da família, com uma fatia de pão...
Mas para o pobre, ela é suja, é amarrada, é ensacada...
É preciso ser resistente à sujeira, às amarras, aos dejetos...
Pobre resistente alimenta-se de sobras,
Pois ele também é resto:
É resto na sociedade,
“...que ouçam quem têm ouvidos para ouvir...”
“...pois vos digo em verdade...”
Resistência é a vida do pobre
Esse camelo que, por tanto resistir, às vezes vence, segue em frente,
Mas que sempre olha para trás.
ISAÍAS RODRIGUES DE OLIVEIRA
Resistência é a água do pobre
Quando, no deserto da vida, busca a sobrevivência.
Esta qualidade lhe é vital
Na busca das migalhas que, quase sempre, lhe falta.
A vida é boa para quem sorri na mesa
Ao lado da família, com uma fatia de pão...
Mas para o pobre, ela é suja, é amarrada, é ensacada...
É preciso ser resistente à sujeira, às amarras, aos dejetos...
Pobre resistente alimenta-se de sobras,
Pois ele também é resto:
É resto na sociedade,
“...que ouçam quem têm ouvidos para ouvir...”
“...pois vos digo em verdade...”
Resistência é a vida do pobre
Esse camelo que, por tanto resistir, às vezes vence, segue em frente,
Mas que sempre olha para trás.
ISAÍAS RODRIGUES DE OLIVEIRA
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Amor real de amigo
AMOR REAL DE AMIGO
Não! Eu não quero lhe beijar!
Tampouco percorrer seu corpo em uma busca sem fim...
O que quero é a tua presença;
Quero sentir meu rosto modificar-se com a ação do seu sorriso...
Não! Eu não quero viver ao seu lado.
Quero apenas a tua presença na “Hora Boa”,
E estender nossa conversa até “Altas Horas”.
Não! Não quero ter filhos com você!
Quero apenas uma imensa prole de boas recordações,
Concebidas a cada novo encontro nosso.
O que quero minha amiga,
É envelhecer ao seu lado e morrer feliz,
Pois antes de morrer, eu já lhe disse “Eu te amo!”
Isaías Gresmés 13/08/2009
Não! Eu não quero lhe beijar!
Tampouco percorrer seu corpo em uma busca sem fim...
O que quero é a tua presença;
Quero sentir meu rosto modificar-se com a ação do seu sorriso...
Não! Eu não quero viver ao seu lado.
Quero apenas a tua presença na “Hora Boa”,
E estender nossa conversa até “Altas Horas”.
Não! Não quero ter filhos com você!
Quero apenas uma imensa prole de boas recordações,
Concebidas a cada novo encontro nosso.
O que quero minha amiga,
É envelhecer ao seu lado e morrer feliz,
Pois antes de morrer, eu já lhe disse “Eu te amo!”
Isaías Gresmés 13/08/2009
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
HUMILDADE
HUMILDADE
Onde está a humildade?
Ela está na formiguinha
Que não trabalha sozinha
E também no sol que irradia
A cada novo dia
Está presente na chuva abençoada
Que germina a semente na terra arada
Também está na fartura do pão
Que, como alimento, cumpre sua função
O humilde reconhece a sua parte no trabalho
E não se aborrece, não procura por atalhos
Entende que a pequena parcela do seu labor
É partícula importante de algo de mais valor
A humildade fortalece a alma do bom cristão
É força fundamental que nos conduz à elevação
A humildade é ensinamento de luz
Exemplificada ao mundo pelo Senhor Jesus
Isaías Gresmés 12/08/2009
Onde está a humildade?
Ela está na formiguinha
Que não trabalha sozinha
E também no sol que irradia
A cada novo dia
Está presente na chuva abençoada
Que germina a semente na terra arada
Também está na fartura do pão
Que, como alimento, cumpre sua função
O humilde reconhece a sua parte no trabalho
E não se aborrece, não procura por atalhos
Entende que a pequena parcela do seu labor
É partícula importante de algo de mais valor
A humildade fortalece a alma do bom cristão
É força fundamental que nos conduz à elevação
A humildade é ensinamento de luz
Exemplificada ao mundo pelo Senhor Jesus
Isaías Gresmés 12/08/2009
terça-feira, 11 de agosto de 2009
O que não podemos mudar
O que não podemos mudar
Há certos fatos na vida,
Que não podemos mudar.
Um deles - nossa partida -
Quando a vez nossa chegar.
Um outro fato também
(Que afirmo aqui, com certeza)
É que há vida no além;
Além da nossa clareza...
Não há mistério algum.
Assim Jesus ensinou:
“Que esse é destino comum
Àqueles que aqui passou”.
Isso é um fato na vida:
Morrer é etapa cumprida.
Isaías Gresmés 11/08/2009
Há certos fatos na vida,
Que não podemos mudar.
Um deles - nossa partida -
Quando a vez nossa chegar.
Um outro fato também
(Que afirmo aqui, com certeza)
É que há vida no além;
Além da nossa clareza...
Não há mistério algum.
Assim Jesus ensinou:
“Que esse é destino comum
Àqueles que aqui passou”.
Isso é um fato na vida:
Morrer é etapa cumprida.
Isaías Gresmés 11/08/2009
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Meu amor pelo Jethro Tull
Meu amor pelo Jethro Tull
Vou ouvir um som legal,
Na minha hora feliz,
No final vou pedir bis:
“Com vocês o Jethro Tull!”
A flauta – me faz sonhar;
Bela voz – me faz sorrir;
Eu queria era assistir
Os velhos deuses atuar.
Escutei ainda menino
“Aqualung”, um som divino,
Foi então que apaixonei
Pelo rock progressivo,
Esse som tão expressivo
Que jamais esquecerei.
Isaías Gresmés 11/07/2008
Vou ouvir um som legal,
Na minha hora feliz,
No final vou pedir bis:
“Com vocês o Jethro Tull!”
A flauta – me faz sonhar;
Bela voz – me faz sorrir;
Eu queria era assistir
Os velhos deuses atuar.
Escutei ainda menino
“Aqualung”, um som divino,
Foi então que apaixonei
Pelo rock progressivo,
Esse som tão expressivo
Que jamais esquecerei.
Isaías Gresmés 11/07/2008
sábado, 8 de agosto de 2009
O urubu
O URUBU
Lá embaixo vejo meu almoço
Já exalando seu odor ruim
Meus amigos fazem alvoroço
Vou descer, senão será meu fim
Vejam só, é um cachorro morto
Estraçalhado por um caminhão
Eu prefiro carniça de porco
Mas, não tendo, vai esta então
Sou urubu, grande carniceiro
Me alimento de coisa estragada
Só não como resto de banheiro
Que os homens deixam na privada
As pessoas não gostam de mim
Dizem que sou bicho nojento
Mas não sou tão pestilento assim
O homem é muito mais fedorento
Pois, tem ele, por banho mania
Para livrar-se do terrível odor
Que acentua-se no fim do dia
Pelo mau cheiro do seu fedor
Urubu é sábio e muito exigente
E escolhe, no olhar, a sua refeição
Ele dispensa a carne de gente
Que carrega, em si, a sua podridão
Na natureza, todo bicho que morreu
Cai por terra para apodrecer
Os restos mortais do que faleceu
É alimento para o urubu crescer
Assim segue a vida se renovando
Cada um carrega a sua sina
O urubu - frondosa ave - segue voando
Em seu enigmático voo de rapina
ISAÍAS GRESMÉS 08/08-2009
Lá embaixo vejo meu almoço
Já exalando seu odor ruim
Meus amigos fazem alvoroço
Vou descer, senão será meu fim
Vejam só, é um cachorro morto
Estraçalhado por um caminhão
Eu prefiro carniça de porco
Mas, não tendo, vai esta então
Sou urubu, grande carniceiro
Me alimento de coisa estragada
Só não como resto de banheiro
Que os homens deixam na privada
As pessoas não gostam de mim
Dizem que sou bicho nojento
Mas não sou tão pestilento assim
O homem é muito mais fedorento
Pois, tem ele, por banho mania
Para livrar-se do terrível odor
Que acentua-se no fim do dia
Pelo mau cheiro do seu fedor
Urubu é sábio e muito exigente
E escolhe, no olhar, a sua refeição
Ele dispensa a carne de gente
Que carrega, em si, a sua podridão
Na natureza, todo bicho que morreu
Cai por terra para apodrecer
Os restos mortais do que faleceu
É alimento para o urubu crescer
Assim segue a vida se renovando
Cada um carrega a sua sina
O urubu - frondosa ave - segue voando
Em seu enigmático voo de rapina
ISAÍAS GRESMÉS 08/08-2009
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Com Jesus...
“COM JESUS EM MEU CAMINHO
COM CERTEZA EU VOU VENCER”
(Mote sugerido pela poetisa Marlene)
Há dias em que minha mente
Amanhece atormentada
Como que acorrentada
A um imenso dormente
O peso dessa corrente
Faz meu corpo amolecer
Mas não vou me esmorecer
Pois sei que não estou sozinho
COM JESUS EM MEU CAMINHO
COM CERTEZA EU VOU VENCER
A rotina acelerada
Da vida, na atualidade
Causa muita ansiedade
E morte precipitada
A reza é recomendada
Para, deste mal, precaver
Morrer sei que vou morrer
(Mas que seja de vagarinho)
COM JESUS EM MEU CAMINHO
COM CERTEZA EU VOU VENCER
Eu nunca vou me entregar
Ao desânimo fatal
Que é precursor do mal
E doido para me matar
Vou sempre perseverar
Andando, vou sempre crer
E jamais vou retroceder
Mesmo eu sendo um cisquinho
COM JESUS EM MEU CAMINHO
COM CERTEZA EU VOU VENCER
Certo dia acordei
Com coração apertado
Meu semblante carregado
Me fez mal e eu chorei
No mar de choro afundei
Sentindo que ia morrer
Mas veio Ele me reerguer
E emergir o meu barquinho
COM JESUS EM MEU CAMINHO
COM CERTEZA EU VOU VENCER
Hoje falo ao sofredor
Para não se entregar
E teus males enfrentar
Com gana de vencedor
Pois Ele nos têm amor
E nos mostra que sofrer
É requisito de viver
Mas não desista amiguinho
COM JESUS EM TEU CAMINHO
COM CERTEZA VAIS VENCER
A vida é complicada
Para quem não vive a fé
E faz como fez Tomé
Que não acreditava em nada
Jesus é minha jornada
Da alvorada ao escurecer
Agora posso entender
Que, mesmo eu sendo um cisquinho
COM JESUS EM MEU CAMINHO
COM CERTEZA EU VOU VENCER
ISAÍAS GRESMÉS 06/08/2009
COM CERTEZA EU VOU VENCER”
(Mote sugerido pela poetisa Marlene)
Há dias em que minha mente
Amanhece atormentada
Como que acorrentada
A um imenso dormente
O peso dessa corrente
Faz meu corpo amolecer
Mas não vou me esmorecer
Pois sei que não estou sozinho
COM JESUS EM MEU CAMINHO
COM CERTEZA EU VOU VENCER
A rotina acelerada
Da vida, na atualidade
Causa muita ansiedade
E morte precipitada
A reza é recomendada
Para, deste mal, precaver
Morrer sei que vou morrer
(Mas que seja de vagarinho)
COM JESUS EM MEU CAMINHO
COM CERTEZA EU VOU VENCER
Eu nunca vou me entregar
Ao desânimo fatal
Que é precursor do mal
E doido para me matar
Vou sempre perseverar
Andando, vou sempre crer
E jamais vou retroceder
Mesmo eu sendo um cisquinho
COM JESUS EM MEU CAMINHO
COM CERTEZA EU VOU VENCER
Certo dia acordei
Com coração apertado
Meu semblante carregado
Me fez mal e eu chorei
No mar de choro afundei
Sentindo que ia morrer
Mas veio Ele me reerguer
E emergir o meu barquinho
COM JESUS EM MEU CAMINHO
COM CERTEZA EU VOU VENCER
Hoje falo ao sofredor
Para não se entregar
E teus males enfrentar
Com gana de vencedor
Pois Ele nos têm amor
E nos mostra que sofrer
É requisito de viver
Mas não desista amiguinho
COM JESUS EM TEU CAMINHO
COM CERTEZA VAIS VENCER
A vida é complicada
Para quem não vive a fé
E faz como fez Tomé
Que não acreditava em nada
Jesus é minha jornada
Da alvorada ao escurecer
Agora posso entender
Que, mesmo eu sendo um cisquinho
COM JESUS EM MEU CAMINHO
COM CERTEZA EU VOU VENCER
ISAÍAS GRESMÉS 06/08/2009
terça-feira, 4 de agosto de 2009
PRECONCEITOS
PRECONCEITOS
Divino pai gracioso
Criador do universo
Peço agora que me guie
Na escrita do meu verso
Vou versar o preconceito
Ser maligno e perverso
Preconceito é um conceito
Concebido erroneamente
E lá, no ventre da alma
Permanece, então, latente
Quando nasce, já fere
Com o seu grito estridente
É irmão do egoísmo
Primo da perversidade
Tem mau sangue da soberba
E prega a desigualdade
Sua mãe e a arrogância
E sua avó é a maldade
É um mal camaleão
Pois assume vários rostos
Mas todos eles têm marcas
Que revelam seus desgostos
Marcas, essas, de ódio
E intolerância aos opostos
O preconceito regional
É terrível opressor
Já vi muito homem barbado
Semeando esse terror
Neonazismo é seu fruto
Seu efeito é o desamor
Essa força aterradora
Não aceita o diferente
Assim o homossexual
É visto como demente
Que precisa ser massacrado
E banido do presente
O preconceito racial
Sempre houve na História
Onde alguns grupos humanos
Foram tidos como escória
E muitos não conseguiram
Contra ele, uma vitória
Aqui em nosso país
O negro era “animal”
Vendido como gado
Ou trocado até por sal
Nas senzalas eram surrados
De maneira bem brutal
Com o fim da escravidão
Não acabou o preconceito
E o preto, então, se via
Desprovido de direito
E continuou sendo taxado
De animal imperfeito
Hoje em dia é diferente
O negro é mais respeitado
Mas o preconceito existe
Permanece enraizado
Ainda têm imbecis
Com as cabeças no passado
II
O irmão lá do sertão
Ao vir para cidade
Sofre com o preconceito
E, assim, sente saudade
Do seu canto no nordeste
Onde só a seca agreste
Causava-lhe infelicidade
Mas na selva de concreto
A coisa é diferente
Alguns tolos, arrogantes
Pensam que há subgente
Assim, o pobre coitado
Do sertão é maltratado
Por infelizes dementes
O homossexual
Sofre diuturnamente
Devido ao preconceito
Que ainda se faz presente
Muitos são desprezados
Alguns foram massacrados
Por amarem diferente
O negro ainda arrasta
As correntes da escravidão
Pois trabalha igual ao branco
Mas recebe menos pão
Ah meu Deus, que bom seria
Se o Brasil da hipocrisia
Sanasse essa aberração
A mulher é caso à parte
A parte desprestigiada
Pois em grandes discussões
Permanecem ignoradas
E, apesar das melhorias
Ainda nossas Marias
Enfrentam duras jornadas
III
Nossos irmãos nordestinos
São tratados indignamente
Preconceito é um conceito
Concebido erroneamente
Mesmo trazendo o cordel
A buchada e o repente
Preconceito é um conceito
Concebido erroneamente
Nossos negros ainda sofrem
Com chacotas frequentes
Preconceito é um conceito
Concebido erroneamente
São a base do nosso povo
Mas o mal ainda sentem
Preconceito é um conceito
Concebido erroneamente
Nossos irmãos dekasseguis
Padecem no Oriente
Preconceito é um conceito
Concebido erroneamente
Agora enfrentam a ira
Na Terra do Sol Nascente
Preconceito é um conceito
Concebido erroneamente
Nossas Marias recebem
Até convites indecentes
Preconceito é um conceito
Concebido erroneamente
Não sejamos pais do monstro
Que se disfarça de gente
Preconceito é um conceito
Concebido erroneamente
IV
O que seria preciso
Para não haver preconceito?
Penso eu que é preciso
Cultivar amor no peito
Pois foi com o amor divino
Que todo homem foi feito
Esse amor é traduzido
Na grande diversidade
Onde cada indivíduo
Com sua singularidade
Contribui com sua parte
Na promoção da igualdade
O diferente é legal
Nos ensina uma lição
A lição da tolerância
Crucial ao bom cristão
Pois assim versou Cristo
“Que todos somos irmãos”
Isaías Gresmés 04/08/2009
Divino pai gracioso
Criador do universo
Peço agora que me guie
Na escrita do meu verso
Vou versar o preconceito
Ser maligno e perverso
Preconceito é um conceito
Concebido erroneamente
E lá, no ventre da alma
Permanece, então, latente
Quando nasce, já fere
Com o seu grito estridente
É irmão do egoísmo
Primo da perversidade
Tem mau sangue da soberba
E prega a desigualdade
Sua mãe e a arrogância
E sua avó é a maldade
É um mal camaleão
Pois assume vários rostos
Mas todos eles têm marcas
Que revelam seus desgostos
Marcas, essas, de ódio
E intolerância aos opostos
O preconceito regional
É terrível opressor
Já vi muito homem barbado
Semeando esse terror
Neonazismo é seu fruto
Seu efeito é o desamor
Essa força aterradora
Não aceita o diferente
Assim o homossexual
É visto como demente
Que precisa ser massacrado
E banido do presente
O preconceito racial
Sempre houve na História
Onde alguns grupos humanos
Foram tidos como escória
E muitos não conseguiram
Contra ele, uma vitória
Aqui em nosso país
O negro era “animal”
Vendido como gado
Ou trocado até por sal
Nas senzalas eram surrados
De maneira bem brutal
Com o fim da escravidão
Não acabou o preconceito
E o preto, então, se via
Desprovido de direito
E continuou sendo taxado
De animal imperfeito
Hoje em dia é diferente
O negro é mais respeitado
Mas o preconceito existe
Permanece enraizado
Ainda têm imbecis
Com as cabeças no passado
II
O irmão lá do sertão
Ao vir para cidade
Sofre com o preconceito
E, assim, sente saudade
Do seu canto no nordeste
Onde só a seca agreste
Causava-lhe infelicidade
Mas na selva de concreto
A coisa é diferente
Alguns tolos, arrogantes
Pensam que há subgente
Assim, o pobre coitado
Do sertão é maltratado
Por infelizes dementes
O homossexual
Sofre diuturnamente
Devido ao preconceito
Que ainda se faz presente
Muitos são desprezados
Alguns foram massacrados
Por amarem diferente
O negro ainda arrasta
As correntes da escravidão
Pois trabalha igual ao branco
Mas recebe menos pão
Ah meu Deus, que bom seria
Se o Brasil da hipocrisia
Sanasse essa aberração
A mulher é caso à parte
A parte desprestigiada
Pois em grandes discussões
Permanecem ignoradas
E, apesar das melhorias
Ainda nossas Marias
Enfrentam duras jornadas
III
Nossos irmãos nordestinos
São tratados indignamente
Preconceito é um conceito
Concebido erroneamente
Mesmo trazendo o cordel
A buchada e o repente
Preconceito é um conceito
Concebido erroneamente
Nossos negros ainda sofrem
Com chacotas frequentes
Preconceito é um conceito
Concebido erroneamente
São a base do nosso povo
Mas o mal ainda sentem
Preconceito é um conceito
Concebido erroneamente
Nossos irmãos dekasseguis
Padecem no Oriente
Preconceito é um conceito
Concebido erroneamente
Agora enfrentam a ira
Na Terra do Sol Nascente
Preconceito é um conceito
Concebido erroneamente
Nossas Marias recebem
Até convites indecentes
Preconceito é um conceito
Concebido erroneamente
Não sejamos pais do monstro
Que se disfarça de gente
Preconceito é um conceito
Concebido erroneamente
IV
O que seria preciso
Para não haver preconceito?
Penso eu que é preciso
Cultivar amor no peito
Pois foi com o amor divino
Que todo homem foi feito
Esse amor é traduzido
Na grande diversidade
Onde cada indivíduo
Com sua singularidade
Contribui com sua parte
Na promoção da igualdade
O diferente é legal
Nos ensina uma lição
A lição da tolerância
Crucial ao bom cristão
Pois assim versou Cristo
“Que todos somos irmãos”
Isaías Gresmés 04/08/2009
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