O avião do rico e a semente do pobre
O pobre caminha a pé
Ou de jumento no sertão.
Já o deputado rico
Vai à Europa de avião.
Lá ele come caviar;
Aqui, pro pobre, falta pão.
O deputado indignado,
Queixa-se, bravo, na TV,
Dizendo, em outras palavras,
“Povo tem que se fuder!”
Quem mandou pobre existir?
Quem mandou pobre nascer?
Até os ditos deputados,
Da ala da honestidade,
Usando o mesmo artifício,
Sacaniou a sociedade.
Eu desconfio que, aqui
Nunca existiu moralidade!
O Gabeira sempre se gabou
De ser honesto e legal;
O Suplicy me enganou
Com seu semblante bacural.
Ambos, por certo, aprenderam
As artimanhas do lalau.
Quem que paga esta conta?
É você, também sou eu!
E quem paga o caviar?
Põe na conta do Abreu!
O Abreu é mais um pobre
Que banca a vaca Galisteu!
Bando de filhos da mãe!
Pro inferno bandidagem!
Um dia nós venceremos
Esta vil picaretagem!
Para isso usaremos,
A nossa força e coragem!
Enquanto isso, no sertão,
Caminha o pobre contente,
Pois o santo São José,
Mandou uma chuva decente.
Na cabeça ele pensa::
“Vai nascer minha semente.”
Isaías Gresmés 07/05/2009
Criei este espaço com o intuito de expor meu trabalho. Sinta-se em casa amigo. OBSERVAÇÃO: NÃO SE ESQUEÇA DE DEIXAR UM COMENTÁRIO. PRECISO DA SUA OPINIÃO, POIS ELA É MUITO IMPORTANTE PARA O MEU CRESCIMENTO LITERÁRIO. OBRIGADO.
quinta-feira, 7 de maio de 2009
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Meu poema é...
MEU POEMA É...
Meu poema é um fósforo riscado,
A espantar a escuridão.
E a deixar os olhos ofuscados.
Sim, meu poema nada faz:
É tão somente o clarão
Que num instante, o breu, desfaz...
Eu, menino, descobrindo tudo,
Acendo mais um poema na solidão do escuro...
Isaías Gresmés
Meu poema é um fósforo riscado,
A espantar a escuridão.
E a deixar os olhos ofuscados.
Sim, meu poema nada faz:
É tão somente o clarão
Que num instante, o breu, desfaz...
Eu, menino, descobrindo tudo,
Acendo mais um poema na solidão do escuro...
Isaías Gresmés
domingo, 3 de maio de 2009
O LADRÃO DE PERFUME
O ladrão de perfume
Ela nasceu vistosa flor
Em lar fértil de carinho
E regado de amor
Sua mãe, simples mulher
Vivia à sorte do marido
Tal qual flor de bem-me-quer
O marido, homem guerreiro
Era excelente pai
E amoroso companheiro
Mas a fúria do destino
Ordenou à ceifadeira
Que levasse o seu Justino
Um período se passou
E a mãe, dona Fidélia
Novamente se casou
O novo marido, jovem demais
Mostrou ser erva daninha
Naquele jardim de paz
A menina, vistosa flor
Não tardou para conhecer
A face horrenda do terror
Enquanto Fidélia ia trabalhar
Seu companheiro cruel
Ousou à Rosa molestar
Cada dia era uma agonia
E a cada novo abuso
Parte dela ela perdia
Rosa já não mais comia
Também já não mais brincava
Cantar já não mais queria
Diante da crueldade
A Rosa não resistiu
E viajou para eternidade
A mãe, na dor também
Não assimilou a sua perda
E também foi para o além
Seu marido, homem cão
Hoje vive em outro lar
Como um bicho-papão
Isaías Gresmés 03/05/2009
Ela nasceu vistosa flor
Em lar fértil de carinho
E regado de amor
Sua mãe, simples mulher
Vivia à sorte do marido
Tal qual flor de bem-me-quer
O marido, homem guerreiro
Era excelente pai
E amoroso companheiro
Mas a fúria do destino
Ordenou à ceifadeira
Que levasse o seu Justino
Um período se passou
E a mãe, dona Fidélia
Novamente se casou
O novo marido, jovem demais
Mostrou ser erva daninha
Naquele jardim de paz
A menina, vistosa flor
Não tardou para conhecer
A face horrenda do terror
Enquanto Fidélia ia trabalhar
Seu companheiro cruel
Ousou à Rosa molestar
Cada dia era uma agonia
E a cada novo abuso
Parte dela ela perdia
Rosa já não mais comia
Também já não mais brincava
Cantar já não mais queria
Diante da crueldade
A Rosa não resistiu
E viajou para eternidade
A mãe, na dor também
Não assimilou a sua perda
E também foi para o além
Seu marido, homem cão
Hoje vive em outro lar
Como um bicho-papão
Isaías Gresmés 03/05/2009
sábado, 2 de maio de 2009
Indriso estrupiço
Indriso estrupiço
Escrevo meus versos de modo impreciso
Perdidos, jogados, do juízo banidos
Como se eles fossem nojentos bandidos
Vão saindo tortos, meio combalidos
Seguros, grudados por fortes amarrilhos
Formando, na forma, horrendo indriso
Que para mim mais parece um estrupiço
Piaba pequena, frente ao meu caniço
Isaías Gresmés 02/05/2009.
Escrevo meus versos de modo impreciso
Perdidos, jogados, do juízo banidos
Como se eles fossem nojentos bandidos
Vão saindo tortos, meio combalidos
Seguros, grudados por fortes amarrilhos
Formando, na forma, horrendo indriso
Que para mim mais parece um estrupiço
Piaba pequena, frente ao meu caniço
Isaías Gresmés 02/05/2009.
sexta-feira, 1 de maio de 2009
GRIPE SUÍNA
GRIPE SUÍNA
Maldita! Maldita é a gripe suína
Que surgiu assim, sem dar explicação
Revelando ao mundo um cruel vilão
Ceifando as vidas em fúria assassina
O vírus da morte é combinação
De genes letais à vida humana
Sua sede de sangue é vil, é insana
A morte é a meta, é a sua missão
A Terra é o lar deste ser pequenino
Que há milhões de anos faz-se assassino
Capaz de mudar, tal qual camaleão
Não poupa a ave, tampouco o caprino
Não diferencia homens de suínos
Todos alimentam sua evolução
Isaías Gresmés 01/05/2009
Maldita! Maldita é a gripe suína
Que surgiu assim, sem dar explicação
Revelando ao mundo um cruel vilão
Ceifando as vidas em fúria assassina
O vírus da morte é combinação
De genes letais à vida humana
Sua sede de sangue é vil, é insana
A morte é a meta, é a sua missão
A Terra é o lar deste ser pequenino
Que há milhões de anos faz-se assassino
Capaz de mudar, tal qual camaleão
Não poupa a ave, tampouco o caprino
Não diferencia homens de suínos
Todos alimentam sua evolução
Isaías Gresmés 01/05/2009
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