quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

O BEBÊ DA PROPAGANDA




“Que criaturinha linda!”, fiquei eu me derretendo em pensamento após assistir ao comercial daquele famoso banco. A imagem do bebê se acabando na risada ao ver seu pai (ou quem quer que seja) rasgar o papel que estava em suas mãos, é daquelas propagandas que entram na mente e lá faz morada.
 Quero deixar bem claro ao leitor deste texto que não estou aqui fazendo “merchan” para banco nenhum! Eu não gosto de bancos, pois não tenho muito o que guardar neles, e se tivesse o que guardar, não sei se mudaria de opinião. O motivo é outro: vou tentar esmiuçar aqui alguns significados para a espetacular risada do bebê.

1 – Será que aquele papel era uma lista de serviços “prestados” pelo banco? E quando o indivíduo leu aquelas siglas indecifráveis e os valores cobrados, resolveu se vingar rasgando ao meio e dando a outra parte para o bebê?
2 – Seria o saldo da conta dele?
3 – Ou será que o bebê é o futuro herdeiro do banco e aquele papel rasgado na frente dele seria, na verdade, a lista de reclamações dos clientes junto ao PROCON?
4 – Se for, o que o homem diz ao bebê?
5 – Seria: “Olha aqui meu filho o que o papai faz ó: rasg! Dá risada filhote dos otários, digo, clientes que compram títulos de capitalização! Rasg! - Olha aqui, estes estão no cheque especial! Rasg! Veja filhote, este é o faturamento do papai!...”

Que maldade! Prefiro acreditar que aquela criaturinha fofa é apenas uma criaturinha fofa, uma licença poética que não combina com propaganda de banco.


ISAÍAS GRESMÉS, 01/02/2012




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