quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

A MOTO E SEU CONDUTOR




A Jesus o grande filho
De Deus pai, nosso senhor
Peço ajuda nesta empreita
Que terá muito labor
O tema será a moto
E também seu condutor

Muito tempo faz que a moto
Fez-se pelo homem invento
Substituindo então
O simpático jumento
Virando a burra de ferro
A romper os pavimentos

Na caatinga espinhosa
O som da sua zuada
É o aboio atual
Que avisa à boiada
O momento bem exato
De bater em retirada

Na lama do pantanal
Pra tanger a bezerrada
O caboclo pantaneiro
Manda uma acelerada
Os animais se assustam
E saem na caminhada

Até nos pampas do sul
O gaúcho de bigodão
Vai buscar o seu rebanho
Acelerando no guidão
Depois da lida cumprida
Senta e toma chimarrão

No sudeste do Brasil
O motoboy é personagem
Que rasga feito um corisco
Todas as vias de rolagem
Sendo figura polêmica
Em meio à paisagem

A cidade de São Paulo
Sem eles não vive não
Mas muitos enxergam neles
Um visgo de maldição
Pois alguns são bem malucos
E vazios de educação


Nas vias de grande fluxo
Logo vem nos corredores
O enxame de motocas
Trazendo seus condutores
Para trás ficam os carros
Alguns sem retrovisores

Têm alguns mal educados
Que buzinam sem parar
Achando que isso vai
Fazer o fluxo rolar
Mas isso só contribui
Para o caos se instalar

Mas felizmente existe
O motoboy consciente
Que exerce a profissão
Que ajuda muita gente
Transportando o progresso
De forma eficiente

Na sexta-feira à noite
Com a fome iminente
Ligamos à pizzaria
E pedimos à atendente
Que mande logo uma pizza
Bem crocante e muito quente

Quem traz é o motoboy
A nossa redonda assada
Com isso a nossa fome
Bem logo é saciada
Nós pagamos, ele vai
Pra cumprir nova jornada

Se acabar o gás em casa
No preparo do feijão
É só chamar, no telefone
Que lá vem a solução
É o motogás trazendo
Na traseira o botijão

O remédio controlado
O motoboy vem entregar
Facilitando bem a vida
De quem não pode andar
É serviço essencial
Que se deve enfatizar


Enalteci os motoqueiros
Em várias atividades
Desde a lida no campo
À loucura das cidades
Mas agora abordarei
Quem usa a moto na maldade

II

É comum presenciarmos
Meninos fazendo grau
Que é empinar a moto
De forma bem radical
Isso causa euforia
E um mix de alegria
À platéia do local

Acelerando a moto
Numa via inclinada
O moleque abusado
Dá grau na envenenada
A traseira encosta o chão
Dela sai faísca então
Deixando a galera irada

Esta atividade está
Vitimando adolescentes
Que pilotam as suas motos
De forma inconsequente
E nada irá mudar
Se bem já não se adotar
Punições eficientes

III

A moto é preciosa
Se usada com rigor
A moto não é vilã
Pode ser seu condutor

A moto serve ao homem
No cumprir do seu labor
A moto não é vilã
Pode ser seu condutor

Ela não vai sozinha
Arrancar retrovisor
A moto não é vilã
Pode ser seu condutor

Tampouco peidar fumaça
Com seu ronco de motor
A moto não é vilã
Pode ser seu condutor

Ou dar grau nas nossas vias
Com jeito ameaçador
A moto não é vilã
Pode ser seu condutor

Incentivemos as pessoas
Que as usam com primor
A moto não é vilã
                                                     É parceira do condutor         

IV

O que podemos fazer
Pra mudar a realidade?
Penso eu que é preciso
Que as nossas autoridades
Se atentem ao problema
E o encare de verdade

Comprar moto hoje é fácil
O seu preço é de banana
E a carta? Mais ainda!
Basta dar a algum sacana
Aquilo que ele gosta
Que é um maço de grana!

Coibir as falcatruas
Que se dá na aquisição
Da carta do condutor
Já resolve uma questão
A outra é autuando
Quem fizer contravenção

No mais, é o respeito
De quem anda na cidade
E promover a harmonia
E a solidariedade
Ai teremos um trânsito
Livre de inimizades

ISAÍAS GRESMÉS, 18/01/2012









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