domingo, 4 de janeiro de 2009

EU E A POESIA

EU E A POESIA

Vou contar para vocês,
O meu amor à poesia.
Quando ainda era menino,
Senti que escrever seria,
O que se transformaria
Em luz sob meu destino.

Eu comecei a escrever
Trovas simples de amor,
Pois gostava de rimar.
E rimava amor com dor
Em versos brancos, sem cor,
Sem medo de improvisar.

Com a poesia percebi
Que podia até sonhar
Com dias melhores no mundo...
Então flutuava no ar,
Navegava por sobre o mar
Em apenas um segundo.

Fui crescendo assim com ela,
Tal qual uma plantinha
Na fertilidade do solo.
E eu – erva – pequenininha,
Senti-me protegidinha
Na acolhida do seu colo.

Esse amor fertilizado
Foi crescendo como pão
Em dia de clima quente.
Eu sentia a sua ação
Palpitar meu coração
Assim... tão grandemente.

A poesia passou a ser
Na minha vida a estrada,
Um rumo, uma grande via...
E eu, nessa caminhada,
Seguia a sua pegada
Em qualquer parte que eu ia.

A poesia é minha musa,
Meu dengo, meu bem-querer,
Todo tempo - cada segundo...
Com ela quero viver,
Até quando Deus pretender
Me levar desse meu mundo.

A poesia é o alimento
Que sustenta o meu ser
E que me deixa contente.
Enquanto a vida eu viver,
Em versos vou escrever
Minha vida docemente.

A poesia é meu chão
Onde ergui o meu sobrado
De forma definitiva.
E desse solo abençoado,
Eu tenho ganho um bocado,
Sem ter nada que me priva.

Quando a minha hora for,
Partirei do lado dela,
Sem medo e sem tristeza;
Pois, foi com essa arte bela,
Que me pintei em aquarela,
Em versos só de belezas...

Vou seguir nessa jornada,
Com muita fé e paixão,
Até onde for preciso.
E seguirei em comunhão,
Em paz com meu coração,
Em busca do paraíso.

Em meu túmulo quero ler
Em letras bem garrafais:
“Aqui jaz o Isaías,
Que em versos e muito mais,
Cunhou os seus ideais,
Em centenas de poesias.”


Isaías Gresmés 04/01/2009 – para Claudinha

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