domingo, 28 de dezembro de 2008

O SAFADO

O Safado



Ele chegou de mansinho sem se anunciar,
Destrancando a porta sem barulho causar,
Na esperança que eu estivesse dormindo.
Mas pra sua surpresa eu estava sorrindo,
Com o controle do vídeo na palma da mão,
Já pronta pra pôr o meu plano em ação.
Ele sem entender já quis se desculpar:
“Fiquei até mais tarde pro trabalho acabar...”
Mas eu o interrompi e disse “Psiu! –
Preste bem atenção, o seu imbecil:”
Dei inicio então à exibição
De um filmeco sacana na televisão.
O safado entendeu e ficou com pavor,
Quando viu que era ele o traste do ator,
Que protagonizava aquela imundície,
Digna de um verme, safado e patife.
No filme ele urrava feito um leitão
Na hora da morte pela aflição.
Mas não era de dor que o biltre gemia,
Era por um negão que ele o fazia,
Pois estava de quatro, fungando no chão
E por cima, engatado, estava o negão...
“Mas como que foi que você filmou isso?”
“Não interessa pilantra, verme sem juízo!
Você some daqui e nunca vai voltar!
Pois amanhã o doutor vai te procurar,
Você vai assinar nossa separação,
Depois disso poderá viver com seu negão!”
Fiquei muito triste por assim ser traída
Mas não dei por fim ali a minha vida:
Mais tarde conheci um homem de verdade,
Que me trouxe amor, paz e felicidade.
Hoje tenho dois filhos e um macho na cama
Que todo dia me faz sentir uma dama.

Isaías Gresmés 28/12/2008

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