O ladrão de perfume
Ela nasceu vistosa flor
Em lar fértil de carinho
E regado de amor
Sua mãe, simples mulher
Vivia à sorte do marido
Tal qual flor de bem-me-quer
O marido, homem guerreiro
Era excelente pai
E amoroso companheiro
Mas a fúria do destino
Ordenou à ceifadeira
Que levasse o seu Justino
Um período se passou
E a mãe, dona Fidélia
Novamente se casou
O novo marido, jovem demais
Mostrou ser erva daninha
Naquele jardim de paz
A menina, vistosa flor
Não tardou para conhecer
A face horrenda do terror
Enquanto Fidélia ia trabalhar
Seu companheiro cruel
Ousou à Rosa molestar
Cada dia era uma agonia
E a cada novo abuso
Parte dela ela perdia
Rosa já não mais comia
Também já não mais brincava
Cantar já não mais queria
Diante da crueldade
A Rosa não resistiu
E viajou para eternidade
A mãe, na dor também
Não assimilou a sua perda
E também foi para o além
Seu marido, homem cão
Hoje vive em outro lar
Como um bicho-papão
Isaías Gresmés 03/05/2009
Querido poeta Isaías,o teu poema "O LADRÃO DE PERFUME" é bem chocante, mas pura realidade em nossos dias! Eu gosto muito de ler os teus escritos, são todos maravilhosos e despertam no leitor, o interesse para ler ainda mais! Voltarei outras vezes! Bjs
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