A Jesus o grande
filho
De Deus pai, nosso
senhor
Peço ajuda nesta
empreita
Que terá muito labor
O tema será a moto
E também seu condutor
Muito tempo faz que a
moto
Fez-se pelo homem
invento
Substituindo então
O simpático jumento
Virando a burra de
ferro
A romper os pavimentos
Na caatinga espinhosa
O som da sua zuada
É o aboio atual
Que avisa à boiada
O momento bem exato
De bater em retirada
Na lama do pantanal
Pra tanger a bezerrada
O caboclo pantaneiro
Manda uma acelerada
Os animais se
assustam
E saem na caminhada
Até nos pampas do sul
O gaúcho de bigodão
Vai buscar o seu
rebanho
Acelerando no guidão
Depois da lida
cumprida
Senta e toma
chimarrão
No sudeste do Brasil
O motoboy é
personagem
Que rasga feito um
corisco
Todas as vias de
rolagem
Sendo figura polêmica
Em meio à paisagem
A cidade de São Paulo
Sem eles não vive não
Mas muitos enxergam
neles
Um visgo de maldição
Pois alguns são bem
malucos
E vazios de educação
Nas vias de grande
fluxo
Logo vem nos
corredores
O enxame de motocas
Trazendo seus
condutores
Para trás ficam os
carros
Alguns sem
retrovisores
Têm alguns mal
educados
Que buzinam sem parar
Achando que isso vai
Fazer o fluxo rolar
Mas isso só contribui
Para o caos se
instalar
Mas felizmente existe
O motoboy consciente
Que exerce a
profissão
Que ajuda muita gente
Transportando o
progresso
De forma eficiente
Na sexta-feira à
noite
Com a fome iminente
Ligamos à pizzaria
E pedimos à atendente
Que mande logo uma
pizza
Bem crocante e muito
quente
Quem traz é o motoboy
A nossa redonda
assada
Com isso a nossa fome
Bem logo é saciada
Nós pagamos, ele vai
Pra cumprir nova
jornada
Se acabar o gás em
casa
No preparo do feijão
É só chamar, no
telefone
Que lá vem a solução
É o motogás trazendo
Na traseira o botijão
O remédio controlado
O motoboy vem
entregar
Facilitando bem a
vida
De quem não pode
andar
É serviço essencial
Que se deve enfatizar
Enalteci os
motoqueiros
Em várias atividades
Desde a lida no campo
À loucura das cidades
Mas agora abordarei
Quem usa a moto na
maldade
II
É comum presenciarmos
Meninos fazendo grau
Que é empinar a moto
De forma bem radical
Isso causa euforia
E um mix de alegria
À platéia do local
Acelerando a moto
Numa via inclinada
O moleque abusado
Dá grau na envenenada
A traseira encosta o
chão
Dela sai faísca então
Deixando a galera
irada
Esta atividade está
Vitimando
adolescentes
Que pilotam as suas
motos
De forma
inconsequente
E nada irá mudar
Se bem já não se
adotar
Punições eficientes
III
A moto é preciosa
Se usada com rigor
A moto não é vilã
Pode ser seu condutor
A moto serve ao homem
No cumprir do seu
labor
A moto não é vilã
Pode ser seu condutor
Ela não vai sozinha
Arrancar retrovisor
A moto não é vilã
Pode ser seu condutor
Tampouco peidar
fumaça
Com seu ronco de
motor
A moto não é vilã
Pode ser seu condutor
Ou dar grau nas
nossas vias
Com jeito ameaçador
A moto não é vilã
Pode ser seu condutor
Incentivemos as
pessoas
Que as usam com
primor
A moto não é vilã
É
parceira do condutor
IV
O que podemos fazer
Pra mudar a realidade?
Penso eu que é
preciso
Que as nossas
autoridades
Se atentem ao
problema
E o encare de verdade
Comprar moto hoje é
fácil
O seu preço é de
banana
E a carta? Mais
ainda!
Basta dar a algum
sacana
Aquilo que ele gosta
Que é um maço de
grana!
Coibir as falcatruas
Que se dá na
aquisição
Da carta do condutor
Já resolve uma
questão
A outra é autuando
Quem fizer
contravenção
No mais, é o respeito
De quem anda na
cidade
E promover a harmonia
E a solidariedade
Ai teremos um
trânsito
Livre de inimizades
ISAÍAS GRESMÉS,
18/01/2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Eu, desde já agradeço a você, nobre amigo(a), pela presença aqui. Fique à vontade quanto ao seu comentário.