“Que
criaturinha linda!”, fiquei eu me derretendo em pensamento após assistir ao
comercial daquele famoso banco. A imagem do bebê se acabando na risada ao ver
seu pai (ou quem quer que seja) rasgar o papel que estava em suas mãos, é daquelas
propagandas que entram na mente e lá faz morada.
Quero deixar bem claro ao leitor deste texto
que não estou aqui fazendo “merchan” para banco nenhum! Eu não gosto de bancos,
pois não tenho muito o que guardar neles, e se tivesse o que guardar, não sei
se mudaria de opinião. O motivo é outro: vou tentar esmiuçar aqui alguns
significados para a espetacular risada do bebê.
1 – Será que
aquele papel era uma lista de serviços “prestados” pelo banco? E quando o indivíduo
leu aquelas siglas indecifráveis e os valores cobrados, resolveu se vingar
rasgando ao meio e dando a outra parte para o bebê?
2 – Seria o
saldo da conta dele?
3 – Ou será
que o bebê é o futuro herdeiro do banco e aquele papel rasgado na frente dele seria,
na verdade, a lista de reclamações dos clientes junto ao PROCON?
4 – Se for, o
que o homem diz ao bebê?
5 – Seria:
“Olha aqui meu filho o que o papai faz ó: rasg! Dá risada filhote dos otários,
digo, clientes que compram títulos de capitalização! Rasg! - Olha aqui, estes
estão no cheque especial! Rasg! Veja filhote, este é o faturamento do papai!...”
Que maldade!
Prefiro acreditar que aquela criaturinha fofa é apenas uma criaturinha fofa,
uma licença poética que não combina com propaganda de banco.
ISAÍAS
GRESMÉS, 01/02/2012
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